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Previous issue date: 2014 / This work is a contribution to the contemporary debate between Relevance Theory (Sperber and Wilson, 1986, 1885; Carston, 2002) and the Theory of Generalized Conversational Implicature (Levinson, 2000). The main difference between the two theories regards to how they describe some implicatures considered salient or predictable. These implicatures are called explicatures in Relevance Theory, and default implicatures in Levinson‟s theory. While the latter argues that default implicatures are automatically generated, being triggered by specific types of utterances or expressions, Relevance Theory argues that both implicatures and explicatures are generated by the same mechanism, which is always inferential and dependent on intention recognition. Thus, the difference between implicatures and explicatures in Relevance Theory is justified by another property, namely, the fact of the latter to be considered as an explicit content capable of affect the truth-conditions of utterances. Therefore, the concepts of default implicature and explicature are not equivalent and arise from the two different bias of these theories, given their descriptive and explanatory goals. This fact makes comparisons between the two concepts difficult, especially because Relevance Theory has a commitment to the cognitive mechanisms responsible for the generation of implicatures and explicatures, being an interdisciplinary theory, while Levinson proposes a more focused discussion inside Linguistics, without the commitment to underlying cognitive mechanisms. Considering these differences, in recent years it has become common to perform experiments that supposedly test the predictions of these two theories, ignoring the fact that Levinson does not make clear predictions about how the default implicatures are processed. In view of these issues, the objectives of this work are the following : a) to show the problems of Levinson‟s model when it is taken from a cognitive point of view, especially with respect to the cognitive expenditure generated by the cancellation of default implicatures in many cases where they are inconsistent with the context, b ) to argue that default implicatures do not form a natural class, being composed of several distinct phenomena, and c) to show that Relevance Theory, although presenting clear and plausible predictions about the processing of implicatures and explicatures, has no valid criterion able to differentiate these two types of inference. Our conclusion is that the concepts on which this discussion is based are entities without identity. Thus, by applying the scientific principle of Occam's Razor, we argue that these levels do not have, at least so far, justification to be considered a separate level of implicatures. / Este trabalho pretende contribuir para o debate atual entre a Teoria da Relevância (SPERBER; WILSON, 1986, 1885; CARSTON, 2002) e a Teoria das Implicaturas Conversacionais Generalizadas de Levinson (2000). A divergência principal entre as duas teorias diz respeito ao modo como descrevem certas implicaturas consideradas mais salientes ou previsíveis. Tais implicaturas são chamadas de explicaturas na Teoria da Relevância, e de implicaturas default na teoria de Levinson. Enquanto o último defende que implicaturas default são geradas de forma automática e desencadeadas por certos tipos de enunciados ou expressões, porém, a primeira considera que implicaturas e explicaturas são geradas por um mesmo mecanismo inferencial, o qual é sempre dependente de reconhecimento de intenções. Assim, a diferença traçada entre implicaturas e explicaturas, na Teoria da Relevância, é justificada por outra propriedade, qual seja, o fato de essas últimas serem conteúdos explícitos capazes de interferir nas condições de verdade dos enunciados. Os conceitos de implicatura default e de explicatura, portanto, não são equivalentes, e surgem de um recorte diferente das duas teorias tendo em vista seus objetivos descritivo-explanatórios. Isso torna complexa a comparação entre os dois conceitos, especialmente porque a Teoria da Relevância compromete-se com os mecanismos cognitivos responsáveis pela geração das implicaturas e explicaturas, sendo uma teoria interdisciplinar, enquanto Levinson propõe uma discussão mais centrada na linguística, sem se comprometer com mecanismos cognitivos subjacentes. Mesmo tendo em vista essas diferenças, contudo, nos últimos anos tornou-se comum a realização de experimentos que supostamente testam as previsões das duas teorias, ignorando-se o fato de que Levinson não faz predições sobre como as implicaturas default são processadas. Os objetivos desse trabalho, tendo em vista essas questões, são os seguintes: a) mostrar os problemas da teoria de Levinson se tomada de um ponto de vista cognitivo, principalmente com relação ao gasto cognitivo gerado pelo cancelamento das implicaturas default nos muitos casos em que são incompatíveis com o contexto; b) argumentar que as implicaturas default não constituem uma classe natural, abarcando fenômenos diversos; c) mostrar que a Teoria da Relevância, embora tenha previsões plausíveis sobre o processamento de implicaturas e explicaturas, não possui critérios necessários e suficientes capazes de diferenciar esses dois tipos de inferências. A nossa conclusão é de que os conceitos sobre os quais esse debate se funda são entidades sem identidade cara. Assim, através da aplicação do princípio científico da Navalha de Occam, defendemos que esses níveis intermediários não têm, ao menos até o momento, sua existência justificada como um nível separado das implicaturas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/5827 |
Date | January 2014 |
Creators | Vargas, Aline Vieira |
Contributors | Costa, Jorge Campos da |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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