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A territorialidade da atividade cooperativa e a produção de soja no planalto gaúcho

A presente investigação traz para a discussão a dinâmica das cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul e seu papel com o desenvolvimento socioeconômico dos locais onde atuam. Este trabalho tem como propósito principal analisar a atuação das cooperativas agropecuárias no Planalto gaúcho e sua relação com a cadeia produtiva da soja, verificando a continuidade da atividade delas, no recorte espacial estudado. Para compreender a dinâmica do cooperativismo agropecuário, a pesquisa foi estruturada tendo por base os seguintes objetivos: a) estudar a evolução da atividade cooperativa agropecuária no Rio Grande do Sul e sua continuidade no contexto atual; b) investigar as mudanças na atividade cooperativa do Planalto gaúcho após a inserção do agronegócio da soja; c) averiguar o ponto de inflexão da atividade cooperativa considerando os aspectos políticos e econômicos no Rio Grande do Sul; d) analisar as transformações socioeconômicas e espaciais ocorridas no Planalto gaúcho e qual o papel das cooperativas agropecuárias na estruturação da cadeia produtiva da soja, como a modernização agrícola, a infraestrutura e a comercialização. A escolha em desenvolver a pesquisa nessa região do RS deveu-se a três fatores: a) pela expressiva área destinada à lavoura de soja e por estar localizada nessa parte do estado; b) por ser a parte do RS em que é expressiva a atuação socioeconômica das cooperativas agropecuárias; c) pelo cooperativismo agropecuário ter surgido no Planalto gaúcho. A pesquisa fornece informações que fundamentam as hipóteses de que as cooperativas agropecuárias são os principais responsáveis por fornecer suporte ao desenvolvimento da cadeia produtiva da soja no planalto do Rio Grande do Sul e por apresentarem capacidade de armazenamento e garantirem os negócios da produção agrícola para seus associados. Além disso, a pesquisa confirma que na década de 1970 iniciaram-se as crises no cooperativismo agropecuário gaúcho, entretanto, foi na década de 1980 que essa atividade passou a desestruturar-se economicamente pela abertura ao mercado externo, favorecida pela globalização. Essa nova situação forçou as cooperativas agropecuárias a reorganizarem a forma de gerenciar e conduzirem a atividade frente à nova dinâmica do mercado. As cooperativas agropecuárias conquistaram seu espaço e reconhecimento de seu papel na cadeia produtiva da soja. Constatou-se que o cooperativismo agropecuário gaúcho se encontra em período de redefinição e retomada da atividade, após ter superado o período de maior instabilidade e endividamento nas décadas de 80 e 90. Além disso, as cooperativas agropecuárias fazem a intermediação entre as atividades desenvolvidas no espaço urbano e rural, sendo esse tipo de cooperativa considerada um indicador de desenvolvimento socioeconômico. / The present investigation discusses the dynamics of agricultural cooperatives from Rio Grande do Sul and their role in relation to the socioeconomic development of the locations they function. This paper aims mainly at analyzing the performance of agricultural cooperatives at Rio Grande do Sul’s Plateau and its relation with soy production chain, verifying the continuity of their activities at the region selected. In order to understand the dynamics of agricultural cooperativism, the research was structured based on the following objectives: a) to study the evolution of agricultural cooperative activity in Rio Grande do Sul and its continuity in the current context; b) to investigate changes in the cooperative activity from Rio Grande do Sul’s Plateau after soy agribusiness insertion; c) to determine the inflection point of cooperative activity considering political and economic aspects in Rio Grande do Sul; d) to analyze socioeconomic and spatial transformations occurred at Rio Grande do Sul’s Plateau and what role agricultural cooperatives play at the soy production chain structure, such as agricultural modernization, infrastructure and marketing. The choice of developing the research at this region of RS was due to three reasons: a) the vast area designated to soy farming and its localization at this part of the state; b) it is the region of RS in which the socioeconomic performance of agricultural cooperatives is significant; c) the agricultural cooperativism arose at Rio Grande do Sul’s Plateau. The research provides information that bases the hypotheses that agricultural cooperatives are mainly responsible for providing support for the soy production chain development at Rio Grande do Sul’s Plateau and that they present storage capacity and guarantee their associates agricultural production businesses. Besides, the research confirms that crises emerged in the RS agricultural cooperativism in the 1970’s, however, in the 1980’s this activity began to disassemble economically because its opening to external market, favored by globalization. This new situation forced agricultural cooperatives to reorganize the way of managing and conducting the activity in the face of the new market dynamics. Agricultural cooperatives conquered their space and acknowledgement for their role in soy production chain. We noted that RS agricultural cooperativism is in a redefinition and activity resumption phase, after having overcome the biggest instability and debt period in the 1980’s and 1990’s. Furthermore, agricultural cooperatives intermediate activities developed in urban and rural areas, and this kind of cooperative is considered a socioeconomic development sign.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164720
Date January 2017
CreatorsCargnin, Monica
ContributorsFontoura, Luiz Fernando Mazzini
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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