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Previous issue date: 2010-04-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This paper portrays an intervention research, the focus of which was school violence and teacher
education. Such research is justifiable due to the manifestation of school violence, complaints coming
from teachers about the lack of qualification to deal with the phenomenon, and their request to become
qualified so they are able to face said problem at school. The explanations about violence, that are
focused on individuals and their families, give rise to the inquiry about the possible contributions
educational psychology is able to provide, as an intervention and study area, so teachers may
overcome the concept they already have, for upon maintaining such concept they run the risk of basing
themselves on student-restricted actions, very too often grounded on common sense, when planning
educational activities that aim at confronting violence. Dialectical and historical materialism, culturalhistorical
psychology, and historical-critical pedagogy were the theoretical foundations for this paper.
Its purpose was to understand that changes in the set of meanings and significances teachers hold in
respect to violence may be mediated by a continuing education process. By monitoring a group of
teachers under continuing education, possibilities for transforming teachers awareness were sought,
mediated by changes in meanings and significances regarding school violence. The procedures used to
produce data were: a socio-demographic mapping questionnaire, a collective interview, and observing
participants during the group formation process. As a result, it was noticed that the participants
expressed opinions in which they attempted to articulate their educational practices with the
theoretical matters regarding violence, broadening the concept of violence, since initially they only
pointed out the physical violence deriving from family and community members but did not mention
the possibility of violence deriving from school itself. Violence was understood as a synonym for
criminal acts and domestic violence. At a certain point, the participants included intolerance and bias
and, finally, the phenomenon is recognized in school relationships and they identified that teachers
also make use of, and experience, violence in their activities. When future teachers begin their
education, they are emotionally touched to help the children with whom they will work. While the
concept of violence was being discussed in group, the participants started to partially give new
meanings to their needs and reasons to act against violence. Upon noticing that the theme on violence
can be included in their pedagogical activities, they began reporting what they can do (a feeling of
empowerment), opposing their own feelings of powerlessness mainly expressed at the beginning of
their education. The abovementioned elements indicate the importance of educational processes in
constructing/reconstructing meanings and significances referring to school violence. The outcome of
such educational intervention process, in order to go up against violence, will depend on historical
circumstances that enable teachers to have access to new knowledge about school violence and to
collectively reflect on how to intervene. It was observed that teachers are under a process of reflection
about the importance of the teacher s role in the process of making children and adolescents sociable,
thus contributing to the education of historical individuals that will be able to more critically take part
in the society in which they live, including taking measures that aim at prevailing over violence in
social relationships / Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa intervenção que teve como foco a violência nas escolas e a formação de professores. Justifica-se diante das manifestações de violência nas escolas; da queixa, por parte dos professores, sobre a falta de preparo para lidar com o fenômeno e, ainda, por sua solicitação de formação para que possam enfrentar essa problemática nas escolas. As explicações acerca da violência, centradas nos indivíduos e famílias, suscitam-nos o questionamento sobre as possibilidades de contribuição da psicologia da educação, como área de estudo e intervenção, para que o professor possa superar essa concepção, pois, ao mantê-la, corre o risco de, ao planejar atividades educativas, tendo como objetivo o enfrentamento da violência, fundamentar-se em ações restritas ao aluno e, muitas vezes, baseadas no senso comum. O Materialismo histórico-dialético, a Psicologia histórico-cultural e a Pedagogia histórico-crítica fundamentaram teoricamente o presente trabalho. O objetivo foi compreender que mudanças no conjunto de sentidos e significados do professor a respeito de violência podem ser mediatizadas por um processo de formação continuada. Por meio do acompanhamento de um grupo de formação continuada, no qual estavam inseridas três docentes, buscamos possibilidades de transformação da consciência das professoras, mediadas pelas mudanças nos significados e sentidos sobre a violência nas escolas. Os procedimentos utilizados para a produção de dados foram: questionário de mapeamento sociodemográfico, entrevista coletiva e observação participante durante o processo de formação grupal. O grupo realizou oito encontros e dele também participaram alunos do curso de um curso de psicologia. Como resultados, observamos que as participantes expressam reflexões em que buscam articular suas práticas educativas com as questões teóricas sobre a violência, ampliando o conceito desse fenômeno, pois, inicialmente, apontavam apenas a violência física, cometida pela família e comunidade e não mencionavam a possibilidade de violência da escola. Violência era entendida como sinônimo de criminalidade e violência doméstica. Em outro momento, foram incluídos os preconceitos e discriminações, e por fim, o fenômeno é reconhecido nas relações escolares, nas quais os professores identificam, que eles mesmos, também usam e sofrem violência em suas atividades. As professoras iniciam a formação sensibilizadas para ajudar as crianças com as quais trabalham. À medida que elas discutem o conceito de violência no grupo, vão, em parte, ressignificando suas necessidades e motivos para agirem ante a violência. Ao perceberem que o tema violência pode ser inserido em suas atividades pedagógicas, relatam o que podem fazer (sentimento de potência), contrapondo ao próprio sentimento de impotência verbalizado principalmente no início da formação. Os elementos acima comentados nos indicam a importância de processos formativos para a construção/ reconstrução de sentidos e significados sobre violência nas escolas. O vir a ser desse processo de intervenção educativa de enfrentamento da violência dependerá de circunstâncias históricas que possibilitem às docentes novos conhecimentos sobre a violência nas escolas e, consequentemente, a reflexão coletiva sobre como intervir. Observa-se que as professoras estão em processo de reflexão sobre a importância da atuação do professor no processo de sociabilidade de crianças e adolescentes, contribuindo para a formação de sujeitos históricos que possam participar mais criticamente da sociedade em que estão inseridos, até mesmo com ações que visem à superação da violência nas relações sociais
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/16599 |
Date | 14 April 2010 |
Creators | Martins, Eni de Fátima |
Contributors | Placco, Vera Maria Nigro de Souza |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, PUC-SP, BR, Psicologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf, audio/mpeg |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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