Resumo: Diversos são os métodos destinados à avaliação do controle postural e ao risco de quedas em idosos. Entretanto, não se sabe quais testes melhor refletem o comportamento do sistema de controle postural com o decorrer da idade, e se são capazes de discriminar idosos com e idosos sem histórico de quedas. O objetivo desse estudo foi avaliar e comparar o controle postural em grupos de diferentes faixas etárias a partir de testes de campo (TC) e de testes de posturografia em plataforma de força (PF) a fim de verificar se esses testes são capazes de verificar diferenças no equilíbrio entre grupos de diferentes faixas etárias e entre idosos com e sem histórico de quedas. Além de determinar a correlação entre os TC e entre os TC e a PF. Participaram do estudo 122 sujeitos divididos em quatro grupos: 32 jovens (GJ, 24,68±3,3 anos), 28 adultos na meia-idade (GA, 44,67±2,70 anos), 31 idosos (GI, 65,80±2,94 anos) e 31 idosos muito idosos (GMI, 79,87±3,62 anos) de ambos os gêneros. Os TC foram: Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), Alcance Funcional (AF) e Levantar e Caminhar Cronometrado (LCC). As variáveis analisadas na PF foram: comprimento da trajetória (TRAJ) do centro de pressão (CP), amplitude média de deslocamento do CP nas direções ântero-posterior (AM-AP) e médio-lateral (AM-ML), velocidade média do CP (VEL) e área (AR) percorrida pelo CP. Os sujeitos foram avaliados em seis condições experimentais durante 30s cada. Uma ANOVA one-way foi aplicada para determinar diferenças nos testes entre grupos etários. Um Test-t para medidas independentes foi aplicado para determinar diferenças nos testes entre grupos queda (GQ) e controle (GC). A correlação de Spearman foi utilizada para verificar a correlação entre a EEB e os TC e a PF e a correlação de Pearson para identificar as correlações entre os outros TC e a PF. Os TC foram capazes de diferenciar o GI e o GMI dos grupos GJ e GA (p<0,05), porém não discriminaram GQ e GC (p>0,05). Os testes na PF revelaram uma tendência para identificar alterações no controle postural para o GMI. As variáveis TRAJ e VEL foram sensíveis em determinar alterações com o envelhecimento (p<0,05). Houve correlação entre todos os TC e os TC que mais se correlacionaram com a PF foram EEB e LCC. Os testes na PF também não discriminaram GQ e GC (p>0,05). Nenhum dos testes (TC ou PF) mostrou-se efetivo em discriminar idosos com e sem histórico de quedas. Porém, os TC e as variáveis TRAJ e VEL da PF são úteis para diferenciar idosos em diferentes faixas etárias. Sugere-se, então que, a escolha do teste pode ser pelo tempo necessário para sua aplicação, ambiente físico, considerando os objetivos e as características da população a ser avaliada. Estudos futuros devem considerar que as alterações em função do envelhecimento não são tão pronunciadas em idosos na fase inicial da senescência.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/31811 |
Date | 02 October 2013 |
Creators | Sabchuk, Renata Alyne Czajka |
Contributors | Bento, Paulo Cesar Barauce, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Educaçao Fisica |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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