Return to search

A semiose da notícia em ambiente de crise movimentos em rede e mediação na semiosfera contemporânea

Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-06-13T19:34:24Z
No. of bitstreams: 1
Felipe Moura de Oliveira_.pdf: 9633658 bytes, checksum: ab9479dd23014e61b730e55c5e18fe6e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-13T19:34:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Felipe Moura de Oliveira_.pdf: 9633658 bytes, checksum: ab9479dd23014e61b730e55c5e18fe6e (MD5)
Previous issue date: 2016-04-08 / CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Esta tese se dedica às tensões geradas sobre as práticas jornalísticas por novas formas de intervenção social cujo protagonismo é exercido pelos chamados movimentos de ocupação global, com as redes sociais digitais como espaço de metabolização. No esteio da Teoria Geral dos Signos, de C.S. Peirce, defende-se que, na linguagem, materializa-se a principal função do jornalismo: exercer uma mediação qualificada no espaço público entre a realidade caótica dos acontecimentos e a sociedade, fruto da formação como campo social, acadêmico e profissional. A produção noticiosa é entendida, assim, como um complexo emaranhado de mediações que resulta na semiose da notícia, graficamente expressa no esquema objeto/acontecimento – mente interpretante/jornalismo – signo/notícia. Decorre dessa perspectiva a ideia de que o jornalismo, na condição de sistema de produção de sentido, esteja enfrentando uma crise de natureza sistêmica, provocada pela interação com outros agentes que compõem o espaço não físico que Lotman concebe como semiosfera. Aquilo que o jornalismo não representa no signo/notícia que produz por uma semiose tradicionalmente cerceadora do poder hermenêutico do acontecimento, em Quéré, agora é significado por outros sistemas e amplamente compartilhado nas redes digitais, pondo em xeque o lugar de mediação que o jornalismo firmou ao longo da história. A reflexão tem lastro em inferências oriundas de movimentos etnográficos empreendidos nas redações de três jornais de referência: Folha de S. Paulo (Brasil); The New York Times (EUA); El País (Espanha). Alia-se a essa experiência o acompanhamento de fenômenos como o Occupy Wall Street, nos Estados Unidos, e as Jornadas de Junho, no Brasil, numa tentativa de desvendar suas formas de articulação, mobilização e intervenção. Vislumbra-se na interface entre jornalismo e movimentos de ocupação global, pela disputa de sentidos em torno dos acontecimentos que se concretiza nas redes digitais, a proposição do conceito de interpretante em rede. Advoga-se, enfim, a necessidade de uma autorreflexão do jornalismo ante a crise, ao ocupar o lugar lógico e transitório do interpretante na semiose da notícia, que redundaria em formas mais complexas de representação dos conflitos sociais como objeto semiótico. Aos movimentos sociais, pois, caberia a compreensão da constituição do interpretante em rede de modo a traçar estratégias de promoção do debate acerca de suas demandas. / This doctoral thesis studied the tensions inflicted upon journalistic practices by new manners of social intervention which are led by the so-called Occupy movement, with social networking websites as spaces of metabolization. Based on C. S. Peirce's Theory of Signs, it is argued that in language is the main function of journalism: to exercise a qualified mediation in the public space between the chaotic reality of events and the society, a result of its formation as a social, academic and professional field. So, the production of news stories is understood as a complex tangle of mediation that results in the semiosis of news, represented graphically by the scheme object/event – interpreting mind/journalism – sign/news. What follows from this perspective is the idea that journalism, in the condition of a system that produces meanings, is going through a systemic crisis caused by the interaction with other agents that compose the non-physical space Lotman calls semiosphere. That which journalism does not represent in its sign/news because of a semiosis that traditionally limits the hermeneutic power of events, as said by Quéré, now is signified by other systems and broadly shared in social networks, which threatens the part of mediator journalism has played throughput history. This reflection is based on inferences made during ethnographic movements carried out in the newsrooms of three reference newspapers: Folha de S. Paulo (Brazil); The New York Times (USA); El País (Spain). Also, together with this experience, the monitoring of phenomena such as the Occupy Wall Street movement, in the US, and the June Journeys, in Brazil, was a an attempt to understand their manners of articulation, mobilization and intervention. In the interface between journalism and the Occupy movements it is glimpsed, because of their dispute of meanings in the social networks, the proposition of the concept of network interpreter. At last, the need for journalism to reflect upon this crisis is argued, since it occupies the logical and transitory part of interpreter in the semiosis of news. This reflection would result in more complex manners of representing social conflicts as semiotic objects. The social movements, thus, should comprehend the constitution of the network interpreter so as to create strategies for promoting the debate about their demands.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/5372
Date08 April 2016
CreatorsOliveira, Felipe Moura de
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/5890836961761762, Henn, Ronaldo Cesar
PublisherUniversidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, Unisinos, Brasil, Escola da Indústria Criativa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNISINOS, instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos, instacron:UNISINOS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0028 seconds