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Produção de biosurfcactante e lipase Aspergillus fumigatus cultivado em estado sólido e avaliação da biorremediação em derrames de óleos e derivados

Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos, Escola de Química e Alimentos, 2007. / Submitted by Caroline Silva (krol_bilhar@hotmail.com) on 2012-09-25T18:56:16Z
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Previous issue date: 2007 / Os biossurfactantes são compostos de superfície ativa sintetizados por diversos
microrganismos e que têm recebido crescente interesse pelas vantagens que possuem sobre os surfactantes químicos, tais como biodegradabilidade, baixa toxicidade e produção a partir de fontes renováveis. Estes compostos apresentam propriedades emulsificante, solubilizante e dispersante, podendo ser aplicados em diversos processos, em especial, na biorremediação. O presente trabalho teve por objetivo estudar a produção de biossurfactante e lipase a partir do fungo filamentoso Aspergillus fumigatus através de fermentação em estado sólido, avaliar a estabilidade do biossurfactante em diferentes condições físico-químicas e estudar a
biorremediação em derrames de compostos de origem animal (óleo de pescado) e mineral (tolueno) ocasionados em solos utilizando o biosurfactante produzido. Para o estudo da produção de biossurfactante e lipase foram testados dois meios fermentativos (farelo de arroz e farelo de trigo), dois níveis de aeração (60 e 100 mL.g-1.h-1) e três fontes adicionais de carbono (óleo de soja degomado, óleo de pescado bruto e tolueno). Os experimentos foram realizados em biorreatores de coluna com leito fixo durante 144 h. Foram avaliados a cada 24 h, os teores de umidade, pH, atividade emulsificante água em óleo (AEw/o) e óleo em água (AEo/w), atividade
lipolítica, tensão superficial e interfacial. Para o estudo da estabilidade, foi utilizado um planejamento experimental fatorial 23 com três pontos centrais, em que foram testados
pH 5,0, 7,0 e 9,0, salinidades 3,0, 16,5 e 30,0, e temperaturas de 10, 20 e 30°C. Os
experimentos de biorremediação foram realizados durante 90 dias, sendo avaliado a
influência da adição de biossurfactante ou dispersante químico e adição de fertilizantes (uréia e superfosfato triplo) na proporção C:N:P de 100:15:3 nos solos contaminados. Durante o processo foram realizadas análises de concentração do contaminante, teor de fósforo e nitrogênio total nos solos e contagem microbiológica. Os resultados mostraram que a máxima atividade emulsificante água em óleo (25,49 UE.g-1) e atividade emulsificante óleo em água (58,51 UE.g-1) foram obtidas quando se utilizou tolueno, farelo de trigo e aeração de 60 mL.g-1.h-1. A maior redução na tensão superficial (36,2 mN.m-1) e interfacial foi obtida quando se utilizou óleo de soja
degomado, farelo de trigo e aeração de 60 mL.g-1.h-1. O surfactante produzido mostrou
ser estável em diferentes níveis de temperatura, pH e salinidade, apresentando maior estabilidade quando mantido em pH 7,0, salinidade 16,5 e 20°C. A máxima atividade
lipolítica (112,46 U.g-1) foi obtida quando se utilizou farelo de trigo, aeração de 100
mL.g-1.h-1 e tolueno como fonte adicional de carbono. Os ensaios de biorremediação em solos mostraram que a maior taxa de remoção do contaminante óleo de pescado foi 59,47% obtido no experimento contendo biossurfactante e bioestimulante em 90
dias de processo. A maior taxa de remoção do contaminante tolueno (100%) foi obtido
em 14 dias para os experimentos contendo biossurfactante, dispersante químico e
biossurfactante com bioestimulação. Os resultados demonstraram a possibilidade de
produzir biossurfactantes e enzimas a partir de Aspergillus fumigatus utilizando resíduos agroindustriais e menores taxas de aeração, contribuindo para a minimização de custos de processos e impactos ambientais. O biosurfactante foi eficaz no processo
de descontaminação de solos, favorecendo a remoção do poluente quando utilizado
juntamente com bioestimulante. A utilização de fertilizantes mostrou favorecer o
