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Fatores associados a transtornos mentais graves no contexto prisional / Associated factors with serious mental illness in a prisional context

Submitted by Rosina Valeria Lanzellotti Mattiussi Teixeira (rosina.teixeira@unisantos.br) on 2018-04-04T18:40:07Z
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Previous issue date: 2018-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Introduction: Studies have shown high prevalence of psychiatric morbidity among prisoners compared to the general population worldwide. The burden of incarcerated adults with mental disorders draw attention to the severity of the clinical conditions of these people living in a prison system that may aggravate their mental problems. Incarcerated adults with severe mental disorders are more vulnerable to physical health problems. Among these mental disorders, severe depressive disorders are more common and are associated with suicidal behavior. Some studies have shown that serious mental disorders are risk factors for violent behavior and criminal recidivism, classified by the greated chance of reencarceration. Other studies have shown that the association with criminal behavior is mediated by comorbidities with drug use disorders. Aim: to analyze the criminal and clinical factors associated with severe mental disorders, with and without drug-related disorders (DRD) comorbidity in a prison population of São Paulo. The specific aims are: To describe the demographic profile of the population; to estimate prevalence of lifetime severe mental disorders; to analyze the clinical and criminal factors related to severe mental disorders by taking into consideration the sex particularities; to analyze the associated factors of incarcerated adults with severe mental disorders in comparison to those with comorbidity with drug use disorders, and to analyze the associated factors of severe depressive disorders by taking into account the particularities of each sex. Method: a descriptive, cross-sectional survey was conducted between May 2006 and January 2007, the details of which have been described in detail elsewhere. 1809 incarcerated adults (¿18 years) were recruited via random, proportional, multistage sampling from 105 prison units in the State of São Paulo. They were evaluated for the presence of a psychiatric diagnosis by the "Composite International Diagnostic Interview - 2.1" (ICD-10). The prevalences and 95% CI were calculated for life and adjusted by the analysis of complex samples. For the analysis of the correlated factors with severe mental disorders, two models of multinomial logistic regression were used, one for severe mental disorders (SMD) in general and another for severe depressive disorders (SDD), with specific analyses plan for male and female population. The dependent variable was cathegorized into: 1) SMD only / SVD only; 2) Comorbidity with drug use disorders; 3) Any other mental illness; 4) no mental illness.Results: Health problems were associated with severe mental disorders, severe depressives and the two analysed comorbidities among women and severe mental disorders and SDD-TUD in men. Recidivism and disciplinary penalty were associated with both TUD comorbidity in both men and women. Being imprisoned in prison was directly associated with SDD among men and inversely associated in women. Having committed a drug-related crime increased the chances of having SDD-TUD in men, whereas having committed violent crime was associated in women with this comorbidity. Conclusion: severe mental disorder only was not associated with recidivism, whereas the comorbidity with drug-related disorder was directly associated with it and with worsen physical health condition. These results show the need of health policies making toward the people with comorbidity in order to meet their specific needs. / Introdução: estudos demonstram a alta prevalência de morbidade psiquiátrica entre presos comparada à população geral em todo o mundo. O alto contingente de presos com transtornos mentais graves chamam a atenção pela gravidade dos quadros clínicos dentro de um contexto adoecedor que pode ser o sistema prisional. Presos com transtornos mentais graves são mais vulneráveis a problemas de saúde física. Dentre os transtornos mentais graves, os transtornos depressivos graves são os mais prevalentes e estão associados ainda ao comportamento suicida. Alguns estudos mostram que os transtornos mentais graves são fatores de risco para o comportamento violento e reincidência criminal, classificada pela maior chance de reencarceramento. Já outros estudos mostram que a relação com o comportal criminal é mediado pela comorbidade com transtornos por uso de drogas.
Objetivo: Estudar a associação entre fatores criminais, clínicos, transtornos mentais graves e a comorbidade com transtornos por uso de drogas em uma população prisional do Estado de São Paulo. Os objetivos específicos são: Descrever o perfil sociodemográfico da população estudada; estimar as prevalências dos transtornos mentais graves calculados para a vida; analisar os fatores clínicos e criminais relacionados aos transtornos mentais graves levando em consideração as particularidades de sexo; analisar os fatores clínicos e criminais relacionados de presos com transtornos mentais graves em comparação aos presos com comorbidades com transtornos por uso de drogas, e analisar os fatores clínicos e criminais dos transtornos depressivos graves levando em consideração as particularidades de sexo. Método: estudo transversal com amostra probabilística, estratificada por distrito administrativo e sorteio em múltiplos estágios de presidiários em unidades penitenciárias e unidade detenção provisórias do Estado. 1809 presos foram avaliados para a presença de diagnóstico psiquiátrico por meio do ¿Composite International Diagnostic Interview ¿ 2.1¿. As prevalências e IC95% foram calculadas para vida e ajustadas pela análise de amostras complexas. Para análise da associação de fatores clínicos e criminais com transtornos mentais graves, foram feitos dois modelos de regressão logística multinomial, um para transtornos mentais graves (TMG) em geral e outro para transtornos depressivos graves (TDG), com planos de análise específicos por sexo. A variável dependente teve quatro categorias em todos os planos: 1) ter TMG / TDG; 2) ter Comorbidade com transtornos por uso de drogas; 3) ter qualquer outro transtorno mental; 4) não ter transtorno mental. Resultados: problemas de saúde de natureza clínica foram associados a transtornos mentais graves, transtornos depressivos graves e a comorbidade de TMG e transtorno por uso de drogas (TUD) em ambos os sexos. Nas mulheres houve associação dos problemas de saúde de natureza clínica também com a comorbidade de TDG e TUD. Histórico de reencarceramento e falta disciplinar foram associadas às duas comorbidades TMG-TUD e TDG-TUD em ambos os sexos. Já estar preso em penitenciária teve associação direta com TDG entre os homens e inversa em mulheres. Por fim, ter cometido crime relacionado a drogas aumentou as chances de se ter a comorbidade TDG-TUD em homens. Entre as mulheres esta comorbidade esteve associada a ter cometido crime violento. Conclusão: ter transtorno mental grave sem comorbidade psiquiátrica não esteve associado à reincidência em nenhum dos sexos. Quando houve comorbidade com transtornos por uso de drogas, entretanto, essa associação foi significativa, sendo a comorbidade também associada a problemas de saúde física. Isso mostra a necessidade de formulação de políticas de saúde para a população com comorbidade a fim de atender as necessidades específicas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:biblioteca.unisantos.br:tede/4461
Date27 February 2018
CreatorsMarques, Maíra Mendes dos Santos
ContributorsAndreoli, Sergio Baxter, Andreoli, Sérgio Baxter, Barros, Claudia Renata dos Santos, Inoue, Silvia Regina Viodres, Moreira , Fernanda Gonçalves, Andrade, Mario Cesar Rezende
PublisherUniversidade Católica de Santos, Doutorado em Saúde Coletiva, Católica de Santos, Brasil, Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS, instname:Universidade Católica de Santos, instacron:UNISANTOS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationMARQUES, Maíra Mendes dos Santos. Fatores associados a transtornos mentais graves no contexto prisional. 2018. viii, 116 f. Tese (doutorado) - Universidade Católica de Santos, Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Saúde Coletiva, 2018.

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