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Interpretação Automatizada de Textos: Processamento de Anáforas

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Previous issue date: 2005-04-11 / Esta tese apresenta uma solução para a interpretação de anáforas nominais definidas. Considere o seguinte texto:
(1) a. Mariana comprou um carro novo.
b. O motor veio danificado.
A frase (1a) apresenta duas entidades: Mariana e um carro novo. Já a frase (1.2b) tem apenas uma entidade - o motor. No processo de interpretação, humano ou computacional, a utilização do artigo definido " o" é um indicativo de que a entidade já havia sido introduzida no discurso, i.e. apresenta um caráter anafórico. Resolver uma anáfora é, a priori, identificar a quem ou a que se refere esta anáfora. Mas no caso acima é mais do que isto: sem dúvida o motor existe no texto por causa da existência de um carro, porém a interpretação do motor deve ir além disto e identificar como este motor está ligado com aquele carro. Isto é uma anáfora nominal definida.
A interpretação das anáforas nominais definidas ou de qualquer fenômeno anafórico pode ser generalizada como um processo que atribui valores aos itens da seguinte equação: R(A, T ) (2)
onde: A denota a entidade introduzida pela interpretação fora de contexto de um pronome, de uma elipse ou de um sintagma nominal definido, T denota o seu antecedente e R é a relação existente entre A e T . O processo de resolução da equação, que é propriamente o processo de resolução de anáforas, consiste em descobrir T e R dado A. Nesta tese é proposta uma metodologia computacional que interpreta as anáforas nominais definidas cuja relação R é uma dentre: parte de, membro de, subcategorizado por e coreferência. A obtenção das relações é feita por um conjunto de regras pragmáticas [Freitas, Lopes e Menezes 2004, Filho e Freitas 2003] (cap. 3). Caso seja constatado que A não seja anafórica então ela é acomodada no contexto.
A metodologia computacional é construída sobre um ambiente de programação em lógica [Damásio, Nejdl e Pereira 1994] que permite raciocinar abdutivamente [Kakas, Kowalski e Toni 1992] sobre a representação semântica do texto [Kamp e Reyle 1993]. A partir da interpretação das entidades é construída a estrutura nominal do discurso [Lopes e Freitas 1994] (cap. 4), a qual permite: (1) fazer o acompanhamento das entidades mais salientes em cada frase [Freitas e Lopes 1994], (2) limitar o universo de escolha de possíveis antecedentes[Freitas e Lopes 1996] e (3) prover um resumo das entidades do discurso.
O resultado é uma metodologia que permite, de forma integrada, resolver anáforas e elipses, sendo que a estrutura nominal do discurso pode ser usada na busca de informações.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/4114
Date11 April 2005
CreatorsFREITAS, S. A. A.
ContributorsLOPES, J. G. P., Cury, D., Garcia, B.B., Menezes, C. S.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Engenharia Elétrica, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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