Despite the increased attention devoted to sexual aggression among young people in the international scientific literature, Brazil has little research on the subject exclusively among this group. There is evidence that sexual aggression and victimization may start early. Identifying the magnitude and factors that increase the chance for the onset and persistence of sexual victimization are the first steps for prevention efforts among this group. Using both cross-sectional and prospective analyses, this study examined the prevalence of, and vulnerability factors for sexual aggression and victimization in female and male college students (N = 742; M = 20.1 years) in Brazil, of whom a subgroup (n = 354) took part in two measurements six months apart. At Time 1, a Portuguese version of the Short Form of the Sexual Experiences Survey (Koss et al., 2007) was administered to collect information from men and women as both victims and perpetrators of sexual aggression since the age of 14. The students were also asked to provide information on their cognitive representations (sexual scripts) of a consensual sexual encounter, their actual sexual behavior, use of pornography, and experiences of child abuse. At Time 2, the same items from the SES were presented again to assess the incidence of sexual aggression in the 6-month period since T1. The overall prevalence rate of victimization was 27% among men and 29% among women. In contrast, perpetration rates were significantly higher among men (33.7%) than among women (3%). Confirming the hypotheses, cognitive (i.e., risky sexual scripts, normative beliefs), behavioral (i.e., pornography use, sexual behavior patterns) and biographical (i.e., childhood abuse) risk factors were linked to male sexual aggression and to male and female victimization both cross-sectionally and longitudinally with the path models analyses demonstrating good fit with the data. The results supported: a) the role of the sexual script for a first consensual sexual encounter as an underlying factor of real sexual behavior and sexual victimization or perpetration; b) the role of pornography as “inputs” for sexual scripts, increasing indirectly the risk for victimization, and directly and indirectly the risk for perpetration; c) the direct and indirect link between childhood experiences of (sexual) abuse and male sexual aggression and victimization mediated by sexual behavior; and d) the direct link between child sexual abuse and sexual victimization among women. Few gender differences were found in the victimization model. The findings challenge societal beliefs that sexual aggression is restricted to groups with low socio-economic status and that men are unlikely to be sexually coerced. The disparity between male victimization and female perpetration rates is discussed based on traditional gender roles in Brazil. This study is also the first prospective investigation of risk factors for sexual aggression and victimization in Brazil, demonstrating the role of behavioral, cognitive and biographical factors that increase the vulnerability among college students. / Apesar do aumento da atenção dedicada ao fenômeno da agressão sexual entre jovens na literatura científica internacional, o Brasil tem pouca pesquisa no assunto exclusivamente neste grupo. Há evidências de que a agressão e vitimização sexual podem começar precocemente. A identificação da magnitude e dos fatores que aumentam a chance do surgimento e persistência de agressão sexual são os primeiros passos para a prevenção do problema. Usando delineamento transversal e prospectivo, o presente estudo investigou a prevalência e fatores de risco para a agressão e vitimização sexual em estudantes universitários de ambos os sexos (N = 742; M = 20,1 anos) no Brasil, dos quais um subgrupo (n = 354) participou em dois momentos separados por um intervalo de seis meses. Na primeira coleta (T1), uma versão em Português de Short Form of the Sexual Experiences Survey (SES) (Koss et al. / 2007) foi aplicada para obter informações sobre experiências de vitimização e agressão sexual em homens e mulheres desde os 14 anos de idade. Os estudantes também foram convidados a fornecer informações sobre suas representações cognitivas de um encontro sexual consensual (scripts sexuais), seu comportamento sexual real, o uso de pornografia e experiências de abuso na infância. Na segunda coleta (T2), os mesmos itens de SES foram apresentados para investigar a incidência de agressão sexual no período de seis meses desde T1. Os resultados mostraram que a taxa de prevalência de vitimização foi de 27% entre os homens e 29% entre as mulheres. Em contraste, as taxas de perpetração foram significativamente maiores entre os homens (33,7%) do que entre as mulheres (3%). Confirmando as hipóteses, variáveis cognitivas (scripts sexuais e aceitação normativa de risco), comportamentais (uso da pornografia e padrões de comportamento sexual) e biográficas (história de abuso na infância) constituíram fatores de risco para agressão sexual masculina e vitimização sexual feminina e masculina, tanto transversal quanto prospectivamente. Os resultados demonstram: a) o papel dos scripts sexuais como um fator subjacente ao comportamento sexual real e à vitimização ou perpetração sexual; b) o papel da pornografia como "input" para os scripts sexuais, aumentando, direta e indiretamente, o risco de perpetração e, indiretamente, o risco para vitimização; c) a ligação direta e indireta entre as experiências de abuso (sexual) infantil na agressão e vitimização sexual masculina mediada pelo comportamento sexual e d) a ligação direta entre o abuso sexual infantil e vitimização sexual entre as mulheres. Poucas diferenças de gênero foram encontradas no modelo de vitimização. Os resultados desafiam crenças de que a agressão sexual é restrita a grupos com baixo nível sócio-econômico e que homens não estão susceptíveis à coerção sexual. A disparidade entre as taxas de vitimização masculina e perpetração feminina é discutida com base nos papéis tradicionais de gênero no Brasil. Este estudo é o primeiro com delineamento prospectivo a investigar o papel de fatores comportamentais, cognitivos e biográficos na etiologia da agressão sexual no Brasil.
Identifer | oai:union.ndltd.org:Potsdam/oai:kobv.de-opus-ubp:6923 |
Date | January 2013 |
Creators | D'Abreu, Lylla Cysne Frota |
Publisher | Universität Potsdam, Humanwissenschaftliche Fakultät. Institut für Psychologie |
Source Sets | Potsdam University |
Language | English |
Detected Language | English |
Type | Text.Thesis.Doctoral |
Format | application/pdf |
Source | Journal of Sex Research, Psychology of Men and Masculinity |
Rights | http://opus.kobv.de/ubp/doku/urheberrecht.php |
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