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Características epidemiológicas da malária autóctone no estado do Tocantins, Brasil, 1998 a 2006.

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2008. / Submitted by Luana Patrícia de Oliveira Porto (luana_porto_23@hotmail.com) on 2010-03-14T20:26:32Z
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Previous issue date: 2008 / Definição do problema e justificativa: De 1996 a 2006, o Estado do Tocantins (TO) registrou, em média, 0,3% dos casos de malária da Região Amazônica, dos quais, 37% foram autóctones. O risco médio foi um caso por 1.000 hab. Apresenta ainda condições geográficas, climatológicas e ecológicas menos favoráveis à transmissão da malária, em relação a outros Estados Amazônicos. Desta forma, há perspectiva de interrupção da transmissão autóctone no estado. Para tanto, é necessário uma análise epidemiológica da ocorrência dos casos autóctones registrados e seu risco de adoecer nos últimos 9 anos. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas dos casos autóctones de malária registrados no TO, de 1998 a 2006. Métodos: Tipo de estudo: Epidemiológico, ecológico e descritivo com base em levantamento de dados disponíveis. Série temporal do número de casos autóctones de malária humana notificados no TO. Fontes de dados: Sistema de Informação sobre Malária (Sismal), Sistema de Vigilância em Malária (Sivep-Malária), Relatórios Técnicos, Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa), Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente do TO (SEPLAN-TO) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: De 1998 a 2006, foram registrados 11.960 casos de malária no TO em 103 municípios. Do total de casos, 6.415 (53,6%) foram autóctones em 90 municípios. Dos casos autóctones, 66% concentraram-se nos municípios de Araguatins (26,2%), Caseara (13,8%), Araguaína (7,6%), Araguacema (6,8%), Ananás (6,7%) e Xambioá (5%). De 2003 a 2006, 12 municípios, 8,6% (N=139) do TO e 24% (N=50) daqueles com autoctonia, registraram 88,9% (N=866) de casos autóctones. Destes, 54,6% concentraram-se em Caseara (26%), Araguacema (21,2%) e Marianópolis do Tocantins (18,1%). Houve redução sustentável do número de casos e dos municípios com autoctonia. O risco de adoecer mostrou redução sustentável e foi muito baixo. As principais características epidemiológicas dos casos autóctones foram: homens (68,5%) de 15 ou mais anos de idade (70,2%), de um a três anos de estudo (33,6%), atividade agropecuária nos últimos 15 dias (42,4%), sintomáticos (99%) e infectados por P.vivax (80%), notificados por busca passiva (70,8%) com tempo entre primeiros sintomas e o diagnóstico/tratamento de mais de 48 horas (variando de 63,6 a 70%) e sazonalidade de março até junho. De 1998 a 2006, as infecções por P.falciparum foram registradas em 67,4% (N=89) dos municípios com autóctonia, com a maior ocorrência em Araguatins, Araguaína, Caseara, Palmas, Xambioá, Ananás, Esperantina e Marianópolis. A proporção de P. falciparum foi 20,2% e aumentou a partir de 2004. Entre 1998 e 2006, aumentou em Araguatins, Guaraí, Itaguatins, Marianópolis e Caseara. De 2003 a 2006, dos municípios com autoctonia, 63,8% realizaram a busca ativa (BA), mas houve queda em 2006 (35,7%). A BA foi ascendente entre os casos autóctones (variando de 24,2% até 33,9%). Conclusão: A malária autóctone humana foi registrada em dois terços dos municípios tocantinenses durante o período de estudo, com tendência descendente e risco muito baixo de adoecer. A maioria dos casos autóctones de malária humana foi registrada nos municípios de Marianópolis, Caseara e Araguacema.
