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Relações de poder, trabalho, disputas pelo território e economia solidária no contexto da zona da mata sul de Pernambuco: um estudo sobre a usina catende

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Previous issue date: 2011 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / A usina Catende surgiu no século XIX, mais precisamente no ano de 1889 a partir
de um consorcio firmado por industriais ingleses e senhores de engenho da zona da
mata pernambucana, antes mesmo da consolidação da cidade de Catende que
surgiu mediante a firmação dos primeiros núcleos de trabalhadores que fixaram
residência no entorno a usina. Entretanto, seu progresso foi tamanho que quarenta
anos mais tarde, tal usina ficou sendo conhecida como a maior usina de cana de
açúcar tanto em extensão, quanto em capacidade produtiva da América Latina.
Contudo, devido às graves crises decorrentes no setor canavieiro, tendo como
principal pico a interrupção do fornecimento de subsídios por parte do governo ao
setor por parte do IAA, aquela que seria a maior usina de cana da América Latina,
demitiu cerca de 2300 famílias no ano de 1993 sem que fossem fornecidos os
direitos trabalhistas aos respectivos trabalhadores, situação esta que culminou em
sua definitiva falência em 1995 a partir do reconhecimento da falta de legitimidade
dos patrões em relação aos trabalhadores por parte do poder judiciário. De maneira
a evitar uma crise maior para as 4500 famílias e um colapso nos cinco municípios
que compõem a totalidade da usina Catende, no ano de 1998 foi criada uma
empresa de característica autogestionada, inédita para a região da Mata
Pernambucana, denominada de Cia. Agrícola Harmonia, que tinha como finalidade
principal a continuidade das atividades da usina sendo que desta vez, gerida pelos
próprios trabalhadores. Entretanto, desde sua falência, o poder oligárquico local
sempre tentou desestruturar a cooperativa formada para gerir a usina Catende.
Apesar da existência de alguns problemas de cunho administrativo por parte da
gestão, mas que, de certa forma mantinha os empregos e as atividades de
diversificação propostas pela nova administração, calcada no cooperativismo, o
poder judiciário decide intervir nesta administração de forma arbitrária e nomeia um
novo sindico a massa falida da usina Catende, o que acabou proporcionando uma
completa desestruturação no território do empreendimento solidário de Catende
onde, de acordo com a opinião dos próprios trabalhadores, tal situação de
desestruturação foi proporcionada pela ação dos agentes oligárquicos da Zona da
Mata de Pernambuco, especialmente os da Mata Meridional que agiu e influenciou
para que houvesse tal desestruturação e que tentam a todo o custo a retomada do
território e do poder da usina Catende

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6107
Date31 January 2011
CreatorsCândido da Silva, Girlan
ContributorsUbiratan Gonçalves, Claudio
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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