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O Movimento Bandeirante entre tensões e contradições: a reformulação institucional de 1968

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Previous issue date: 2017-02-24 / Nenhuma / O Movimento, que no Brasil foi chamado de Bandeirante, surgiu em 1909, na Inglaterra, organizado pelo militar Robert Baden-Powell, denominado originalmente de Girls Guides que, como o nome indica, congregava meninas, enquanto seu correlato, o Movimento Escoteiro, atendia aos meninos. Em 1919, o Bandeirantismo chegou ao Brasil, introduzido por pessoas da elite carioca que o haviam conhecido na Europa. As atividades se voltavam à formação de meninas e moças que deveriam desempenhar os papéis de gênero próprios do período. Em suas primeiras décadas, o Movimento expandiu-se pelo país, contando com forte apoio do Estado e da Igreja Católica. De cunho conservador, o Movimento Bandeirante não havia passado por reformulações mais profundas até a década de 1960, quando o decréscimo do efetivo sinalizou para a necessidade de mudanças. A dissertação objetivou analisar a reestruturação do Movimento Bandeirante no período de 1967 e 1968, observando as tensões, contradições e os possíveis limitadores à inovação no interior do Movimento. A base empírica do estudo constituiu-se no relatório de reformulação da Federação de Bandeirantes do Brasil, o qual procurava apontar os problemas enfrentados bem como sugerir reformulações que permitissem a superação de possíveis anacronismos. Também foi consultada a revista Bandeirantes, cuja leitura, ao longo da década de 1960, permitiu cotejar distintas opiniões, tanto das diretorias quanto de participantes de diferentes níveis hierárquicos, sobre os rumos e os problemas enfrentados pelo Movimento. Finalmente, foram consultadas as atas das reuniões nacionais, nas quais se discutiam as concepções e ações do Bandeirantismo no país, especialmente após este de ter se tornado oficialmente misto, em 1968. As categorias analíticas que embasaram a leitura desses documentos foram: conservadorismo, definido a partir da leitura de Norberto Bobbio; gênero, com base nas discussões de Joan Scott; feminismo liberal, a partir dos estudos de Celi Pinto e coeducação, com base nas discussões de Aldenise Santos e Dinamara Feldens. Como resultados, apresentam-se as principais contradições, presentes no interior do Movimento, que impediram inovações mais profundas e mantiveram uma cultura institucional predominantemente conservadora, ainda que permeada por discursos e práticas que, por vezes, poderiam ser consideradas progressistas. / The Movement, in Brazil called Bandeirante, was created in England in 1909 by Robert Baden-Powell, a military officer. Originally nominated Girls Guides, this movement only congregated girls, while its counterpart Boys Scouts was for boys exclusively. In 1919, the Bandeirantismo was first introduced in Brazil by members of Rio de Janeiro’s elite that had been engaged in it in Europe. The activities were then focused in the education of girls that should learn how to interpret their gender roles properly. In its first decades, the Movement expanded across the country, strongly supported by State and Catholic Church. Conservative by nature, the Movement kept its characteristics until 1960’s, when a decrease in its members indicated the immediate need of reformulation. The aim of this dissertation is to evaluate the 1967-68’s restructuring of Bandeirante Movement, observing tensions, contradictions and possible limitations to the Movement’s innovation. The empirical basis of the study was the Reformulation Report of the Federação de Bandeirantes do Brasil, that seek to point out the existing problems as well as to suggest reformulations that could overcome possible anachronisms. Likewise, Bandeirantes magazine was consulted, and its reading throughout the 1960’s decade made possible to distinguish different opinions from the most variate levels, such as directory and regular participants, about the problems inside the Movement. Finally, the minute of several national conferences were consulted, in which the conceptions and actions of the Guidism in Brazil was discussed, especially after its official transformation in a mixed movement, in 1968. The analytic categories that substantiate these documents reading was: conservatism, defined by the reading of Norberto Bobbio; gender, based on the discussions of Joan Scott; liberal feminism, through the studying of Celi Pinto; and coeducation, based on the discussions of Aldenise Santos and Dinamara Feldens. As results, was presented the main contradictions of the Movement, that precluded more profound innovations and kept a predominantly conservative institutional culture, even though surrounded by speeches and practices that, sometimes, could be considered progressive.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/6365
Date24 February 2017
CreatorsFellini, Mariella
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/9411371632646979, Bilhão, Isabel Aparecida
PublisherUniversidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Educação, Unisinos, Brasil, Escola de Humanidades
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNISINOS, instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos, instacron:UNISINOS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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