Esta pesquisa busca, desde uma abordagem etnográfica e autoetnográfica, apresentar uma cartografia diacrônica do devir criativo e artístico do Grupo Teatro Escambray de Cuba, através das obras criadas a partir de pesquisas sobre as particularidades de seus espectadores (população camponesa) imersos em circunstâncias históricas, políticas, econômicas e geográficas que foram evoluindo e se modificando ao longo de cinquenta anos desde sua fundação em 1968 até 2018, e que dão mostra das distintas etapas do processo revolucionário levado a cabo na ilha caribenha desde 1959. O Grupo Teatro Escambray se tornou um marco no teatro cubano e no marco de teatro de grupo na América Latina por ter abandonado o contexto urbano como lugar de criação , para encarar a relação com um espectador não experimentado que vive no campo e que - no início de um período de mudanças no processo político de Cuba - enfrentou profundas contradições; uma nova maneira de criar que ecoou no chamado movimento de Teatro Nuevo na ilha e que dialogou com diferentes processos de criação em grupo que ocorreram na década de 1960 em países como Colômbia, Brasil, Uruguai e Argentina, entre outros. Esta cartografia diacrônica do Grupo Teatro Escambray foi abordada desde uma viagem íntima e pessoal da pesquisadora em uma espécie de intercambio e y retroalimentação donde tanto o objeto de estudo, como quem o estuda, experimentam as vicissitudes da mudança. / This research seeks, from an ethnographic and self-ethnographic approach, to present a diachronic cartography of the creative and artistic evolution of the Escambray Theater Group of Cuba, through the works created, from research on the particularities of its spectators (peasant population), with historical, political, economic and geographical circumstances that have evolved over fifty years since its founding in 1968 until 2018, which also show the different stages of the revolutionary process that has taken place on the Caribbean island since 1959. The Escambray Theater Group has marked a milestone within the Cuban theater and in the context of group theater in Latin America for having abandoned the urban context as a place of creation, to face the relationship with an inexperienced spectator who lives in the countryside and who - at the beginning of a period of changes within the political process of Cuba - faced deep contradictions; a new way of creating that echoed in what was called the New Theater movement on the island and that echoed with different group creation processes that took place in the 1960s in countries such as Colombia, Brazil, Uruguay and Argentina, among others. This diachronic cartography of the Escambray Theater Group has been approached from the intimate and personal journey of the researcher in a sort of exchange and feedback where both the object of study, and who studies it, experience the vicissitudes of change.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-02102018-163209 |
Date | 03 August 2018 |
Creators | Camila Ladeira Scudeler |
Contributors | Flávio Augusto Desgranges de Carvalho, Maria Silvia Betti, Simone Carleto, Eduardo Tessari Coutinho, Stela Regina Fischer |
Publisher | Universidade de São Paulo, Artes Cênicas, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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