Orientador: Sandra Cecília Botelho Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T18:24:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Introdução: Considerando-se que o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) está associado à significativa morbidade e mortalidade devido à toxicidade do regime de condicionamento, sepse, doença do enxerto-contra-hospedeiro (DECH), entre outras complicações, sua indicação requer uma avaliação cuidadosa do risco. As infecções estão associadas a elevados índices de óbitos no pós-transplante, e seu aparecimento pode estar associado a fatores como o regime de condicionamento, imunodepressão para a prevenção da DECH, a própria DECH e a terapia adicional para a doença de base após o transplante. Dentre as infecções virais, o citomegalovírus humano (HCMV) é o patógeno mais importante no pós-TCTH pela morbidade e mortalidade associadas a ele. Por este motivo os pacientes submetidos ao TCTH são monitorados por testes laboratoriais sensíveis e específicos para o diagnóstico precoce da infecção ativa causada pelo HCMV, permitindo assim, a administração imediata da terapia antiviral. A antigenemia tem sido indicada como "padrão ouro" para guiar o tratamento precoce desta infecção. Embora a PCR em tempo real seja outra técnica muito utilizada para este fim, esta pode ser demasiadamente sensível para uso clínico, podendo haver diagnósticos positivos em pacientes que não apresentam risco de desenvolvimento da doença causada pelo HCMV. Objetivos: Determinar um valor de cutoff para diferenciar infecção latente de infecção ativa, além do risco do desenvolvimento da doença causada pelo HCMV. Métodos: Neste trabalho, 49 pacientes submetidos ao TCTH do tipo alogênico foram monitorados desde o dia do transplante até o dia +150 pelas técnicas de antigenemia e pela PCR em tempo real. Resultados: Após a construção da curva ROC o cutoff encontrado para indicar a reativação do HCMV foi 116 cópias. Baseado nesta determinação, os resultados positivos da PCR em tempo real (?116 cópias) foram comparados com resultados positivos da antigenemia (? 3 células pp65 positivas), observando associação estatisticamente significante entre eles. Sendo assim, a PCR em tempo real com 116 cópias como cutoff foi adotada como o único critério para definir a infecção ativa causada pelo HCMV nos pacientes incluídos no estudo. Vinte (40,8%) dos 49 pacientes tiveram infecção ativa causada pelo HCMV durante o monitoramento, ocorrendo com maior frequência entre os dias +41 e +50 pós-TCTH. Dezoito (90%) desses 20 pacientes foram tratados com ganciclovir e 16 deles atingiram a negativação da PCR em tempo real numa mediana de 6 dias após o início do tratamento. Quatro (8,2%) pacientes tiveram doença causada pelo HCMV comprovada por biópsia do trato gastrointestinal, 1 deles sem diagnóstico da viremia. Dois (50%) dos 4 pacientes que tiveram doença causada pelo HCMV não responderam bem ao tratamento antiviral, evoluindo para o óbito por esta causa numa mediana de 6,5 dias após o início do tratamento com ganciclovir. Outros 15 pacientes morreram por infecções fúngicas e bacterianas, DECH, recidiva da doença de base ou doença veno-oclusiva hepática. Conclusões: Pacientes submetidos ao TCTH não aparentado apresentam maior risco de infecção ativa causada pelo HCMV, o aumento repentino da carga viral parece ter relação com o aparecimento da doença causada pelo HCMV, a gravidade desta doença pode estar associada com o tempo de resposta ao tratamento antiviral e a manifestação de doença causada pelo HCMV e provável doença causada pelo HCMV aumentam o risco de óbito no pós-TCTH / Abstract: Considering that allogeneic hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) is associated with significant morbidity and mortality due to toxicity of the conditioning regimen, sepsis onset, graft versus host disease (GVHD) manifestation, among other complications, its indication requires careful risk assessment. Infections are associated with high rates of deaths after transplantation, and their appearance can be associated with factors such as conditioning regimen, immunosuppression to prevent GVHD, GVHD itself and additional therapy for the underlying disease after transplantation. Among the viral infections, human cytomegalovirus (HCMV) is the most significant pathogen after HSCT, considering morbidity and mortality associated with it. For this reason, patients submitted to HSCT are monitored by sensitive and specific laboratory tests for early diagnosis of HCMV reactivation, thus allowing immediate administration of antiviral therapy. The antigenemia method has been indicated as the gold standard for guiding the early treatment of this infection. Although real-time PCR is another technique widely used for this purpose, this may be too sensitive for clinical use, there may be positive diagnoses in patients without risk of developing HCMV disease. Objectives: Determining a cutoff value to distinguish latent infection from active infection and the risk of developing HCMV disease. Methods: In this study, 49 patients undergoing allogeneic HSCT were monitored from the day of transplantation until day +150 by antigenemia and real-time PCR. Results: After constructing the ROC curve, the cutoff found for HCMV reactivation was 116 copies. Based on this determination, the positive results of real-time PCR (? 116 copies) were compared with results of positive antigenemia (pp65 positive cells ? 3), observing statistically significant association between them. Thus, the real-time PCR with 116 copies as cutoff was adopted as the sole criterion to define the active infection in the patients included in the study. Twenty (40.8%) of the 49 patients had HCMV reactivation during monitoring, occurring most frequently between days +41 and +50 after HSCT. Eighteen (90%) of these 20 patients were treated with ganciclovir and 16 have reached their negative real-time PCR in a median of six days after the beginning of treatment. Four (8.2%) patients had positive gastrointestinal tract biopsy for HCMV disease, one of them with no diagnosis of viremia. Two (50%) of four patients who had HCMV disease have not responded well to antiviral therapy, progressing to death by HCMV disease at a median of 6.5 days after starting treatment with ganciclovir. Another 15 patients died from fungal bacterial infection, GVHD, underlying disease relapse or veno-occlusive hepatic disease. Conclusions: Patients undergoing unrelated HSCT had higher risk of HCMV reactivation; the sudden increase in viral load seems to be related to the onset of HCMV disease; the severity of HCMV disease may be associated with the response time to antiviral therapy; and HCMV disease manifestation and probable HCMV disease increase the risk of death after HSCT / Doutorado / Clinica Medica / Doutora em Clínica Médica
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311939 |
Date | 25 August 2018 |
Creators | Peres, Renata Maria Borges |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Bonon, Sandra Helena Alves, Costa, Sandra Cecília Botelho, 1951-, Ramos, Marcelo de Carvalho, Fertrin, Kleber Yotsumoto, Quintana, Victor Hugo Aquino, Nogueira, Maurício Lacerda |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 219 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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