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Saúde pública e reformas urbanas em Paranaguá - Paraná (1853-1915)

Orientador : Prof. Dr. Luiz Geraldo Silva / Coorientadora : Profª Drª Ana Paula Vosne Martins / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa: Curitiba, 12/09/2017 / Inclui referências : f. 225-245 / Resumo: Esta tese trata das políticas de saúde pública e das reformas urbanas desenvolvidas na cidade de Paranaguá entre os anos de 1853 e 1915. Nesta cidade surgiram os primeiros espaços de cura e iniciativas públicas de organização sanitária e controle de epidemias da província e, depois, Estado do Paraná. Nesse aspecto, investigar a história desses espaços, reformas, práticas médicas e sanitárias em Paranaguá significa compreender a formação da saúde pública no Paraná. No que diz respeito ao debate historiográfico, esta tese traz para o primeiro plano a história das ciências, cujos domínios referem-se ao campo temático das doenças, da saúde e reformas urbanas. Em relação à problemática, três questões principais orientam a pesquisa. A primeira delas diz respeito ao processo de formação, a nível nacional e local, de uma estrutura voltada para o enfrentamento dos problemas sanitários no país. A segunda confronta essa estrutura com os problemas sanitários vivenciados pela população do litoral paranaense. Por fim, busquei compreender como as relações humanas, sociais e de poder, aliadas com os problemas de autonomia dos municípios, obstaram ou viabilizaram as reformas urbanas realizadas em Paranaguá. Uma das hipóteses levantadas neste trabalho sugere que as doenças e epidemias ocorridas no Brasil após 1850 foram decorrentes em grande medida dos elos ou cadeias de interdependência entre as mais diversas figurações sociais formadas no âmbito do mundo atlântico, ou do mercado mundial, e do Brasil imperial e depois republicano. Outra hipótese é que os serviços de saúde pública no Brasil Imperial e em grande parte da Primeira República se caracterizaram pelo aspecto emergencial e pontual das ações profiláticas e preventivas. A última hipótese considera que o desenvolvimento das políticas de saúde pública não foi afetado por uma suposta ineficácia das ações sanitárias ou pela falta de recursos. Os déficits orçamentários podem ter sidos obstáculos importantes, mas não um problema incontornável. O que tornou viável ou não as ações sanitárias e os melhoramentos urbanos foram as relações humanas, sociais e de poder estabelecidas entre os indivíduos e grupos envolvidos nesses processos. O núcleo empírico sobre o qual se fundamenta este trabalho é composto em sua maioria por fontes manuscritas e impressas, sobretudo, produzidas pelo Estado. Em termos metodológicos foram utilizadas diferentes tipologias com o objetivo de ampliar as possibilidades hermenêuticas, suprir determinadas lacunas e construir um modelo teórico empírico aplicável não apenas ao caso analisado, mas que também pode, ou tem a pretensão de, ser generalizado para outras figurações sociais. Palavras chave: saúde pública; história urbana; sanitarismo; Paraná; Paranaguá. / Abstract: This thesis deals with the public health policies and the urban reforms undertaken and performed respectively in the town of Paranaguá between 1853 and 1915. The first healing spaces and initiatives to increase public health organization and control of epidemics appeared in this city. In this respect, the investigation of the history of these spaces, reforms, medical practices and health conditions in Paranaguá entails understanding the establishment of Public Health in Brazil. With regard to the historiographic debate, this thesis brings to the forefront the history of sciences, whose fields refer to the thematic scope of diseases, health and urban reforms. In relation to the matter under study, three key questions guide the research. The first one refers to the process of formation, at the national and local level, of a structure geared to cope with the health problems affecting the country. The second confronts this structure with the health problems experienced by the population of the coast of Paraná. Finally, the last question seeks to understand how these human, social and power relations, combined with municipalities autonomy issues, have opposed or have made feasible the urban reforms accomplished in Paranaguá. One of the hypotheses raised in this work suggests that the diseases and epidemics occurring in Brazil after 1850 were due in large measure to the chain or chains of interdependence between the various social representations formed both in general and locally. Another hypothesis is that the public health services in Brazil and in large part of the first republic were characterized by the emergency and sporadic aspect of the prophylactic and preventive measures. The last hypothesis consider that the development of public health politics wasn't affected by an alleged ineffectiveness of sanitary actions or lack of resources. The budget deficit could have been the main obstacle, but not an inescapable problem. What made sanitary actions and urban improvement viable or not in this case were human, social and power relations established among the individuals and related groups in this process. The empirical nucleus on which this work is based is composed mostly by handwritten and printed sources, mostly of an official nature. Keywords: public health; urban history; sanitation; Paraná; Paranaguá.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/49392
Date January 2017
CreatorsDolinski, João Pedro
ContributorsMartins, Ana Paula Vosne, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História, Silva, Luiz Geraldo
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format245 f., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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