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Previous issue date: 2004 / Tomando como base a proposta Sócio-interacionista Estrutural de De Lemos, este estudo teve
como objetivo levantar questões sobre a estruturação de narrativas infantis, considerando o
papel desempenhado pelo outro , enquanto participante desse processo. Participaram deste
estudo 7 crianças, com idade variando entre 2 anos e 10 meses a 3 anos e 7 meses, que
freqüentam uma creche pública, a própria investigadora e uma monitora que convive com as
crianças. A fim de atender ao objetivo proposto, cada criança foi convidada a participar de
atividades de contar histórias, ora com a investigadora, ora com a monitora, sendo o estudo,
portanto, dividido em duas etapas. Essa atividade de contar histórias era dividida em dois
momentos. No primeiro momento, o adulto fazia a leitura de dois livros infantis com histórias
tradicionais. Após terminar as leituras, era permitido que a criança escolhesse uma das duas,
ou mesmo as duas histórias a fim de contar para o adulto, sendo esse, portanto, o segundo
momento da atividade. Com relação aos dados, a sua análise foi dividida em três passos. O
primeiro passo consistiu numa análise acerca da postura assumida por cada um dos adultos
diante da estruturação de narrativas pelas crianças, considerando os tipos de intervenções
dominantes de cada um desses adultos. No segundo passo da análise, foram selecionados os
momentos de reconto de cada história por cada uma das crianças, visando a analisar como
ocorre esse processo de estruturação de narrativas, nessa situação específica. Portanto, cada
reconto foi comparado com a história original, para que fossem localizados os pontos de
ruptura com a história contada anteriormente pelo adulto. Após a localização destas rupturas,
foi possível indicar como a criança rompe com o discurso do outro e sugerir em que
consistem essas rupturas. Vale destacar que essa ruptura da fala da criança em relação à fala
do adulto não foi aqui considerada como um não saber , mas como correspondente a uma
forma particular de convocar e arrumar significantes durante a estruturação de narrativas,
levando em conta que a fala da criança estaria subordinada ao próprio funcionamento da
língua, ou seja, aos processos metafóricos e metonímicos. O terceiro passo da análise
consistiu numa tentativa de articulação entre os dois primeiros, visto que se buscou identificar
a existência de uma possível relação entre a postura do adulto e a forma como as crianças
estruturam suas narrativas, considerando os limites da situação específica do presente
trabalho. Para isso, foi feita uma seleção de alguns momentos de reconto de cada história,
mais especificamente dos momentos em que a criança rompe com a história narrada pelo
adulto, considerando a interpretação deste diante das rupturas. Nesse sentido, foi possível
supor que quando a fala da criança, marcada por rupturas com o texto da história original, era
anulada ou mesmo interditada pelo outro , havia uma mudança no movimento de
estruturação de narrativas. Portanto, o estudo aponta para a suposição de que a postura do
outro diante da fala da criança poderia, num certo sentido, permitir ou não que fluísse a
singularidade nesta fala
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8811 |
Date | January 2004 |
Creators | OLIVEIRA, Juliana Galindo de |
Contributors | CARVALHO, Glória Maria Monteiro de |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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