Return to search

Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro

Made available in DSpace on 2014-06-12T18:02:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo2589_1.pdf: 4302212 bytes, checksum: cd4f4248722b5820033caf825827a6d7 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2005 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O Complexo Granítico Esperança (CGE) situa-se no Terreno Alto Pajeú (TAP),
Domínio da Zona Transversal (DZT) da Província Borborema (PB), na porção centro-norte do
Estado da Paraíba. Aflora em uma área de cerca de 500 Km2, encaixado em rochas
Mesoproterozóicas alongadas no sentido SW-NE, limitadas a norte pelo Lineamento Patos
transcorrente de cinemática dextral e a sul pela Zona de Cisalhamento Puxinanã-São
Sebastião de Lagoa de Roça. Estas intrusões exibem petrografia, geoquímica, química mineral
e isotópica distintas, sugerindo fontes distintas para pelo menos uma delas (Plúton Areial) e as
demais intrusões (Puxinanã, Remígio, Pocinhos e Serrote da Cobra).
São granitos metaluminosos a fracamente peraluminosos, cálcio-alcalinos de alto-K
(Puxinanã, Remígio e Serrote da Cobra) a shoshoníticos (Areial), caracterizados
geoquimicamente por elevados teores de álcalis (Na2O + K2O > 7%) e razões K2O/Na2O>1.
Exibem coexistência e mistura parcial ou incompleta de magmas máficos e félsicos, com
porções dos plútons apresentando hibridização em variados graus de combinações, com
exceção de Pocinhos. Petrograficamente são biotita sienogranitos a monzogranitos associados
a granodioritos, exibindo enclaves ou diques sin-plutônicos máficos (Areial, Puxinanã e
Remígio), biotita tonalitos associados a diques tardi-plutônicos máficos (Serrote da Cobra) e
biotita sienogranitos não-associados a enclaves ou diques máficos (Pocinhos). Estes plútons
mostram características de granitos sin a tardi-orogênicos tipo I, menos o Plúton Pocinhos que
possui características de granitos tipo A.
Nas intrusões do CGE ocorrem as seguintes fases minerais: plagioclásio (oligoclásio a
andesina), feldspato potássico (microclina pertítica), biotita (siderofilita a anita), anfibólio
cálcico (edenita a ferro-edenita, com um fácies mostrando composições na série magnésiohornblenda
a ferro-hornblenda no Plúton Areial), titanita e epidoto (com teor de pistacita
variando de 0,25 a 0,24 para o Plúton Serrote da Cobra, e 0,28 a 0,31 para o Plúton Areial).
Dados de química mineral, geotermometria e geobarometria mostraram condições de
cristalização com temperaturas moderadas a altas (774 a 780° C) e pressões moderadas (5.6 e
6.0 Kbar) para o Plúton Areial do CGE. Geocronologia pelo método U/Pb em zircão forneceu
idade de 581.3±7 Ma para o Plúton Puxinanã. Os dados isotópicos mostraram para o Plúton Areial valores fortemente negativos de
εNd iniciais (-15.08 a -16.53) e idades modelo TDM Paleoproterozóicas (1.8 a 2.1 Ga), e para
os demais plútons valores menos negativos de εNd iniciais (-7.19 a -3.46) e idades modelo
TDM mistas de material Paleoproterozóico e Neoproterozóico (Brasiliano) ou
Mesoproterozóico (Cariris Velhos), variando de 1.34 a 1.59 Ga.
Os diagramas petrogenéticos de Patiño-Douce (1995) sugerem que os granitóides
constituintes do CGE foram todos gerados a partir de fusões de rochas cálcio-alcalinas,
possivelmente envolvendo fusão de rochas da crosta inferior, por ação do calor transmitido
por magmas mantélicos alojados por underplating, seguido de assimilação das rochas
encaixantes e armazenamento dos magmas híbridos em bolsões magmáticos, formados por
mistura em profundidade de magmas mantélicos e crustais. Subsequente homogeneização
química e isotópica dos magmas híbridos gerou as características cálcio-alcalinas das
intrusões do CGE. Estes processos de mistura de magma em profundidade seriam
responsáveis pela evolução das intrusões constituintes do CGE, exceto pelo plúton tipo A
Pocinhos, originado a posteriori por fusão desidratada de um protólito granitóide cálcioalcalino
portador de hornblenda e biotita, a baixas profundidades (inferiores a 15 Km), em
condições de pressão ≤ 4 kbar

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6161
Date January 2005
CreatorsSAMPAIO, Maria Angélica Fonseca
ContributorsGUIMARAES, Ignez de Pinho
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0045 seconds