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Diferenças no reconhecimento de osteoporose e da síndrome dos ovários policísticos entre os endocrinologistas e ginecologistas na cidade de Santa Maria – RS / Differences in the awareness of osteoporosis and polycystic Ovarian syndrome between endocrinologists and gynecologists in the city of Santa Maria - RS

Chronic diseases such as systemic arterial hypertension, type 2 diabetes mellitus,
osteoporosis and polycystic ovarian syndrome are prevalent in Brazil and are
responsible not only for considerable morbidity and mortality in specific segments of
the population, but also for high financial costs. Despite all their relevance, the
diagnosis of these health problems in our country is not performed in an ideal way.
As a consequence, there is a difficulty to act preventively in these pathologies,
generating unwanted clinical complications. The difficulty of establishing diagnoses
uniformly in common pathologies is not unique to our country. There are studies that
demonstrate that the recognition of polycystic ovary syndrome is under-registered in
developed countries such as Australia, as well as osteoporosis in China. At these
sites, a variation in the identification of these pathologies has been demonstrated
according to the physician's specialty. The objective of this study was to evaluate,
through a questionnaire, the awareness regarding the diagnosis and management of
polycystic ovarian syndrome and osteoporosis among the specialized physicians
whom works in these areas (gynecologists and endocrinologists) in the city of Santa
Maria, southern Brazil, where has a population of about 300,000 inhabitants. To
improve this comparison, two other prevalent diseases (type 2 diabetes mellitus and
systemic arterial hypertension) were included in the same questionnaire. A crosssectional
study was carried out between July and August 2015 (Approval of CAAE
43401415.3.0000.5346). In total, 90% of endocrinologists and 75% of gynecologists
out of a total of 97 physicians registered in the Regional Council of Medicine
completed the questionnaire that was applied by a trained interviewer. No differences
related to age, gender and time of work experience were observed among these
specialists. In general, the responses of endocrinologists and gynecologists were
consistent. Considering the questions about polycystic ovarian syndrome, the
decision to include total testosterone, 17OHP, and prolactin was significantly higher
in the group of endocrinologists than gynecologists. Regarding osteoporosis, the
inclusion of the history of low-impact fractures in the diagnosis of osteoporosis was
significantly more reported by gynecologists than endocrinologists. As expected,
sequential identification of secondary causes of osteoporosis was more frequently
performed by endocrinologists than gynecologists, who also identified a greater
number of drug treatment options. To our knowledge, this is the first initiative to
estimate differences in the recognition of polycystic ovarian syndrome and
osteoporosis among gynecologists and endocrinologists using a medium-sized
Brazilian city. It is believed that the information coming from this study will enable in
the future the development of strategies and production of technical support
materials directed to an improvement in the quality of the health care service. / Doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2,
osteoporose e síndrome dos ovários policísticos são prevalentes no Brasil e se
tornam responsáveis não somente por considerável morbi-mortalidade em
segmentos específicos da população, mas também por elevados custos financeiros.
Apesar de toda a sua relevância, o diagnóstico destes problemas de saúde em
nosso meio não é realizado de uma maneira ideal. Como consequência, existe uma
dificuldade para atuar preventivamente nestas patologias, gerando complicações
clínicas indesejadas. A dificuldade para estabelecer diagnósticos de uma maneira
uniforme em patologias comuns não é exclusiva do nosso país. Existem estudos que
demonstram que o reconhecimento da síndrome dos ovários policísticos é subregistrado
em países desenvolvidos como a Austrália, assim como a osteoporose na
China. Nesses locais, demonstrou-se uma variação na identificação destas
patologias de acordo com a especialidade do médico. O presente estudo teve como
objetivo avaliar através de questionário o conhecimento relativo ao diagnóstico e
manejo pontual da síndrome dos ovários policísticos e osteoporose entre os médicos
especialistas que mais atuam nestas áreas (ginecologistas e endocrinologistas) no
município de Santa Maria, sul do Brasil, que tem uma população de cerca de
300.000 habitantes. Para melhor comparação, outras duas doenças prevalentes
(diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica) foram incluídas no mesmo
questionário. Foi realizado um estudo transversal entre os meses de julho e agosto
de 2015 (Aprovação do CAAE 43401415.3.0000.5346). Ao todo, 90% dos
endocrinologistas e 75% dos ginecologistas de um total de 97 médicos registrados
no Conselho Regional de Medicina completaram o questionário que foi aplicado por
um entrevistador treinado. Nenhuma diferença relacionada à idade, gênero, tempo
de experiência de trabalho foram observadas entre estes especialistas. De maneira
geral, as respostas de endocrinologistas e ginecologistas foram similares.
Considerando as questões sobre síndrome dos ovários policísticos, a decisão de
incluir testosterona total, 17OHP, e prolactina foi significativamente maior no grupo
de endocrinologistas que ginecologistas. Em relação à osteoporose, a inclusão da
história de fraturas de baixo impacto no diagnóstico de osteoporose foi
significativamente mais referida por ginecologistas que endocrinologistas. Como
esperado, a identificação sequencial de causas secundárias de osteoporose foi mais
frequentemente realizada por endocrinologistas que ginecologistas, que também
identificaram um maior número de opções de tratamento medicamentoso.
Consideramos que esta seja a primeira iniciativa de estimar as diferenças de
reconhecimento de síndrome dos ovários policísticos e osteoporose entre
ginecologistas e endocrinologistas utilizando uma cidade brasileira de tamanho
médio. Acredita-se que as informações advindas deste estudo possibilitarão no
futuro o desenvolvimento de estratégias e produção de materiais técnicos de apoio
direcionados a uma melhoria na qualidade do serviço assistencial de saúde.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/11879
Date January 2017
CreatorsCosta Beber, Carla
ContributorsPremaor, Melissa Orlandin, Comim, Fábio Vasconcellos, Rovani, Monique Tomazele, Velho, Maria Teresa Aquino de
PublisherUniversidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFSM, Brasil, Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess
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