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As relações entre avós e netos: possibilidades co-educativas?

A presente dissertação visa compreender como se constitui a relação entre adolescentes, na condição de netos e seus respectivos avós no âmbito familiar. As pessoas idosas constituem hoje um segmento da sociedade que vem adquirindo mais visibilidade em função da maior longevidade. Ao mesmo tempo, as formas de ser e estar em família na contemporaneidade vem apresentando constantes modificações. Nesse sentido, evidencia-se na atualidade uma pluralidade de configurações familiares, como as famílias de idosos e as famílias com idosos. Outra característica marcante dessa diversidade é a família longeva traduzindo-se como um fenômeno novo e apresentando a coexistência de várias gerações. Dentro desse cenário procura-se entender como se constituem a identidade e como se relacionam dois grupos etários: a adolescência e a velhice. As teorias específicas sobre a constituição da identidade geracional trazem contribuições importantes para a compreensão da relação intergeracional. Considerando o convívio entre avós e netos como benéfico, estuda-se quais são as transmissões de um geração a outra e de que modo ocorrem tais contribuições. Desta maneira, a presente pesquisa analisa o contato entre gerações enquanto uma possibilidade de co-educação através de um estudo qualitativo. Esse trabalho foi realizado junto a alunos adolescentes de uma escola pública do município de São Leopoldo e junto aos seus avós, residentes na mesma localidade. A coleta de dados sucedeu-se através de um questionário e do registro de diários dos jovens, bem como por intermédio de entrevistas dos idosos acerca de sua relação com o outro. Trata-se de oito jovens com idades entre 15 e 18 anos e de 12 idosos dos 62 aos 78 anos. Os dados foram analisados através da construção de categorias analíticas sob o enfoque do método hermenêutico ou interpretativo. A partir dos resultados ficou assinalado que o convívio intergeracional mediado pelas relações familiares possibilita uma coeducação, visto que existe uma troca de conhecimentos, de afetividade, de valores, de cuidados, evidenciando a reciprocidade entre as gerações. Ao mesmo tempo, essa relação não desconsidera a influência dos discursos acerca das identidades geracionais, discursos esses, geralmente marcados por estereótipos. / The present dissertation seeks to understand how the relationship among adolescents is constituted, in the grandchildren's condition and their respective grandparents in the family's ambit. The elderly people constitute now a society's segment that is acquiring more visibility in function of the largest longevity. At the same time, the contemporaneousness forms of being in family come presenting constant modifications. In that sense, it’s evidenced at the present time, a plurality of family configurations, as the elderly' families and the families with elderly people. Another outstanding characteristic of that diversity is the longevous family expressing itself as a new phenomenon and presenting the coexistence of several generations. Inside of this scenery it’s looked to understand how the identity is constituted and how two age groups are related : the adolescence and the oldness. The specific theories about the constitution of the geracional identity bring important contributions to the understanding of the intergeracional relationship. Considering the conviviality between grandparents and grandchildren as beneficial, it’s studied which are the transmissions of a generation to another one and how occurs such contributions. In this way, the present research analyzes the contact between generations while a coeducation possibility through a qualitative study. This work was accomplished with adolescent students of a public school from São Leopoldo City, and with their grandparents, residents in the same place.The collection of data was succeeded through a questionnaire and the registration of adolescents' diaries, as well as through interviews with elderly people concerning its relation with the other. There are eight young people with ages between 15 and 18 years and 12 elderly people with ages between 62 to 78 years. The data were analyzed through the construction of analytic categories under the focus of the hermeneutic method or interpretative. The results point out that the intergeracional conviviality mediated by familiar relationships makes possible a co-education, because a change of knowledge, affectivity, values and cares exists, evidencing the reciprocity between the generations. At the same time, this relationship doesn't disrespect the influence of the speeches concerning the geracional identities, speeches those, usually marked by stereotypes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/13741
Date January 2007
CreatorsSchmidt, Cristiane
ContributorsDoll, Johannes
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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