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A participação política, entre o debate e a visibilidade: um estudo de mídia e cidadania, a partir de Hannah Arendt e Habermas / Political participation, betwen debate and visibility: a study of media and citizenship, from Hannah Arendt and Habermas

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Previous issue date: 2009-05-07 / The issue of political participation, usually used in Political Science, acquires a new approach from the Social Comunication point of view. Its important to point that the theoretical reference used in the study, were the contributions of Habermas and Arendt concepts about public sphere. According to this sense, political participation is located in the communicative action in public spaces of speaks for free and equal citizens. The agents start to became equal in the moment that all arguments are provided, so it can be say that citizenship is a dialogical process of construction of public spaces, that the main function is not only the social function of pressing the representative power, but mainly to serve as a basis for democratic institutions. The concept of power according to Arendt replaces the importance of political participation as a sufficient condition for democracy. The question now is to know what is the real paper of the media in the build process of democracy guided by citizen participation. First its important to mention that the term "means" of communication had been replaced by the term "communication institutions" because they do not behave as mere transmitters of content, but they are actors in social relations, first of all. The atomistic effects of communication institutions reporting about people are relativized in the moment that it takes into account the importance of the interpretation of media messages in the receiving reception. This process occurs often times in family environments homes, in private atmosphere. The passive citizenship according to this sense, occurs in the private space, in the moment that these people have born , they are able to receive from the Estate the condition of citizens. The only citizenship goes beyond the normative assumption when people have possession of the information responsible for mobilizing public opinion. The formation of the general opinion not only occurs in public places, but mainly in the private sphere in which the television media is still the main source of information for citizens. The condition for the citizenship becomes active in the public space of speech, is the reception. However, the citizens as audience, influence the production of the media contents, through a process of awareness undertaken by social actors, for example, the campaign "Who is financing the plummet is against citizenship", provide by the Commission Human Rights and Minorities of the Chamber of Deputies. Through the action of these social organizations, the passive citizens , inside their home,start to get a selective criterion to guide the process of reception. Therefore, the political participation it starts not only in public sphere, but in private atmosphere of the home, during the reception of media content. Acording to this line of tought, the political participation can do the function of the key central to think about the relationship between media and citizenship, that is, how far does the limit of one and another, and how both of them contribute to a democracy not only as a political power, but as a form of social life / A problemática da participação política, comumente trabalhada na Ciência Política, ganha uma nova abordagem a partir da Comunicação Social. Para tanto, o referencial teórico utilizado no trabalho foram as contribuições de Habermas e Arendt no que diz respeito ao conceito de esfera pública. Nesse sentido, a participação política localiza-se no âmbito da ação comunicativa nos espaços públicos da fala por cidadãos livres e iguais. Os agentes se igualam a partir do pressuposto de que todos têm condição de argumentação, sendo assim, a cidadania é um processo dialógico de construção do espaço público que não apenas tem a função social de pressionar as esferas representativas, mas principalmente, servem como fundamento para as instituições democráticas. O conceito de poder de Arendt recoloca a importância da participação política como condição suficiente para a democracia. A questão agora é saber qual o papel dos meios de comunicação para a construção de uma democracia pautada pela participação cidadã. Em primeiro lugar, o termo meios de comunicação foi substituído pelo conceito de instituições de comunicação , já que as mesmas não se comportam como mero transmissores de conteúdo, mas sim, são atores nas relações sociais, antes de mais nada. Os efeitos atomísticos das instituições de comunicação sobre as pessoas são relativizados na medida em que se leva em conta a importância do processo de interpretação das mensagens midiáticas no ambiente de recepção. Processo tal que se dá muitas vezes nos ambientes familiares, nos lares, na esfera privada. A cidadania passiva, nesse sentido, ocorre no espaço privado, na medida em que todos quando nascem recebem do Estado a condição normativa de cidadãos. A cidadania só vai além do pressuposto normativo quando as pessoas têm posse das informações responsáveis pela mobilização da opinião pública. A formação da vontade geral ocorre não somente nos espaços públicos, mas principalmente na esfera privada em que a mídia televisiva é ainda a principal fonte de informação para os cidadãos. A condição para que a cidadania torna-se ativa, no espaço público da fala, é a recepção. Porém, os cidadãos, enquanto audiência, exercem influência na produção dos conteúdos veiculados pela mídia, através de um processo de conscientização empreendido por atores sociais, como por exemplo, a campanha Quem financia a baixaria é contra a cidadania , empreendida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Por meio da atuação dessas organizações sociais, o cidadão passivo, dentro do seu lar, adquire um critério seletivo que orientará o processo de recepção. Portanto, a participação política tem inicio não somente no espaço público, mas sim, no ambiente privado do lar, durante a recepção dos conteúdos midiáticos. Nesse sentido, a participação política pode desempenhar o papel como categoria chave para se pensar as relações entre mídia e cidadania, ou seja, até onde vai o limite de um e de outro, e de que forma ambas contribuem para uma democracia não somente como regime político, mas como forma de vida social

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tde/1415
Date07 May 2009
CreatorsBOARATTI, André
ContributorsFREITAS, Luiz Antonio Signates
PublisherUniversidade Federal de Goiás, Mestrado em Comunicação, UFG, BR, Ciências Sociais Aplicadas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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