O objetivo foi investigar como a natureza do reforçador afeta o comportamento humano em FI após diferentes histórias de reforço. Universitários foram expostos inicialmente a um de três programas de reforço: FR 40, DRL 20 s ou FI 10 s por três sessões de 15 minutos cada. As contingências de reforço foram programadas com o software ProgRef e a conseqüência para a resposta de pressionar um botão era pontos. Para alguns participantes os pontos eram trocados por fotocópias (Condição 1), para outros os pontos eram trocados por dinheiro (Condição 2), enquanto para outros os pontos não eram trocados por nada (Condição 3). Subseqüentemente, os participantes com história de FR e DRL foram expostos a um programa de reforço em FI 10 s e os participantes submetidos inicialmente ao FI 10 s tiveram o parâmetro do FI alterado para 5, 20 ou 30 s, por três sessões de 15 minutos cada. Os participantes da Condição 3-Pontos, expostos a histórias de responder em FR ou DRL, foram submetidos a cinco sessões de Extinção após as sessões de FI. Os participantes expostos ao FR apresentaram um padrão de responder em taxa alta e constante independentemente do tipo de reforçador utilizado. Quando a contingência mudou de FR para FI a taxa de respostas permaneceu alta para os participantes das Condições 1-Fotocópia e Condição 2-Dinheiro, mas diminuiu para a maioria dos participantes da Condição 3-Pontos. Os participantes expostos inicialmente ao DRL apresentaram um responder em taxa baixa tanto sob a contingência de DRL quanto sob a de FI subseqüente, independentemente da condição de reforço. Apesar desse efeito de persistência comportamental, houve uma diminuição no IRT quando a contingência mudou, o que sugere que o responder era controlado também pela contingência de FI presente. O tipo de reforçador empregado parece ter afetado a probabilidade de que os participantes expostos inicialmente a um programa de reforço em FI 10 s exibissem uma taxa de respostas alta (participantes da Condição 2-Dinheiro) ou baixa (participantes da Condição 3-Pontos). O tipo de reforçador empregado parece ter afetado também o padrão de responder dos participantes quando a parâmetro do FI mudou de 10 para 5, 20 ou 30 segundos. O padrão de responder da maioria dos participantes das Condições 1 e 3 (Fotocópia e Pontos, respectivamente) mudou quando o parâmetro do FI foi alterado, enquanto que o padrão dos participantes da Condição 2-Dinheiro permaneceu o mesmo. Quando a contingência de reforço dos participantes da Condição 3-Pontos foi alterada de FI para extinção houve uma mudança no padrão comportamental tanto dos participantes que tinham história de responder sob FR quanto daqueles com história de responder em DRL. Tomados em conjunto os resultados sugerem que: (a) o comportamento dos participantes foi controlado tanto pela história de reforço quanto pelas contingências presentes; (b) a natureza do reforçador empregado pode favorecer o responder em taxa alta e constante sob FI tanto após exposição a uma contingência de FR quanto quando o FI é programado desde o início (i.e., sem história experimental prévia a nenhuma outra contingência de reforço). Os resultados do presente estudo assemelham-se àqueles obtidos em outros estudos com organismos humanos e não-humanos respondendo sob programas de reforço e sugerem que as diferenças entre o comportamento de humanos e não-humanos sob programas de reforço podem ser atribuídas tanto à história de condicionamento quanto a diferenças de procedimento entre os estudos com humanos e não-humanos. Os resultados também sugerem que a natureza do reforçador é uma variável importante para modular os efeitos da história experimental sobre o comportamento de seres humanos. / In the present study it was investigated how the nature of reinforcer affects the human behavior on FI reinforcement schedule under different histories of reinforcement. College students were initially exposed to one of three reinforcement schedules: FR 40, DRL 20 s or FI 10 s for 15 minutes each. A computer software, ProgRef, was used to program contingencies of reinforcement. So, if the subject gave a click on the left button of mouse, a number correspondent to the number of reinforced response pop out on the monitor screen. That number was equivalent to points, and some students could exchange their points for photocopies (Condition 1), other for money (Condition 2), and other could not exchange for anything (Condition 3). Later, students whose behaviors have been reinforced in FR and DRL schedules (histories) went to a FI 10 s reinforcement schedule and the ones who had already been exposed to the FI 10 s had their FI parameter altered to 5, 20 or 30 s during three sessions of 15 min each. Before being exposed to histories of responding in FR or DRL, Condition 3-Points participants were exposed to five Extinction sessions after being exposed to FI 10 s sessions. All students exposed to FR had high rates of responding, independently of the nature of reinforcer. When the contingencies changed from FR to FI, response rates remained high in the Conditions 1 and 2 (Photocopies and Money), but it deeply decreased in the Condition 3. Students exposed to DRL history presented a low rate of response under both DRL and FI contingencies, independently of the nature of reinforcement. Despite this behavioral persistence effect, the IRT decreased when contingency changed from DRL 20 s to FI 10 s. This suggests that the pattern responding was also under controlling of contingency of reinforcement current. The nature of reinforcer affected the students behavior in FI 10 s even then had no previous experimental history. A high rates of responses was produced by students in the Condition 2-Money while a low rates of responses was produced by most students in the Condition 3-Points. The nature of reinforcer also influenced the students behaviors pattern as FI value changed from 10 to 5, 20 or 30 s. Results show that students behaviors pattern changed as FI value was altered as in the sequence before in the Conditions 1 and 3. However, it did not change at the same way as FI value was altered in the Condition 2. As contingencies of reinforcement, in the Condition 3, were altered from FI to extinction schedules, subjects behaviors under FR and DRL schedules showed a different pattern. Taken as a whole the results suggests that: first, participants behavior seemed to be controlled either by reinforcement history or by contingency of reinforcement; Second, the nature of reinforcement may be produced both high and low rates of response under FI both after FR contingency exposure and when FI is programmed from the beginning (i.e., with no previous experimental history to no other reinforcement contingency). The results of the present study are in agreement to most those studies carried out with human and non-human responding under reinforcement schedules and suggest that the discrepancies between the behavior of humans and non-humans on schedules of reinforcement maybe attributed to both conditioning history and procedural differences between human and non-human research procedures. Also, the results here presented suggest that the nature of reinforcer is an important variable to modulate the effects of experimental history on the human behaviors.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-15072005-121451 |
Date | 26 November 2004 |
Creators | Costa, Carlos Eduardo |
Contributors | Banaco, Roberto Alves, Silva, Maria Teresa de Araujo |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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