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Previous issue date: 2014 / The guiding interest of this thesis was to understand how the concept VIOLENCE emerges fromthe discourse of adolescents of different social groups in the urban areaof Porto Alegre. The overall objective was to investigate, within of field of Cognitive Linguistics (CL), specifically Cognitive Semantics (SC), which processes and structures are involved in categorizing VIOLENCE-verifying the application of the Idealized Cognitive Model Theory. This study was based onthe analysis of questionnaires and texts produced by adolescents fromthe urban area of Porto Alegre, which were separated into two groups, according to the specific purposes of this study : 1) adolescents with no backgroundof violent experiences, who are prime area residents who study in private schools, in the central area of the city which have a highcost and no record of problems related to violence, and 2) adolescents victimized (victims, who experencie, observers, participantsin situations involving social, urban and family violence), who study in a public school located in a region dominated by the drug trafficwar. The study was approved by the Ethics Committee, under the registration number 16732913. 7. 0000. 5336, and authorized by the legal guardians of the participating adolescents. The main objective was divided into specific objectives: A) identify and analyze the structure of the category VIOLENCEin terms ofconceptual networks, building metaphorical and metonymicmappings of the adolescents, B) compare if there are differences betweenthe form of the category structure and its VIOLENCE conceptual grading between groups of adolescents, to examine ifthere is a relationship between the social and cultural environmentand the elaborated concepts. The hypotheses that guided this research were: A) cognitive structure and gradation of the concept VIOLENCE differ among selected groups; B) social and cultural aspects influence the categorization of VIOLENCE; and C)The Cognitive Model Theory in a contextual situation, like this one, is justified because its relation with culture and cognition, which proves, one more time, its applicative character in socio-cultural experiences. It was verified, based on the analysis of the corpus, that there was a distance between the adolescents of the first group and their related types of violence. These adolescents, when structuring VIOLENCE in linguistic expressions used FORCE as its basic element, relating it to the experiences of global scope, such as wars, robberies, fights. However, the second group when structuring VIOLENCE in linguistic expressionsdemonstrated more emotional involvement, resulting from their bodily experiences. It was noticed, that in their reports, FORCE was the basic element, but their focus of analysis was more related to PHYSICAL DAMAGE, and PSCOLOGICAL-EMOTIONAL-MORAL DAMAGE, because scenarios described as the typical examples of violence were scenarios in which such students had lived. The DOMESTIC VIOLENCE frame was predominant in their texts, what shows us that the concept isnotthought in a global way, as a phenomenon, but interpersonally. It was proved that the way adolescents conceptualize VIOLENCE is different, because the bodily experiences influence the way we structure a concept. So, we conclude that the linguistic expressions of a concept permeate the living experiences, therefore, the IdealizedCognitiveModelTheoryisuseful forstudies of experimentalnature, involvingcognition, society andculture. / O interesse norteador desta tese foi entender como o conceito VIOLÊNCIA emerge no discurso de adolescentes de diferentes grupos sociais da região urbana de Porto Alegre. O objetivo geral foi investigar, no âmbito da Linguística Cognitiva (LC), especificamente da Semântica Cognitiva (SC), quais processos e estruturas estão implicados na categorização de VIOLÊNCIA-verificando a aplicabilidade da Teoria dos ModelosCognitivos Idealizados. Tal estudo foi feito a partir da análise de questionários respondidos e de textos produzidos por adolescentes da zona urbana de Porto Alegre, que por questões de interesse especifico foram separados em doisgrupos: 1)adolescentes, sem histórico de vivências violentas, moradores de zona nobre, que estudam em escola privada, de zona central da cidade, com mensalidade de alto custoe sem registro de problemas relacionados à violência; e2) adolescentes vitimizados (vítimas, viventes, observadores, participantes de situações envolvendo violência social, urbana efamiliar), estudantes de escola pública localizada em uma região dominada pela guerra do tráfico de drogas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética, sob a inscrição número16732913. 7. 0000. 5336, e autorizada pelos responsáveis legais dos adolescentes participantes.O objetivo geral desdobrou-se em objetivos específicos: A) identificar e analisar a estrutura da categoria VIOLÊNCIA em termos de rede conceitual, mapeamentos metafóricos e metonímicos de adolescentes pesquisados; B) comparar se há diferença na forma de estrutura da categoria VIOLÊNCIA e de sua gradação conceitual entre os grupos de adolescentes pesquisados, para analisar se há relação entre o meio social e cultural e os conceitoselaborados sociocognitivamente. As hipóteses que guiaram essa pesquisa foram: A) A estrutura cognitiva e a gradação do conceito VIOLÊNCIA diferem entre os grupos selecionados; B) Aspectos sociais e culturais influenciam na categorização da VIOLÊNCIA; e C) A Teoria dos Modelos Cognitivos numa situação contextual como a descrita na tese se justifica por causa de sua relação com cultura e cognição, evidenciando, com isso, mais uma vez, seu caráter aplicativo em experiências sócio-culturais.A partir da análise do corpus verificou-se que há um distanciamento dos adolescentes do primeiro grupo em relação ao conceito em estudo. Tais jovens quando estruturaram linguisticamente VIOLÊNCIA utilizaram como elemento estruturante FORÇA, relacionando-o às experiências de âmbito global, como guerras, assaltos, brigas. Já o segundo grupo de adolescentes demonstrou mais envolvimento emocional-resultante de experiências corpóreas-ao expressar linguisticamente VIOLÊNCIA. Percebeu-se em seus relatos que o elemento estruturante também foi FORÇA, mas que o foco de análise esteve mais relacionado ao DANO FÍSICO e ao DANO PSIQUICO-EMOCIONAL-MORAL, na medida em que os cenários descritos como exemplos típicos de VIOLÊNCIA foram cenários vivenciados pelos jovens selecionados. O frame VIOLÊNCIA DOMÉSTICA foi predominante em seus relatos, mostrando com isso que o conceito é pensado não somente no âmbito global do fenômeno, mas, principalmente, no âmbito interpessoal. Comprovou-se, portanto, que há diferença na conceptualização de VIOLÊNCIA, na medida em que as experiências corpóreas interferem na forma de estruturar um conceito. Assim, concluímos que a expressão linguística de um conceito perpassa pelas vivências e que, portanto, a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados é útil parapesquisas de cunho experimental, envolvendo cognição, sociedade e cultura.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/5737 |
Date | January 2014 |
Creators | Araujo, Daniela |
Contributors | Costa, Jorge Campos da |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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