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Geologia, petrologia e geoquímica da associação tonalito-trondhjemito-granodiorito (TTG) do extremo leste do subdomínio de transição, província Carajás

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diss_patrick_santos.pdf: 9329021 bytes, checksum: c9cd2550831ddbdb2596b6b6223e85bb (MD5) / Os estudos geológicos realizados no extremo leste do Subdomínio de Transição da
Província Carajás demonstraram que a área estudada é composta dominantemente por
associações tonalito-trondhjemito-granodiorito (TTG). De modo subordinado, ocorrem rochas
monzograníticas deformadas, associadas aos granitos tipo Planalto, e gabros inseridos na
associação máfico-enderbítica. Granitos isotrópicos e diversos diques máficos desprovidos de
deformação expressiva seccionam os litotipos arqueanos mapeados. A associação TTG aflora
na forma de blocos ou lajedos, geralmente em áreas de relevo arrasado. São rochas de cor
cinza e granulação média, mostrando bandamento composicional ou, por vezes, aspecto
homogêneo, frequentemente englobando enclaves quartzo-dioríticos. Apresentam-se
intensamente deformadas, com foliação dominante segundo E-W e mergulhos fortemente
inclinados a subverticais. Localmente apresentam estruturas NE-SW, transpostas por
cisalhamentos E-W. Em algumas ocorrências, exibem feições miloníticas a protomiloníticas,
registradas nas formas ovaladas dos porfiroblastos de plagioclásio ou de veios leucograníticos
boudinados. São reconhecidas duas variedades petrográficas para esta associação: Biotitatrondjhemito
e, subordinados, biotita-granodioritos, ambos com conteúdos modais variáveis
de muscovita e epidoto. Essas variedades possuem aspectos texturais similares e mostram
trama ígnea pouco preservada, mascarada por intensa recristalização, acompanhada do
desenvolvimento de foliação milonítica incipiente a marcante.
Análises por EDS efetuadas em microscópio eletrônico de varredura revelaram que o
plagioclásio possui composição de oligoclásio cálcico (An27-19), com teores de Or variando de
0,6 a 2,3%. As biotitas são ferromagnesianas, com ligeira dominância de Fe sobre Mg
(Fe/[Fe+Mg] variando de 0,54 a 0,59) e os epidotos analisados apresentam teores de pistacita
que variam de 23 a 27,6%, situados em sua maioria no intervalo de epidotos magmáticos.
Estudos litogeoquimicos identificaram duas composições distintas: uma de afinidade
trondhjemitica (dominante) e outra granodiorítica e cálcico-alcalina. A primeira apresenta
características típicas das suítes TTG arqueanas. A última apresenta enriquecimento em LILE,
especificamente K2O, Rb e Ba, quando comparada com os trondhjemitos dominantes, mas
ainda preserva alguns aspectos afins das associações TTG arqueanas. Diferentes mecanismos
são propostos para explicar a origem e evolução desses dois litotipos. Os dados geoquímicos
são inconsistentes com as hipóteses de diferenciação desses dois grupos de rochas por meio
de processos de cristalização fracionada a partir de magma tonalítico/trondhjemítico ou
derivação dos granodioritos por anatexia das rochas TTG dominantes. Os tonalitos e
trondhjemitos exibem afinidade com os grupos de TTG de alta razão La/Yb e Sr/Y da
Província Carajás, sugerindo que foram derivados de fontes à base de granada anfibolitos em altas pressões (ca. 1,5 GPa), ou no mínimo apresentam uma evolução magmática controlada
pelo fracionamento de granada, fato normalmente admitido para os TTG arqueanos. O estudo
comparativo apontou maiores similaridades entre os TTG estudados e o Tonalito Mariazinha
e o Trondhjemito Mogno, do Domínio Rio Maria, e com o Trondhjemito Colorado e, em
menor grau, Trondhjemito Rio Verde, do Domínio Carajás. As características geoquímicas
particulares das rochas granodioríticas podem ser devidas à contaminação de magmas ou
rochas TTG a partir de metassomatismo litosférico ou à assimilação de sedimentos oriundos
da crosta oceânica em subducção durante a gênese do liquido trondhjemítico. Em ambas as
hipóteses, haveria a preservação de parte das características de associações TTG. As
associações arqueanas identificadas neste trabalho implicam existência expressiva de rochas
TTG no Subdomínio de Transição. Esse fato tende a fortalecer a hipótese de que o
Subdomínio de Transição representa uma extensão do Domínio Rio Maria, mas afetado por
eventos de retrabalhamento crustal durante o Neoarqueano.
Na porção leste da área ocorrem pequenos corpos monzograníticos alongados segundo
E-W, claramente condicionados por cisalhamentos. Suas rochas apresentam texturas
miloníticas, caracterizadas por porfiroclastos de feldspatos com formas amendoadas,
contornados principalmente por micas e quartzo recristalizados. Apresentam assinaturas
geoquímicas de granitos tipo-A reduzidos e são similares aos granitos da Suíte Planalto, da
área de Canaã dos Carajás.
Rochas máficas afloram restritamente na porção centro-norte da área na forma de
blocos. São rochas com textura dominantemente granoblástica, com arranjos em mosaico,
constituídas basicamente por anfibólio e plagioclásio, com quartzo e biotita subordinados.
Na porção norte da área mapeada foi identificado um corpo de granito isotrópico, sem
deformação expressiva, com texturas rapakivi localizadas. Apresenta relevo de colinas suaves,
com padrão morfológico distinto dos granitóides arqueanos. Este corpo granítico foi
correlacionado aos granitos tipo-A paleoproterozoicos, representados no Domínio Carajás
pela Suíte Serra dos Carajás e pelo Granito Rio Branco. Esses granitos não são objeto desta
pesquisa e, portanto, não foram estudados em maior detalhe.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:rigeo.cprm.gov.br:doc/1187
Date January 2014
CreatorsSANTOS, Patrick Araujo dos Santos
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da CPRM, instname:CPRM, instacron:CPRM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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