Return to search

Ajustes posturais em individuos neurologicamente normais e em portadores da Sindrome de Down na gangorra : efeito do treino

Orientador: Gil Lucio Almeida / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-27T05:56:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Carvalho_RegianeLuz_M.pdf: 9038898 bytes, checksum: f04f3deb97a99b2d6a0a0f7506373398 (MD5)
Previous issue date: 2000 / Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar as estratégias de ajustes posturais utilizadas durante o balanço em gangorra, assim como o efeito do. treino. Sujeitos. Seis indivíduos neUI'OIogicamente normais (NN) e seis portadores da síndrome de Down (SD) participaram deste estudo. Métodos. Os indivíduos foram treinados a ba_iÇar em uma gangorra e foram testados antes e após o treino em gangorras com nove índices de dificuldade diferentes. Os _ou1os das articulações do quadril, joelho e tornozelo, a atividade eletromiográfica de alguns músculos da perna e do tronco, e o deslocamento do centro de pressão foram registrados. Resultados. Os indivíduos NN mantiveram o equilíbrio na gangorra devido principalmente a movimentos da articulação do tornozelo, sendo estes movimentos correlacionados com o deslocamento do centro de pressão. Eles utilizaram um padrão alternado de atividade dos músculos gastrocnêmico medial e tibial anterior e foram capazes de modular a quantidade de oscilação postural baseado na demanda mecânica da tarefa. A ordem desta alternância muscular foi em direção oposta ao estiramento. Por exemplo, quando o tornozelo moveu em flexão dorsal, o músculo gastrocnêmico foi estirado, mas o tibial anterior foi o músculo ativado. O treino não afetou o balanço na gangorra. Os Indivíduos portadores da síndrome de Down demostraram uma dificuldade em correlacionar os movimentos das três articulações estudadas. com o deslocamento do centro de pressão. Ao contrário dos NN, os indivíduos SD não alternaram a atividade dos músculos agonistas e antagonistas responsáveis pelo movimento do tornozelo. Eles apresentaram um padrão de co-ativação generalizada mesmo para as condições mais estáveis, e foram incapazes de modular as respostas de acordo com a demanda mecânica da tarefa. O 1reino aumentou as possibilidades destes indivíduos balançarem na gangorra, mas não alterou a estratégia de manutenção do equníbrio. Conclusão e Discussão. Este estudo confirma a idéia de que o balanço na gangorra é possível principalmente devido a movimentos do tornozelo (Ivanenko et aL, 1997) e mostra o uso de uma estratégia semelhante a do pêndulo invertido. Primeiro, observamos que os indivíduos NN inibiram o músculo estirado devido talvez a uma projeção supra-segmentar. Segundo, o treino não afetou a estratégia de manutenção do equilíbrio. Terceiro, os indivíduos portadores da síndrome de Do-wn utilizaram um estratégia diferente da utilizada pelos NN, mas esta estratégia foi suficiente para garantir o balanço. Ao contrário do que tem sido mostrado na literatura (Almeida, et aI., 1994), eles não alcançaram um nível de performance motora semelhante ao nível dos indivíduos NN após o treino. Esta estratégia adotada pelos indivíduos portadores da síndrome de Down parece ser uma resposta adaptativa a possíveis déficits no sistema de controle postural. Sendo esta resposta uma adaptação deveria o fisioterapeuta intervir na tentativa de mudar esta estratégia? Nossos dados suportam a idéia de que a reabilitação deve enfatizar a função e não o modelo de movimento. No entanto, antes de embarcarmos em um novo tratamento, novos estudos são necessários para mostrar se estas respostas adaptativas podem ou não ser mudadas sem detrimento da função / Abstract: The purpose of this study was to investigate the postural adjustments and the effects of practice during balance on seesaw. Subjects. Six individuals with Down syndrome and six neurological normal individuals (NN) took part of this study. Methods. The individuals were trained to balance on one seesaw and were tested before and after practice on nine different seesaws. We recorded the LED marks that were placed on the center or hip, knee and ankle joints and the EMG activities of the some leg and trunk muscles. Results. Neurological Normal individuals maintained balance mainly using ankle movements, and these movements were correlated with the displacement of the center of pressure. They demonstrated an alternated pattern of ankle agonist and antagonist muscles activities and were able to moduIate the amount of balance based on the mechanical dernand of each io, tenns or degree of stability. The order of this alternation was io the opposite direction of the stretched muscle. For cxample, when the. ankle was moved into dorsal fIexion the gastrocnemium was stretched but the anterior tibialis was activated. Training did not affect t.he balance on seesaw. Individuals with Down syndrome demonstrated a difficulty to corre1ate the joints movements with center of pressure displacement. Contrary to NN, the Down syndrome individuals did not alternated the EMG activities. They co-activated the agonist and antagonist ankle muscles even for easy conditions and were unable to modulated the answer with mechanical demand of the task. Training increased the ,possibilities of these individuals balance on seesaw, but clid not change their postural strategy. Conclusion and Discussion. This study confirm the idea that the balance on seesaw i8 achieved mainly by changing the ankle joint (Ivanenko et aL, 1997) and show that the NN individuals use a strategy similar to the inverted pendulum. First,. we observed that these individuals inhibited the stretching muscle using perhaps a suprao ó segmental projection. Second, the training did not affect the balance strategy for both groups. Third, too Down syndrome used a different strategy compared with normal individuals and their strategy was enough to assure balance. Contrary to the others studies (A1meida, et al., 1994) they- did not change their muscle and cinematic strategy of balance after training. it¿s seems that the strategy that they use is an adaptive response to deficits on postural control If this is an adaptive response the Physical Therapist should try changing these strategy? Our study supports the idea that the rehabilitation should emphasize the motor function and not the movement patter However, before embarking in a new therapeutic tractate; new studies are need to show if the adaptive response used by the individuals with Down syndrome balance on seesaw can be changed 'without any detriment of their ability to balance on seesaw / Mestrado / Fisiologia / Mestre em Biologia Funcional e Molecular

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/314249
Date21 September 2000
CreatorsCarvalho, Regiane Luz
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Almeida, Gil Lucio, 1959-, Ferrari, Elenice Aparecida de Moraes, Salvini, Tania de Fatima, Langone, Francesco
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Biologia Funcional e Molecular
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format61p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds