CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A proposta desta pesquisa à elaborar uma reflexÃo sobre a simbolizaÃÃo, que à a conquista da palavra, atravÃs de uma investigaÃÃo sobre as incidÃncias da voz e do ritmo na teoria freudiana, tambÃm chamada de metapsicologia. A pergunta pelo papel da voz e do ritmo na simbolizaÃÃo primordial dispara este trabalho e recebe contornos a partir das problematizaÃÃes psicanalÃticas da constituiÃÃo psÃquica. O solo de onde parte a pesquisa sÃo trÃs textos que compÃem a chamada era neurolÃgica de Freud, mas que, aqui, sÃo tomados, sem receio, como fundadores de valiosos aportes metapsicolÃgicos. Destaca-se como, no Ãmago desses textos, Freud rompe com as teorias localizacionistas da Ãpoca com suporte em seu pouco reconhecido interesse original pela linguagem e pelo sonoro. Primeiro, faz-se necessÃrio girar nos polos representacionais da coisa e da palavra, para ali reconhecer uma dÃvida da palavra para com a voz, por sua impossibilidade de transliterar, transcrever e traduzir todos os elementos sensÃveis da natureza corpÃrea da voz. Essa mesma impossibilidade que faz limite à ciÃncia da lÃngua constitui um incÃgnito poÃtico musical para a psicanÃlise, que se interessa pelos defeitos constitutivos da lÃngua. A simbolizaÃÃo, em Freud, nÃo irà se aportar na aquisiÃÃo de um conjunto positivo de signos, mas atravÃs de uma captura primordial pela melodia da voz materna. Freud introduziu no mundo uma teoria sobre a constituiÃÃo psÃquica em que pesa a urgÃncia do auxÃlio do semelhante e a construÃÃo do psiquismo mediante a relaÃÃo com um outro ser de linguagem. Ao apontar para o que se fundamenta no campo da alteridade, este trabalho tambÃm visa a acompanhar o percurso do prÃprio sujeito. O grito do bebà à o seu cartÃo de chegada ao mundo e, tÃo logo, convoca uma ligaÃÃo comunicativa com o outro que serà permeada por um ritmo presenÃa-ausÃncia. Para assinalar os desdobramentos simbÃlicos do ritmo, sua incidÃncia sobre o recalque originÃrio à tematizada especialmente a partir de Laplanche e Didier-Weill. A leitura de Didier-Weill conduz a pensar sobre o ritmo musical e sobre como sua insistÃncia pode representar uma saÃda do estupor de uma sideraÃÃo originÃria da lei. Assim, a mÃsica à abordada nÃo em suas construÃÃes formais, mas como uma experiÃncia que articula a nostalgia e a aposta no porvir, sendo assim, uma via de simbolizaÃÃo.
| Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:12510 |
| Date | 18 August 2017 |
| Creators | Paulo Alves Parente JÃnior |
| Contributors | Karla PatrÃcia Holanda Martins, LaÃria Beserra Fontenele, Maria Celina Peixoto Lima, Daniel Kupermann |
| Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Psicologia, UFC, BR |
| Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
| Language | Portuguese |
| Detected Language | Portuguese |
| Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
| Format | application/pdf |
| Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
| Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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