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Efeito do pré-aquecimento na prevenção da hipotermia perioperatória: ensaio clínico controlado randomizado / The effects of prewarming on the prevention of perioperative hypothermia: randomized controlled clinical Trial

A hipotermia perioperatória está associada a diferentes complicações, tais como: aumento da incidência de infecção de sítio cirúrgico, arritmias cardíacas, aumento do sangramento no período intraoperatório e desconforto térmico do paciente na sala de recuperação pós-anestésica, entre outras. Na literatura há evidências de que o pré- aquecimento da superfície corporal do paciente antes da indução anestésica é efetivo para a redução da hipotermia, pela diminuição do gradiente de temperatura entre os compartimentos central e periférico do organismo humano. Assim o objetivo do estudo foi avaliar o efeito do pré-aquecimento na manutenção da temperatura corporal de pacientes submetidas a cirurgias ginecológicas eletivas. Trata-se de ensaio clínico controlado randomizado, com a participação de 86 pacientes submetidas a cirurgia ginecológica eletiva, aleatorizadas em dois grupos. Na sala de admissão do Centro Cirúrgico, as participantes do grupo experimental (n=43) foram aquecidas durante 20 minutos com o sistema de ar forçado aquecido (manta térmica para o corpo todo), o equipamento foi ligado na temperatura de 38o C, e as participantes do grupo controle (n=43) foram cobertas com lençol de algodão e cobertor, durante o mesmo tempo. No período intraoperatório, todas as pacientes foram aquecidas com o sistema de ar forçado aquecido (manta térmica para a parte superior do corpo). A temperatura timpânica foi mensurada com termômetro timpânico infravermelho nos períodos pré e intraoperatório. A partir da entrada da paciente na sala de operação, a temperatura e umidade do ar da sala cirúrgica foram mensuradas. As médias da temperatura e umidade do ar da sala cirúrgica, entre os grupos experimental e controle, foram analisadas por meio do teste t- Student. As médias da temperatura corporal, entre os grupos experimental e controle, foram analisadas por meio de modelo linear de regressão de efeitos mistos. Na análise descritiva dos dados relativos às características sociodemográficas e clínicas das pacientes e do procedimento anestésico-cirúrgico, evidenciou-se similaridade entre os grupos experimental e controle. Após o pré-aquecimento, a média da temperatura corporal foi de 38o C no grupo experimental e de 37,8o C no grupo controle, com diferença estatisticamente não significante (p=0,27). No T150 (150 minutos após o início da cirurgia), houve diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,01). No final da cirurgia, a temperatura média dos grupos estudados foi igual, ou seja, 36,8o C, com diferença estatisticamente não significante (p=0,66). Os resultados da média da temperatura da sala de operação, nos diferentes períodos mensurados, não apresentaram diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados. Em relação à umidade do ar da sala de operação, somente no período T120 (120 minutos após o início da cirurgia), os resultados evidenciaram diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,03). O pré-aquecimento com o sistema de ar forçado aquecido não teve efeito na temperatura corporal de pacientes submetidas a cirurgias ginecológicas eletivas / Perioperative hypothermia is associated with various complications, such as an increased incidence of surgical site infection, cardiac arrhythmias, increased bleeding in the intraoperative period, and thermal discomfort of the patient in the post- anesthetic recovery room, among others. In the literature there is evidence that prewarming the body surface of the patient prior to induction of anesthesia is effective in reducing hypothermia, by lowering the temperature gradient between the central and peripheral compartments of the human organism. Thus, the objective of the present study was to evaluate the effects of prewarming on maintaining the body temperature of patients undergoing elective gynecological surgery. This is a randomized controlled clinical trial involving 86 patients undergoing elective gynecological surgery, randomized into two groups. In the admission room of the Surgical Center, participants in the experimental group (n=43) were warmed for 20 minutes using the forced air heating system (thermal blanket over the whole body), the equipment was turned on at a temperature of 38o C, and the control group (n = 43) were covered with a cotton sheet and blanket for the same period. During the intraoperative period, all patients were warmed using the forced air heating system (thermal blanket for the upper body). The tympanic temperature was measured using an infrared tympanic thermometer in the pre- and intraoperative periods. From the moment of each patient\'s entry into the operating room, the temperature and humidity of the air in the room were measured. The mean temperatures and humidity levels of the operating room, between the experimental and control groups, were analyzed using the Student t-test. The mean body temperatures between the experimental and control groups were analyzed using a linear mixed effects regression model. The descriptive analysis of data on the sociodemographic and clinical characteristics of the patients and the surgical anesthetic procedure demonstrated similarity between the experimental and control groups. After prewarming, the mean body temperature was 38o C in the experimental group and 37.8ºC in the control group, with no statistically significant difference (p = 0.27). At T150 (150 minutes after the start of surgery) there was no statistically significant difference between the groups (p = 0.01). At the end of surgery, the mean temperature of the studied groups was the same, i.e., 36.8o C, with no statistically significant difference between the groups (p = 0.66). The results of the mean operating room temperatures, in the different periods measured, presented no statistically significant differences between groups. In relation to the humidity of the operating room, the results demonstrated a statistically significant difference between groups (p = 0.03) only in the period T120 (120 minutes after the start of surgery). Prewarming with the forced air heating system had no effect on body temperature of patients undergoing elective gynecological surgery

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-24012017-151128
Date19 September 2016
CreatorsFuganti, Cibele Cristina Tramontini
ContributorsGalvao, Cristina Maria
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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