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O modo tecnológico da vigilância da saúde e o trabalho das Equipes de Saúde da Família

p. 1-133 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-29T20:30:52Z
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Previous issue date: 2009 / Com a implantação do Programa de Saúde da Família (PSF), na década de 90, a discussão da mudança do modelo assistencial da saúde vem ganhando força. O PSF, entendido inicialmente como programa focalizado de atendimento para os pobres, incorpora os princípios e diretrizes da Vigilância da Saúde e assume o discurso de estratégia de mudança do modelo assistencial a partir da atenção básica, na construção do SUS. No entanto, as propostas de mudança do modelo assistencial enfrentam-se com o desafio que é o de mudar as práticas de saúde, o que implica a redefinição do objeto, dos meios de trabalho, das atividades, das relações técnicas e sociais, bem como das organizações e da sua cultura. Um dos pontos centrais trazidos pelo SUS e incorporado pelo PSF, para propor mudanças na saúde, foi apontar a saúde não apenas como ausência de doença, mas relacionada com as condições de vida e de trabalho, o que significa a redefinição do objeto da saúde. Contudo, este novo objeto não tem sido trabalhado, rotineiramente, pelo setor saúde. Tal situação parece se constituir em um dos nós críticos para a mudança da prática dos profissionais. Daí as questões de investigação: como delimitar este novo objeto? Que instrumentos têm os trabalhadores de saúde para lidar com ele? Procurando responder a essas questões foi realizado um estudo de caso, tendo como unidade de análise duas equipes de saúde da família de um município da Região Metropolitana de Salvador-Ba. O objetivo deste estudo é analisar as práticas de saúde de Equipes de Saúde da Família (ESF) segundo o modo tecnológico da Vigilância da Saúde. O referencial teórico utilizado fundamentase na teoria do processo de trabalho em saúde. Foram realizadas entrevistas com trabalhadores de saúde de duas ESF, principais fontes de dados desta pesquisa. As evidências produzidas permitem afirmar que o objeto privilegiado das práticas das ESF investigadas tem sido as doenças e agravos à saúde. As ESF não estão tomando como objeto de suas práticas os problemas de saúde da população de acordo com as diretrizes e princípios da Vigilância da Saúde e da Estratégia de Saúde da Família, que considera os danos, os riscos e os determinantes relacionados ao processo saúde-doença. As evidências indicam, ainda, que apesar dos profissionais das equipes utilizarem alguns dos instrumentos previstos para apreender de forma ampliada os problemas de saúde, o fazem de forma incipiente usando, apenas, para apreender as doenças e agravos à saúde da população. PCom a implantação do Programa de Saúde da Família (PSF), na década de 90, a discussão da mudança do modelo assistencial da saúde vem ganhando força. O PSF, entendido inicialmente como programa focalizado de atendimento para os pobres, incorpora os princípios e diretrizes da Vigilância da Saúde e assume o discurso de estratégia de mudança do modelo assistencial a partir da atenção básica, na construção do SUS. No entanto, as propostas de mudança do modelo assistencial enfrentam-se com o desafio que é o de mudar as práticas de saúde, o que implica a redefinição do objeto, dos meios de trabalho, das atividades, das relações técnicas e sociais, bem como das organizações e da sua cultura. Um dos pontos centrais trazidos pelo SUS e incorporado pelo PSF, para propor mudanças na saúde, foi apontar a saúde não apenas como ausência de doença, mas relacionada com as condições de vida e de trabalho, o que significa a redefinição do objeto da saúde. Contudo, este novo objeto não tem sido trabalhado, rotineiramente, pelo setor saúde. Tal situação parece se constituir em um dos nós críticos para a mudança da prática dos profissionais. Daí as questões de investigação: como delimitar este novo objeto? Que instrumentos têm os trabalhadores de saúde para lidar com ele? Procurando responder a essas questões foi realizado um estudo de caso, tendo como unidade de análise duas equipes de saúde da família de um município da Região Metropolitana de Salvador-Ba. O objetivo deste estudo é analisar as práticas de saúde de Equipes de Saúde da Família (ESF) segundo o modo tecnológico da Vigilância da Saúde. O referencial teórico utilizado fundamentasse na teoria do processo de trabalho em saúde. Foram realizadas entrevistas com trabalhadores de saúde de duas ESF, principais fontes de dados desta pesquisa. As evidências produzidas permitem afirmar que o objeto privilegiado das práticas das ESF investigadas tem sido as doenças e agravos à saúde. As ESF não estão tomando como objeto de suas práticas os problemas de saúde da população de acordo com as diretrizes e princípios da Vigilância da Saúde e da Estratégia de Saúde da Família, que considera os danos, os riscos e os determinantes relacionados ao processo saúde-doença. As evidências indicam, ainda, que apesar dos profissionais das equipes utilizarem alguns dos instrumentos previstos para apreender de forma ampliada os problemas de saúde, o fazem de forma incipiente usando, apenas, para apreender as doenças e agravos à saúde da população. / Salvador

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/10372
Date January 2009
CreatorsCosta, Júlia Gonçalves
ContributorsPaim, Jairnilson Silva
PublisherPrograma de pós-graduação em saúde coletiva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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