CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / As prÃticas de preconceito e de tolerÃncia dentro das escolas pÃblicas vÃm sendo bastante discutidas na sociedade e na comunidade acadÃmica. Entendemos o preconceito como uma prÃtica que tende a universalizar estereÃtipos. A tolerÃncia à um termo bastante ambivalente que possui diversos significados: pode sugerir uma aceitaÃÃo, respeito, renÃncia, indiferenÃa, benevolÃncia, coexistÃncia pacÃfica, dentre outros. Em tempos em que à necessÃrio aceitar e entender o outro, a palavra tolerÃncia pode surgir com um tom eufÃmico e brando, enquanto os preconceitos podem reforÃar a repetibilidade dos estereÃtipos. Neste sentido, nÃo se trata de matar, enfrentar, rivalizar, amar ou odiar o outro, mas sim produzi-lo com base em um saber que diz o que o sujeito Ã; e um poder que sanciona, normaliza e disciplina os corpos. Esta dissertaÃÃo analisa as prÃticas de preconceito e de tolerÃncia no contexto de uma escola pÃblica de Fortaleza localizada no bairro Mucuripe. AtravÃs da modulaÃÃo preconceito-tolerÃncia, fazemos uma discussÃo do outro como uma questÃo filosÃfica e polÃtica, utilizando o referencial teÃrico de Michel Foucault, Carlos Skliar, Tomaz Tadeu da Silva, dentre outros. A proposta teÃrico-metodolÃgica utilizada à a pesquisa-intervenÃÃo, atravÃs dos seguintes dispositivos: observaÃÃes informais, diÃrio de bordo e oficinas. Os sujeitos participantes da pesquisa foram: 15 alunos das sÃries 8Â, 9 e 1 ano, e 16 professores de distintas Ãreas. A pesquisa foi realizada de agosto a novembro de 2014, tendo tido 60 horas de duraÃÃo. A partir das oficinas, foi possÃvel visualizar oito analisadores que se relacionaram Ãs prÃticas de preconceitos na escola: sexualidade e gÃnero; padrÃes de beleza e modos de ser; bullying; racismo; diferenÃas de classe social; professores e alunos; deficiÃncias; religiÃo. Jà nas prÃticas de tolerÃncia os analisadores foram: os ideais de igualdade e de liberdade; os imperativos da lei e a judicializaÃÃo da vida; as atitudes religiosas resignadas e passivas; as atitudes serenas e respeitadoras. No agenciamento preconceito-tolerÃncia foi possÃvel observar os ideais de igualdade e a celebraÃÃo da diferenÃa como um modo de legitimar os preconceitos. AtravÃs destes, concluÃmos que os preconceitos e as tolerÃncias podem se configurar como potentes produtores de verdade, de acordo com relaÃÃes de poder e de saber. Para tanto, a partir da metÃfora da casa de Bachelard e da releitura de Veiga-Neto, à preciso que habitemos os porÃes, uma vez que as origens das prÃticas de preconceito e de tolerÃncia estÃo enraizadas neles; sendo atravÃs desse espaÃo que se dà a sustentaÃÃo das nossas visÃes de mundo e das nossas maneiras de pensar.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:9430 |
Date | 11 May 2015 |
Creators | Lorrana Caliope Castelo Branco MourÃo |
Contributors | Luciana Lobo Miranda, Marisa Lopes da Rocha, Pablo Severiano Benevides |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Psicologia, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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