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Práticas do psicólogo em instituições públicas de saúde: o cuidado para com outro. / Psychologist’s practice in the public health institutions: the care for the other

CARVALHO , Liliane Brandão. Práticas do psicólogo em instituições públicas de saúde: o cuidado para com outro. 2006. 137f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2006. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2012-03-09T17:22:58Z
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Previous issue date: 2006 / The psychologist takes up the challenge of fitting into the public health services, more precisely into the general non-psychiatric institutions characterized as an specific locus of practice and comprehension of the issues related to the continuum health-illness. However, acting on the complex field of collective health imposes to this professional a review of his/her practice, a questioning of the traditional presuppositions and, above all, an ethical discussion that leads to another attitude regarding the user of the service. Caring assumes the configuration of this attitude of respect and embracement of the other’s suffering, whose way does not follow reason any longer, nor the path of knowledge-power, but the affection and the ethical listening. The aim of this study is to understand the meanings attributed by the psychologist to the care for the other in his/her practice in the public health institution in Fortaleza. Having an exploratory character, this study is qualitative, in a critical-interpretative perspective of phenomenological basis, and adopts as methodological underpinning the philosophical hermeneutics. The subjects were eight women-psychologists who are part of the personnel of the public health network. The instrument employed was the non-directive interview, as it facilitates the dialogue and the free expression of the subjects’ daily living. The in-depth analysis of the accounts of each subject evidenced three central thematic axes: the insertion in the field of public health; the psychologist’s practice: knowing and doing at play; and conceptions on the ethical dimension of care. Issues related to the academic background, considered flawed in what regards the discussion about health as a collective dimension, to the lack of previous experience in the field of health, to the very process of professionalization and to the precarious working conditions, are experienced as difficulties to the psychologist’s practice. This professional, still in line with the clinic psychology model, of individualist and isolated attitude, and with biomedicine, of accentuated presence in the cearense context, marked by the vertical, top-to-bottom character of the hierarchy in charge of the assistance, and interested in the other more as an object of technical intervention. Therefore, it is possible to conclude that this model of practice is the prevalent among the psychologists of this study, who, in face of the user, assume the attitude of care as technique, adjustment, control and nullification of the difference. There are, however, experiences that reach beyond the classic clinic attitude and the emphasis on expertise to manage the intersubjective encounter, the dialogue, the sharing of responsibilities, the committment with the social-cultural and political dimension of the health service and, above all, the other, acknowledged and respected as a subject, whom the psychologist needs to approach in order to provide a space of listening to his/her sufferering and appreciation of his/her singularity. / O psicólogo assume o desafio de inserção nos serviços públicos de saúde, mais precisamente nas instituições gerais não-psiquiátricas caracterizadas como um locus específico de prática e de compreensão das questões relacionadas ao continuum saúde-doença. Entretanto, atuar no complexo campo da saúde coletiva exige desse profissional uma revisão de sua prática, um pôr em xeque os pressupostos tradicionais e, sobretudo, uma discussão ética que aponte para uma outra atitude frente ao usuário do serviço. O cuidado assume a configuração dessa atitude de respeito e de acolhimento do sofrimento do outro, cuja via não mais segue a razão, nem a do saber-poder, mas sim a afetação e a escuta ética. O objetivo deste estudo é compreender os sentidos atribuídos pelo psicólogo ao cuidado para com o outro em sua prática na instituição pública de saúde localizada em Fortaleza. De caráter exploratório, este estudo é qualitativo, numa perspectiva crítico-interpretativa de base fenomenológica e adota como suporte metodológico a hermenêutica filosófica. As informantes foram oito psicólogas do quadro funcional da rede estadual de saúde. O instrumento utilizado foi a entrevista não-diretiva, por facilitar o diálogo e a livre exposição dos cotidianos. A análise em profundidade dos depoimentos de cada informante evidenciou três eixos temáticos centrais: a inserção no campo da saúde coletiva; a prática do psicólogo: saberes e fazeres em jogo; e concepções sobre a dimensão ética do cuidado. Questões relacionadas à formação acadêmica, considerada falha quanto à discussão da saúde como uma dimensão coletiva, à falta de experiência anterior no campo da saúde, ao próprio processo de profissionalização e às precárias condições de trabalho são vivenciadas como dificuldades para a atuação do psicólogo. Esse ainda se pauta pelo modelo da psicologia clínica, de postura individualista e isolada, e pela biomedicina, de acentuada presença no contexto cearense, marcada pela verticalização da assistência e interessada mais no outro como um objeto de intervenção técnica. Portanto, é possível concluir que esse modelo de prática é o de maior predominância entre os psicólogos deste estudo, os quais, frente ao usuário, assumem a atitude de cuidado como técnica, ajustamento, controle e de anulação da diferença. Há, contudo, experiências que ultrapassam a postura clínica clássica e a ênfase na perícia para dar conta do encontro intersubjetivo, do diálogo, do compartilhar de responsabilidades, do compromisso com a dimensão sócio-cultural e política do serviço de saúde e, sobretudo, do outro, reconhecido e respeitado como um sujeito, de quem o psicólogo precisa se aproximar para oferecer um espaço de escuta de seu sofrimento e acolhimento de sua singularidade.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/2289
Date January 2006
CreatorsCARVALHO, Liliane Brandão
ContributorsFREIRE, José Célio
Publisherhttp://www.teses.ufc.br
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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