nÃo hà / Pacientes com doenÃa de Parkinson (DP) foram estudados quanto as alteraÃÃes clÃnicas, o ciclo vigÃlia sono, as alucinaÃÃes visuais, as discinesias, os sintomas depressivos e a anÃlise morfomÃtrica voxel-a-voxel atravÃs de RessonÃncia MagnÃtica (RM). Os pacientes (N=100, 67% masculinos), com idade entre 45 e 80 anos foram avaliados quanto as alteraÃÃes do sono (Parkinsonâs Disease Sleep Scale, PDSS), a qualidade do sono (Pittsburgh Sleep Quality Index, PSQI), o grau de sonolÃncia diurna (Epworth Sleepiness Scale, ESS) e a gravidade dos sintomas (Unified Parkinsonâs Disease Scale, UPDRS partes I, II, III e IV). Os sintomas depressivos foram avaliados atravÃs das escalas de Beck Depression Inventory (BDI) e Hospital Anxiety Depression (HAD) e a funÃÃo cognitiva atravÃs do Mini Exame do Estado Mental (MEEM). A dose equivalente de levodopa (DEL) foi avaliada. AlucinaÃÃes visuais (AVs) foram observadas em 28% dos pacientes e nÃo houve diferenÃa estatisticamente significativa quanto ao sexo, idade, idade de inÃcio dos sintomas e duraÃÃo da doenÃa. Relatos de sonhos vÃvidos foram mais comuns em pacientes com DP e AVs. Os pacientes com AVs apresentavam mais alteraÃÃes das funÃÃes mentais (UPDRS I), mais distÃrbios do sono (PDSS) e pior qualidade do sono (PSQI). A anÃlise de regressÃo logÃstica mostrou que a presenÃa de sonhos vÃvidos e o grau de alteraÃÃes cognitivas associaram-se de forma independente com a presenÃa de alucinaÃÃes visuais. A anÃlise entre os grupos com e sem discinesia mostrou que os pacientes com discinesia (%) eram mais jovens no inÃcio dos sintomas). Pacientes com DP e discinesias tendiam a apresentar maior comprometimento das atividades da vida diÃria (UPDRS II) e da atividade motora (UPDRS III). Pacientes com sintomas depressivos (24%) tendiam a ser pior quanto as atividades da vida diÃria (UPDRS II) e quanto a atividade motora (UPDRS III). Na anÃlise morfomÃtrica atravÃs de estudo de ressonÃncia magnÃtica em pacientes com DP (N=39) e controles (N=10) e foi estudada a sua associaÃÃo com alucinaÃÃes visuais, discinesias e depressÃo. As imagens de RM foram processadas de acordo com o protocolo para estudo de volumÃtrica baseada em voxel (VBM). A variÃvel de desfecho usada foi o volume de substÃncia cinzenta. Em relaÃÃo aos controles, pacientes com DP sem AVs mostraram reduÃÃo do volume de substÃncia cinzenta no giro frontal superior esquerdo e no giro frontal opercular esquerdo. Pacientes com DP e com AVs mostraram reduÃÃo do volume de substÃncia cinzenta no giro frontal superior esquerdo (p=0,02) quando comparados aos com DP e sem AVs. Quanto à presenÃa/ausÃncia de disfunÃÃo cognitiva, pacientes com AVs e disfunÃÃo cognitiva apresentavam reduÃÃo do volume de substÃncia cinzenta no giro opercular esquerdo. Casos sem disfunÃÃo cognitiva apresentavam reduÃÃo da substÃncia cinzenta na Ãnsula esquerda e giro frontal trigonal esquerdo. O subgrupo de pacientes com DP com discinesias mostrou reduÃÃo da massa cinzenta no pulvinar do tÃlamo direito em relaÃÃo aos pacientes com DP sem discinesia. Na anÃlise VBM, a comparaÃÃo de pacientes com DP com depressÃo em relaÃÃo ao grupo DP sem depressÃo mostrou uma tendÃncia de reduÃÃo de massa cinzenta no giro frontal medial direito e na comparaÃÃo com controles observou-se uma reduÃÃo de massa cinzenta na Ãnsula esquerda, insula direita e giro frontal superior esquerdo. Nossos resultados mostram que as AVs associam-se de forma independente com a presenÃa de sonhos vÃvidos, disfunÃÃo mental, alteraÃÃes do comportamento e alteraÃÃes do humor (UPDRS I). Esse estudo confirma que o opÃrculo à importante na rede de circuitos cerebrais envolvidos na manifestaÃÃo de alucinaÃÃes e disfunÃÃes cognitivas na DP. Mostrou-se ainda que alteraÃÃes no nÃcleo pulvinar do tÃlamo associam-se com a presenÃa de discinesias. A Ãnsula direita e o giro frontal medial sÃo demonstrados como importantes locais de comprometimento cerebral em associaÃÃo com os sintomas depressivos na DP. Portanto, os pacientes com DP e AVs, discinesias e sintomas depressivos apresentam alteraÃÃes clÃnicas e alteraÃÃes cerebrais que sÃo especÃficas. Os resultados atuais contribuem para um melhor conhecimento sobre a patogenia da doenÃa e podem direcionar para alvos especÃficos terapias atualmente usadas como a estimulaÃÃo cerebral profunda.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:10368 |
Date | 10 April 2015 |
Creators | RÃmulo Lopes Gama |
Contributors | Veralice Meireles Sales de Bruin, Geanne Matos de Andrade, Ala Luiz Eckeli, Fernanda Martins Maia, Claudio Campi de Castro |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicas, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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