crescimento microbiano e o emprego de biossurfactante mostrou aumentar a biodisponibilidade do contaminante, acelerando o processo de degradação dos
compostos. / Biosurfactants are compounds of active surface synthesized by several microorganisms which have been increasingly receiving attention due to the advantages they show over chemical surfactants, such as biodegradability, low toxicity, and yield from renewable sources. Such compounds show emulsifying, solubilizing, and spreading features, being able to be applied to several processes, especially in bioremediation. This paper aimed at studying the production of biosurfactant and lipase from the filamentous fungus Aspergillus fumigatus through in the solid state fermentation, evaluating biosurfactant stability under different physical-chemical conditions, and studying the bioremediation in animal (fish oil) and mineral (toluene) origin compounds shedding that occur in soils using the biosurfactant produced. For studying the production of both biosurfactant and lipase two fermentation media have been tested (rice and wheat bran), two aeration levels (60 and 100 mL.g-1.h-1), and three additional carbon sources (degummed soybeans oil, raw fish oil, and toluene).
The experiments have been performed in column, fix bed bioreactors for 144h.
Moisture contents, pH, emulsifying activity water-in-oil (AEw/o) and oil-in-water
(AEo/w), lipolytic activity, superficial and interfacial tension have been evaluated at 24h intervals. For studying stability a 2³ factorial experimental desing has been used with three central points in which pH 5.0, 7.0, and 9.0, salt contents 3.0, 16.5, and 30.0, and temperatures at 10, 20, and 30°C. Bioremediation experiments have been performed for 90 days, being evaluated the influence of adding biosurfactant or chemical
spreading and adding fertilizers (urea and triple super phosphate) in the ratio C:N:P
100:15:3 on contaminated soils. During the process analyses have been performed on
contaminant content, phosphorus content, and total nitrogen in the soils and microbiological count. The results have shown that the maximum emulsifying activity
water-in-oil (25.49 UE.g-1) and emulsifying activity oil-in-water (58.51 UE.g-1) have been achieved when toluene, wheat bran and aeration 60 mL.g-1.h-1 have been used. The
highest superficial and interfacial tension reduction (36.2 mN.m-1) has been achieved
when degummed soybeans oil, wheat bran and aeration 60 mL.g-1.h-1 have been used.
The surfactant produced has shown to be stable at different temperature, pH, and salt
levels, presenting higher stability when maintained under pH 7.0, salt content 16.5, and at 20°C. The maximum lipolytic activity (112.46 U.g-1) has been obtained when wheat
bran, aeration 100 mL.g-1.h-1 and toluene as carbon additional source were used. The
bioremediation assays in soils have shown that the highest rate of fish oil contaminant
removal was 59.47% obtained in the experiments containing biosurfactant and
biostimulate in 90 days of process. The highest rate of toluene contaminant removal
(100%) has been achieved in 14 days for experiments containing biosurfactant,
chemical spreading, and biosurfactant with biostimulation. The results have shown the
possibility of producing biosurfactants and enzymes from Aspergillus fumigatus by
using agroindustrial residues and lower aeration rates, contributing to minimizing
processes costs and environmental impacts. The biosurfactant has shown efficacy in
the process of decontaminating soils, favoring the polluting removal when used along with a biostimulate. The use of fertilizers has shown to favor microbial growth and the use of biosurfactant has shown to increase contaminant bioavailability, accelering the process of degrading compounds.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.furg.br:1/3574
Date January 2007
CreatorsCerqueira, Vanessa Sacramento
ContributorsCosta, Jorge Alberto Vieira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da FURG, instname:Universidade Federal do Rio Grande, instacron:FURG
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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