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Avaliação da assistência hospitalar e ambulatorial no centro psiquiátrico de referência do município de Manaus em 2008

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Previous issue date: 2008-10-21 / The study s objective was to evaluate both inpatient and outpatient mental health care throughout the public health system in the city of Manaus, state of Amazonas, Brazil,
from the user s perspective of the assistance provided by the main psyquiatric hospital in the city. The subjects of this prospective, exploratory and quantitative study were patients
admitted to brief psychiatric hospitalization between july the 1st and august the 31st of 2008, who were mentally able to answer the questionnaires, with mental illness for more than a
month and willing to participating. The research happened in two different stages: upon their releases from hospital and 30 (thirty) days afterwards. The protocols consisted of closed questions concerning inpatient and outpatient mental health assistance, based on the legal regulations: Portaria 224/MS and Portaria 336/MS. The average age of the participants was 35 years old. The least of them (31%) were married and women (59%) lightly prevailed over men. As to schooling, 87% of the interviewed have never gone to high school. Forty three percent of the patients were undertaking psychiatric treatment for over 10 years and 68% of the total has 4 hospitalizations or more. The average hospitalization period was 13 days. Patients got to the hospital by themselves in 48% of the times, followed by the public
emergency mobile transport (31%). All patients were consulted by a physician during hospitalization, while 45% were attended by a psychologist, 31% by social worker and 25% had group therapy. Most of the participants (55%) had no leisure and approved of the flavor and variety of food (69%), as well as the cleaning and organization of the hospital (89%). Receptionists and security personnel were the professionals worse evaluated concerning how polite they were, adding, each, 10% of unsatisfied and very unsatisfied answers. The professionals who consulted more frequently the outpatients were the physicians (41%), followed by group therapy (22%). Technicians who consulted fewer patients were both psychologists and social workers, who attended 4% of outpatients, each one. No participant had home care. Sixty two percent reported being satisfied with the relationship between them and mental health care staff, 30% of the patients complained about the access to mental health assistance and 57% received a social benefit. Those results showed high index of psychiatric readmission, possibly due to the absence of a mental health assistance network in the city. It was also registered direct relationship between the technical level of the staff and user s satisfaction concerning their education. It was found that both inpatients and outpatients did not have multiprofessional assistance. One third of the patients disapproved of the access to hospital care, mainly because of the difficulties on getting consulted. The fact that almost two thirds of the patients were receiving any sort of social benefic could be a result of the failure of adequate mental health care. Although inpatient and outpatient were not receiving quality
and quantity adequate assistance, 87% of them would recommend the psychiatric hospital to a relative or a friend, thus recognizing its role in the transition process from a hospital-focused mental health care and a substitute one. / O presente estudo, de delineação prospectiva, exploratório-descritiva e quantitativa, teve por objetivo avaliar a assistência ambulatorial e hospitalar no centro psiquiátrico de referência em
Saúde Mental do Sistema Único de Saúde no município de Manaus, Estado do Amazonas, em 2008, do ponto de vista dos pacientes. Foram sujeitos do estudo pacientes admitidos para
internação breve entre 1° de julho e 31 de agosto de 2008, que tinham a mínima capacidade psíquica para responder os questionários, com doença mental por mais de um mês e aceitaram participar voluntariamente da pesquisa. Esta se deu em duas etapas: a primeira, no momento de suas altas hospitalares, e a segunda, 30 dias depois. Os protocolos trouxeram perguntas
fechadas e investigavam a assistência hospitalar e ambulatorial, com base nas Portarias 224 e 336 do Ministério da Saúde. A média de idade dos participantes foi de 35 anos, sendo a
minoria (31%) casada ou em união estável. Quanto a escolaridade, 87% dos entrevistados tinham até o primeiro grau. Quarenta e três por cento dos pacientes fazem tratamento
psiquiátrico há mais de 10 anos e 68% do total têm quatro ou mais internações prévias. O tempo médio de internação foi de 13 dias. Durante a internação, observou-se que todos foram
atendidos por médico, 45% foram atendidos por psicólogos, 31% por assistente social e 25% tiveram terapia de grupo. A maioria (55%) dos participantes do estudo não teve qualquer tipo
de lazer durante a internação e aprovou (69%) o sabor e a variedade da alimentação oferecida, bem como a limpeza e organização do hospital (89%). Os profissionais com a pior avaliação quanto ao item educação foram os recepcionistas e os vigilantes, ambos somaram 10% de insatisfeitos e muito insatisfeitos nas respostas dos usuários. Após a alta, os profissionais mais consultados foram os médicos, atendendo 41% dos entrevistados, seguidos pela terapia de grupo(22%). Os psicólogos e os assistentes sociais atenderam a apenas 4% da demanda, cada. Sessenta e dois por cento dos participantes reportaram-se satisfeitos com o relacionamento que têm com a equipe, mas 30% se mostrou insatisfeito quanto ao acesso à
assistência e 57% deles recebem algum benefício social. Os resultados mostraram elevado índice de reinternação psiquiátrica no município de Manaus, às custas, possivelmente, da
ausência de uma rede assistencial especializada eficaz. Também registrou-se relação entre o nível técnico-profissional dos funcionários e a satisfação dos usuários, ficando os
recepcionistas e vigilantes com a pior avaliação. Verificou-se que, tanto durante a hospitalização quanto no acompanhamento ambulatorial, os pacientes não tiveram assistência
multiprofissional. Somente o atendimento médico foi provido aos pacientes em ambos estágios de assistência: 100% para os pacientes internados e 41% aos pacientes ambulatoriais.
Um terço dos pacientes desaprovou o acesso aos atendimentos, salientando a dificuldade em marcar consultas e a distância entre elas. O fato de dois terços dos entrevistados receberem
algum tipo de benefício assistencial (previdenciário ou de transporte) sugere relação entre a qualidade e quantidade da assistência com o número de benefícios. Apesar do inadequado
acompanhamento intra e extra-hospitalar, 87% dos participantes recomendariam o centro psiquiátrico a um familiar ou amigo que precisasse de assistência hospitalar em psiquiatria/saúde mental, reconhecendo o papel do CPER neste momento de transição do
modelo hospitalocêntrico para um modelo substitutivo de assistência em saúde mental em Manaus.

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Date21 October 2008
CreatorsSpolidoro, Fernando Kladt
ContributorsLopes Neto, David
PublisherUniversidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Patologia Tropical, UFAM, BR, Faculdade de Medicina
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM, instname:Universidade Federal do Amazonas, instacron:UFAM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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