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A crise ambiental na perspectiva de novos paradigmas

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. / Made available in DSpace on 2012-10-21T16:11:26Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O ser humano está associado aos modelos de sociedade adotados pela modernidade, que formam dentro de sua lógica valores individualistas, consumistas, antropocêntricos e relações de poder, os quais provocam dominação e exclusão nas relações sociais e socioambientais e permitem, através da separação homem x homem e homem x natureza, a degradação de ambos, uma crise ambiental. O racionalismo da eficiência e da produtividade é alienante, desumano e degradante. Reduzido à unidimensionalidade de "ser trabalho", o ser humano absorve discursos e doutrinas de um pensamento linear que o influenciam em sua cultura e modo de vida. Isso opera uma confusão intelectual na vida moderna, uma grande inversão de valores, florescendo um mundo insustentável. Nesse campo lhe são tolhidas a liberdade, a criatividade e, sobretudo, a reflexão, essências substituídas como simples mercadorias. Os sistemas vivos compreendem os organismos individuais, os sistemas sociais e os ecossistemas, cujo equilíbrio se dá no conflito e não no consenso, como pressupõe a burocracia. O conservadorismo burocrático estimula a inércia organizacional, o que coloca seus princípios em crise em face da velocidade das mudanças no mundo atual. Esta realidade tem trazido para as organizações a flexibilidade como necessário desafio. A abordagem do novo paradigma traz denominações de diversos autores. Todos, porém, indicam a necessidade de uma nova visão, uma nova ótica, com um aprendizado que leve em conta o contexto e as interações, as quais constituem-se nas relações de interdependência de cada indivíduo e destes com seus conjuntos. Necessitamos de uma educação transformada e transformadora, assim como de um método de pesquisa que possibilite a compreensão de significados não mensuráveis e não lineares, para que a ideologia do crescimento econômico possa ser substituída pela idéia de uma existência sustentável que reconheça o valor intrínseco de todos os seres vivos e dos ecossistemas, havendo uma preocupação com o bem-estar das futuras gerações, incluindo aqui o ser humano na sua multidimensionalidade, para que o mundo possa ser um todo integrado, um sistema vivo. Que a realidade seja não uma reunião de objetos separados, mas uma teia de relações, numa dimensão individual e coletiva, local e planetária. Essa reflexão sobre o velho e o novo paradigma e aspectos relacionados à sua transição pressupõe que não existem realidades absolutas, inquestionáveis e imutáveis. O caminho não está definido e o aprendizado não tem fim. Sistemas sociais e organizacionais foram enfocados nesta pesquisa a fim de reunir fundamentos teóricos para o campo da Gestão Ambiental.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/87193
Date January 2004
CreatorsVidal, Lúcia Helena Pereira Tang
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Baasch, Sandra Sulamita
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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