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Políticas e práticas de educação para a cidadania na Europa: entre as potencialidades das parcerias com ONG e os riscos de ONGização das políticas educativas

Nesta tese tentamos encontrar sentidos da educação para a cidadania, partindoda análise das políticas e das práticas em vários países europeus. Atualmente a educaçãopara a cidadania é paradoxal, uma vez que se acusam os/as jovens de falta departicipação e de envolvimento cívicos e políticos, quando, ao mesmo tempo, sedesinveste da sua formação cívica. Nos últimos anos, as políticas educativas têm sidoreflexo do desinvestimento governamental, nomeadamente no que diz respeito àeducação para a cidadania, e as consequências manifestam-se na falta de práticasefetivas de formação cívica de jovens. Defendemos, nesta tese, uma visão comunitáriada educação para a cidadania e, assim, propomo-nos a: a) mapear as políticas e aspráticas de educação para a cidadania; b) conhecer formas de atuação das ONGrelativamente à educação para a cidadania; c) auscultar ONG, analisando as suas visõesrelativamente à educação para a cidadania; d) analisar os níveis de participação cívica epolítica dos/as jovens; e e) colocar em confronto visões de professores/as, ONG edecisores/as políticos/as, relativamente à educação para a cidadania. Assim,exploramos este campo através de uma metodologia mista, que combina métodosquantitativos e métodos qualitativos, em Portugal e em países europeus. Através daanálise de documentos políticos, de inquéritos, da análise secundária de dados doEuropean Social Survey e de entrevistas tentamos confrontar as diferentes visões acercada educação para a cidadania. Consideramos que as ONG podem ter um papelimportante na formação cívica de jovens, enquanto instituições que contribuem, aomesmo tempo para o currículo escolar (educação formal) e para o desenvolvimento doaprender a ser cidadão/ã, através das atividades que dinamizam quotidianamente noterreno (educação não formal e informal). Estas organizações podem contribuir para oalargamento do campo educativo da educação para a cidadania, quebrando os murosescolares e abraçando novos terrenos educativos. Contudo, se por um lado as ONG sãoespecialistas em determinadas áreas, por outro, elas não são isentas; e, sobretudo, nãopodemos delegar toda a responsabilidade da educação para a cidadania às ONG, sob orisco de privatizarmos a formação dos/as jovens para participarem na definição do bemcomum.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/107364
Date09 October 2017
CreatorsAna Bela Sequeira Ribeiro
ContributorsFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Source SetsUniversidade do Porto
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese
Formatapplication/pdf
RightsrestrictedAccess

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