A revista Atlântico foi parte integrante de um projeto maior açambarcado por Portugal e Brasil no começo da década de 1940. Para sermos mais precisos, 1941 é o ano da assinatura do acordo cultural luso-brasileiro que resultou, dentre outros elementos, na idealização de um projeto cujo cerne assenta-se na criação de uma revista de cultura e arte. Desse processo, surge Atlântico, revista que deve seu nome ao intento de encontrar uma palavra suficientemente elástica, ondulante, para sintetizar o vago e o concreto das nossas aspirações, o sonho e a realidade do nosso ideal, segundo as palavras de um dos seus diretores, António Ferro. Fundada em 1942, a revista Atlântico tem como propugnadores o diretor do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) de Portugal, António Ferro, e o diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), Lourival Fontes. A presente pesquisa, que abrange o período de 1941 (ano da assinatura do Acordo Cultural luso-brasileiro) a 1945 (que marca tanto o fim da vigência do DIP quanto o término da primeira fase de Atlântico), pretende discutir a idéia defendida por seus articulistas de que a natureza da revista Atlântico, isto é, por ser um periódico de cultura, de literatura e de arte, abstêm-se de tratar dos problemas sociais, políticos ou econômicos do mundo moderno, até quando dizem respeito à vida do Brasil ou de Portugal. Ademais, pelo fato de congregar um feixe de intelectuais bastante diversificado, a análise sistemática da revista Atlântico objetiva avaliar e compreender a maneira pela qual autores e obras aparecem no corpo da publicação. / The Atlântico magazine was part of a larger project encompassed by Portugal and Brazil in the early 1940s. More precisely, in 1941 is signed the Luso-Brazilian culture agreement that resulted, among other elements, in the idealization of a project based on creating a magazine of culture and art. From this process arises Atlântico magazine, which owes its name to the attempt of finding a word sufficiently elastic, undulating to synthesize the vague and concrete of our aspirations, dreams and the reality of our vision, in the words of one of its directors António Ferro. Founded in 1942, the Atlântico magazine has had as proponents, António Ferro, the director of Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) (Director of the Bureau of Propaganda Nacional) of Portugal and the director of the brazilian Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) (Department of Press and Propaganda), Lourival Fontes. This article, which covers the period from 1941 (year of the signing of the Cultural Luso-Brazilian) to 1945 (which marks both the end of the term of the DIP and the end of the first phase of the Atlântico), aims to discuss the idea defended by its writers that the nature of the Atlântico magazine is to be a journal of culture, literature and art, avoiding dealing with social problems, political or economic in the modern world, even when they concern to life in Brazil or Portugal. Moreover, the fact of bringing a bundle of intellectual rather diverse, systematic analysis of the Atlântico magazine aims to evaluate and understand the way in which authors and works appearing in the body of the publication.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-29012013-104158 |
Date | 31 August 2011 |
Creators | Alex Gomes da Silva |
Contributors | Elizabeth Cancelli, Virginia Célia Camilotti, Maria Helena Rolim Capelato |
Publisher | Universidade de São Paulo, História Social, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0021 seconds