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Previous issue date: 2008-08-08 / This search went on the presuposed of the existence of social relations prejudice manifest by pre-school children of 5 and 6 years during the practice of its main activity, the children s play and games protagonized. Starting from this pressuposed, the general aim of this research was to raise indicative of demonstrations prejudiced by pre-school children of 5 and 6 years, in practice its main activity, and explicit as possible mediations established by teachers, by activity and by the colleagues to exerce interfered in the kind of interference assumed social relationship between peers. The study characterized as quality, orienting itself by assumptions of historical materialism, in view Historical-Cultural of Vygotsky. Data collection was developed in a pre-school in the state of Sao Paulo, using as methodological tools filming, comments and annotations in the field daily on the practice of recreational activities for children of 5 and 6 years, with the focus analytical the explanation of how they, because of the complex set of mediations by this activity, by colleagues or by teachers, take them to stereotyped knowledge that pejoratively label a difference, make patent in the construction of man construct in hierarchical designs and homogeneous. The results of the filming were divided into four categories: mediation, prejudice of a gender, prejudice of race and prejudice of beauty, and pointed to the existence of manifestations prejudiced based these categories during the pre-school recreational activities, and emphasize the importance exercised mediation by the teacher in criticize of these attitudes. This study used a distinction between the terms pre-concept and prejudice, as the first, based on Heller, represents an initial step in making the knowledge of any socially constructed phenomenon, while the second is defined not only as a construct without further consideration of that the facts are, but as a set of elements that oppress and discriminate pejoratively the difference, whether conscious or unconscious. Thus, the prejudice is composed of multiple grades. The data obtained in research support this distinction. Because of this, to conjecture the development cycle of prejudice, which can be divided into three stages: the difference pejorative labeling (1 Stage); breakdown of the difference (2 Stage), and maintenance of discriminatory attitudes even when there is awareness of the facts that contradict, namely the crystallization of prejudice (3 Stage). In pre-school, with rare exceptions, the manifestations prejudiced materializated in the first two phases, noting there is not the crystallization of prejudices, which gives importance the core mediations made by teaching in the architecture of social relations and more fraternal solidarity. Through these relationships are the children understand the difference not as inequality, but as the expression of humanity historic contained in the most diverse cultures, societies and human beings. The search ends highlighting the need for studies to investigate as appropriate children of prejudice from an early age, basic element for the establishment of a radical criticism about the processes by which exclusionary are involved several students in a present time. / Esta pesquisa partiu do pressuposto da existência de relações sociais preconceituosas manifestas por pré-escolares de 5 e 6 anos durante a prática de sua atividade principal, as brincadeiras e os jogos protagonizados. Partindo deste pressuposto, o objetivo geral da pesquisa consistiu em levantar indicativos de manifestações preconceituosas em crianças préescolares de 5 e 6 anos, na prática de sua atividade principal, e explicitar como as possíveis mediações estabelecidas pelas professoras, pela atividade e pelos próprios colegas exercem interferência no tipo de relação social assumida entre coetâneos. O estudo caracterizou-se como qualitativo, orientando-se por pressupostos do materialismo histórico, na perspectiva Histórico-Cultural de Vygotsky. A coleta de dados foi desenvolvida em uma pré-escola do interior do Estado de São Paulo, utilizando como instrumentos metodológicos filmagens, observações e anotações em diário de campo sobre a prática de atividades lúdicas por crianças de 5 e 6 anos, tendo como foco analítico a explicação de como elas, em virtude do complexo de mediações estabelecido por esta atividade, pelos colegas ou pelos professores, tomam para si conhecimentos estereotipados que rotulam pejorativamente a diferença, marca patente na construção do homem arquitetada em desígnios hierárquicos e homogeneizadores. Os resultados das filmagens foram divididos em quatro categorias: mediação, preconceito de gênero, preconceito de raça e preconceito de beleza, e apontaram para a existência de manifestações preconceituosas embasadas nessas categorias durante as atividades lúdicas préescolares, além de ressaltar a importância exercida pela mediação docente na contestação dessas atitudes. Neste trabalho utilizamos uma diferenciação entre os termos pré-conceito e preconceito, pois o primeiro, embasado em Heller, representa uma etapa inicial da tomada de conhecimento sobre qualquer fenômeno construído socialmente; já o segundo se define não apenas como um constructo sem maior ponderação dos fatos que o constituem, mas como um conjunto de elementos que oprime e discrimina pejorativamente a diferença, seja de forma consciente ou inconsciente. Dessa forma, o preconceito se compõe de múltiplas gradações. Os dados obtidos na pesquisa apóiam esta distinção. Em virtude disso, conjecturamos o ciclo de desenvolvimento do preconceito, que pode ser dividido em três etapas: rotulação pejorativa da diferença (1ª fase); discriminação da diferença (2ª fase); e manutenção das atitudes discriminatórias mesmo quando há consciência dos fatos que as contradizem, ou seja, a cristalização do preconceito (3ª fase). Na pré-escola, com raras exceções, as manifestações preconceituosas se concretizam na consubstanciação das duas primeiras fases, não se observando a cristalização dos preconceitos, o que dá importância crucial às mediações pedagógicas na arquitetura de relações sociais mais fraternas e solidárias. Por meio dessas relações as crianças passam a entender a diferença não como desigualdade, mas como a expressão histórica da humanidade contidas nas mais diversas culturas, sociedades e seres humanos. A pesquisa finaliza destacando a necessidade da realização de estudos que investiguem como as crianças se apropriam do preconceito desde a mais tenra idade, elemento basilar para o estabelecimento de uma crítica radical sobre os processos excludentes pelos quais são envolvidos diversos alunos e alunas hodiernamente.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/2455 |
Date | 08 August 2008 |
Creators | Piccolo, Gustavo Martins |
Contributors | Mello, Maria Aparecida |
Publisher | Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação, UFSCar, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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