Em 1962 a Psicologia foi regulamentada como profissão pela Lei 4119, porém só em 1971 deferiu-se a Lei 5766 que criou os Conselhos Regionais e Federal de Psicologia (sendo que os regionais só foram instalados em 1974). Em 20/08/1973 o Ministro do Trabalho deu a carta sindical à Associação Profissional dos Psicólogos de São Paulo para transformar-se em Sindicato dos Psicólogos. Portanto, compreendemos que há longa história subjacente à constituição da Psicologia como profissão regulamentada no país, porém na pesquisa bibliográfica realizada, encontramos pouco registro que se refere à construção da Psicologia a partir de suas entidades. Dessa forma, visamos fazer uma reflexão sobre as práticas das entidades de classe da Psicologia de São Paulo durante o período da ditadura militar à redemocratização do país (1969-1986) por meio de pesquisa documental e depoimentos de ex-participantes. Constatamos diferenças nas práticas das entidades no período da ditadura militar (anos 60/70) e o da abertura política (a partir de 1979), quando grupos da "esquerda" assumiram as entidades. Notamos que as práticas eram reflexos da conjuntura política do país mediada pela concepção da função social da Psicologia onde, nos anos 70, as entidades defendiam a Psicologia como fim, enquanto profissão e, a partir dos anos 80, com a redemocratização do país, começou a se problematizar a função política da Psicologia na sociedade brasileira. Observamos que a entrada da "esquerda" nas entidades acompanhou o mesmo movimento de transição das sociedades disciplinares para as sociedades de controle. / In 1962, Psychology was regulated as a profession by the Law 4119, but only in 1971, did the Law 5766 create the Regionals and Federal Council of Psychology (the Regionals were open only in 1974). On August 20, 1973, the work minister gave the Union "letter" to the Psychologists' Professional Association of São Paulo in order to transform it into the Psychologists' Union. Thus, we understand that it has been a long history for the constitution of Psychology as a regulated profession in the country, but in the bibliography review, we have found few registers about the construction of Psychology from the view of its entities. Therefore, we intend to reflect about the practices of Psychology's class entities of São Paulo from the military dictatorship to the political overture in the country (1969-1986) through documental research and interviews with former participants. We found differences in the practices of the entities in the military dictatorship (the 1960s/1970s) and in the political overture (since 1979), when "left side" groups took over the entities. We noted that the practices were a reflex of the political conjuncture of the country mediated by the conception of the social function of Psychology, where, in the 1970s, the entities defended Psychology as a goals in itself, solely as a profession, and, since the 1980s, with the country redemocratization, they started to discuss about the political function of Psychology in Brazilian society. We could observe that the entry of the "left side" in the entities was accompanied by the same movement of transition from the disciplinary societies to the controlled societies.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-11072006-224031 |
Date | 14 December 2005 |
Creators | Hur, Domenico Uhng |
Contributors | Fernandes, Maria Ines Assumpcao |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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