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Dissertação ANA IRENE CARLOS DE MEDEIROS.pdf: 2847289 bytes, checksum: bd29483edee3fc9a9a8283fa24447132 (MD5)
Previous issue date: 2016-12-14 / CAPES / O treinamento muscular inspiratório (TMI) é utilizado em pacientes com fraqueza
muscular respiratória visando o aumento da força muscular, no entanto, não
foram abordados os efeitos do TMI realizado diariamente em pacientes com
doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD). Este trabalho será apresentado
em três artigos, sendo uma revisão sistemática e dois artigos originais. A revisão
sistemática buscou identificar as evidências sobre o efeito do TMI em pacientes
em HD; o artigo 1 teve como objetivo analisar os fatores preditores de fraqueza
muscular inspiratória em pacientes em HD por meio de um estudo transversal; e o
artigo 2 visou avaliar os efeitos do TMI diário sobre a força muscular respiratória,
volumes da caixa torácica, mobilidade e espessura diafragmática de pacientes em
HD através de um ensaio clínico randomizado e sham controlado. A pesquisa foi
aprovada no comitê de ética em pesquisa da UFPE (CAAE
48538315.4.0000.5208) e cadastrada no clinical trials (NCT02599987). Foram
recrutados pacientes que realizavam HD nos centros de referência em nefrologia
da cidade de Recife-PE, totalizando 48 pacientes para o estudo transversal (22 no
grupo sem fraqueza -GSF e 26 no grupo fraqueza - GF) e 19 pacientes para o
ensaio clínico (9 no grupo TMI e 10 no grupo Sham). Os pacientes realizaram TMI
com carga de 50% da PImáx no grupo TMI e carga de 5cmH2O no grupo sham,
com frequência de 2 vezes ao dia, 7 vezes por semana, por um período de 8
semanas e foram avaliados através de manovacuometria, espirometria,
pletismografia optoeletrônica, ultrassonografia do diafragma, teste de caminhada
de seis minutos (TC6M) e questionário de qualidade de vida. A revisão
sistemática evidenciou que o TMI na fase intradialítica melhora a força muscular
respiratória [PImáx = -12,3 cmH2O (-23,9 a -0,7); PEmáx = 6,1 cmH2O (2,3 a 9,8)],
função pulmonar [CVF = 0,2 l (-0,1 a 0,5); VEF1 = 0,2 l (0,1 a 0,3)] e a capacidade
funcional [TC6M = 80 m (41,1 a 118,9)] de pacientes em HD, mas os estudos
apresentaram baixa qualidade de evidência. No estudo transversal, a regressão
logística verificou que a albumina (OR=0,03, p=0,028), o ferro (OR=0,95, p=0,018)
e a espessura diafragmática na capacidade residual funcional (CRF) (OR=0,04,
p=0,036) se apresentaram como fatores de proteção para a fraqueza muscular
inspiratória. Os resultados do ensaio clínico demonstraram aumento da PImáx nos grupos TMI (- 87,56 cmH2O) e sham (- 77,20 cmH2O), mas a capacidade
inspiratória (GTMI = 1,61 l; GS = 1,64 l; p=0,908), a espessura diafragmática na
CRF (GTMI = 1,99 mm; GS = 1,89 mm; p=0,628) e a mobilidade diafragmática
(GTMI = 64,35 mm; GS = 60,2 mm; p=0,544) não diferiram entre os grupos.
Conclui-se que o TMI diário foi capaz de melhorar a força muscular inspiratória,
no entanto, as suas repercussões sobre a capacidade pulmonar e funcional de
pacientes com DRC em programa de HD não está bem definida. A revisão
sistemática realizada não suporta a recomendação desse tipo de treino para essa
população em virtude das grandes limitações metodológicas apresentadas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/23385 |
Date | 14 December 2016 |
Creators | MEDEIROS, Ana Irene Carlos de |
Contributors | http://lattes.cnpq.br/6920575128629381, MARINHO, Patricia Erika de Melo, BRANDÃO, Daniella Cunha, CAVALCANTI, Frederico Castelo Branco |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia, UFPE, Brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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