_____________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Background: From 1996 to 2006, Tocantins State (TO) registered, on average, 0.3% of area cases, of which, 37% were autochthonous. The annual medium risk (IPA) was a case per 1.000 hab. It has some geographical, weather and ecological conditions less favorable to malaria transmission than other Regional States. Hence, there is perspective of interrupting autochthonous transmission. So, it is necessary an epidemiological analysis about case occurrence and getting sick risk of autochthonous malaria during last nine years. Objective: To describe epidemiological characteristics of autochthonous malaria cases in TO, 1998 to 2006. Methods: Study: Epidemiological, ecological and descriptive based on available data. Time series of human autochthonous malaria cases reported by TO. Data sources: Information System about Malaria (SISMAL), Epidemiological Surveillance System about Malaria (SIVEP-Malaria), technical reports of malaria, Brazil´s Enterprise of Agricultural Researching (Embrapa), Tocantins´ Planning Secretary (SEPLAN-TO), Brazil´s Institute of Statistics and Geography (IBGE). Results: From 1998 to 2006, 11.960 malaria cases were reported in 103 municipalities. Autochthonous cases were 6.415 (53.6%) in 90 municipalities. From autochthonous cases, 66% were in the followings municipalities: Araguatins (26.2%), Caseara (13.8%), Araguaína (7.6%), Araguacema (6.8%), Ananás (6.7%) and Xambioá (5%). From 2003 to 2006, 12 municipalities, 8.6% (N=139) of TO and 24% (N=50) of those with autochthony, registered 88.9% (N=866) of municipal autochthonous cases. There was maintainable reduction of autochthonous cases and municipality number. The risk of getting sick showed maintainable reduction and was very low. Main epidemiological characteristics of autochthonous cases were: men (68.5%) of 15 or more years old (70.2%), from one to three years of study (33.6%) and agricultural activity during last 15 days (42.4%), symptomatic (99%) and infected by P.vivax (80%), notified by passive surveillance (70.8%) with time between first symptoms and the diagnosis/traitment of more than 48 hours (varying from 63.6 to 70%) and seasonal behavior from March to June. From 1998 to 2006, infections for P.falciparum were registered in 67.4% (N=89) of autochthonous municipalities with the largest occurrence in Araguatins, Araguaína, Caseara, Palmas, Xambioá, Ananás, Esperantina and Marianópolis. P. falciparum proportion was 20.2% and increased from 2004. Between 1998 and 2006, this proportion increased in Araguatins, Guaraí, Itaguatins, Marianópolis and Caseara. From 2003 to 2006, among autochthonous municipalities, 63.8% accomplished active surveillance (BA), but fall in 2006 (35.7%). BA was ascending among autochthonous cases (varying from 24.2% to 33.9%). Conclusion: Human autochthonous malaria was registered in two thirds of municipalities of TO, with descending trend and very low risk of getting sick. Most of autochthonous cases of human malaria was registered in Marianópolis, Caseara and Araguacema.
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RESUMEN / Definición del problema y justificativa: De 1996 a 2006, el Estado de Tocantins (TO) registro, como promedio, 0,3% de los casos de Amazônia, de estos, 37% fueron autóctonos. El Riesgo médio fue 1 caso por 1.000 hab. Presenta además condiciones geográficas, climatológicas y ecológicas menos favorables a la transmisión de la malaria si comparado con el resto de la región. De esta forma, hay perspectiva de interrupción de la transmissión autóctona em TO. Para ello, es necessario un análisis epidemiológico de frecuencia de casos autóctonos registrados y su riesgo de enfermar en los últimos 9 anos. Objetivo: Describir lãs características epidemiológicas de los casos autóctonos de malaria registrados en TO, de 1998 a 2006. Métodos: Diseño: Epidemiológico, ecológico y descritivo con búsqueda de datos disponibles. Serie temporal del número de casos autóctonos de malaria humana notificados en TO. Fuentes de datos: Sistema de Infornación sobre Malaria (Sismal), Sistema de Vigilância de Malaria (Sivep-Malaria),Informes Técnicos, Empresa Brasileira de Investigación Agropecuarista (Embrapa), Secretaria de Planeamiento e Médio Ambiente de TO (SEPLAN-TO) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estadística (IBGE).. Resultados: De 1998 a 2006, fueron registrados 11.960 casos de malaria en TO en 103 municipios. Del total de casos, 6.415 (53,6%) fueron autócnonos en 90 municipios. De los casos autóctonos, 66% se concentraron en los municípios de Araguatins (26,2%), Caseara (13,8%), Araguaína (7,6%), Araguacema (6,8%), Ananás (6,7%) y Xambioá (5%). De 2003 a 2006, 12 municipios, 8.6% (N=139) de TO y 24% (N=50) de aquellos con autoctonia, registraron 88,9% (N=866) de casos autóctonos municipales. Hubo reducción mentenida del número de casos y municípios com autóctonos. El riesgo de enfermar mostro reducción sustentable y fue muy bajo. Las principales características epidemiológicas de los casos autóctonos fueron: hombres (68,5%) de 15 ó más años de edad (70,2%), de uno a três años de estudio (33,6%) y actividad agropecuária em los últimos 15 días (42,4%), sintomáticos (99%) e infectados por P.vivax (80%), notificados por vigilancia pesiva (70,8%) con tiempo entre primeros sintomar y diagnóstico/tratamiento mayor de 48 horas (variando de 63,6 a 70%) y estacionalidad de Marzo a Junio. De 1998 a 2006, infecciones por P falciparum fueron registradas en 67,4% (N=89) de los municípios con autoctonia, con la mayor frecuencia em Araguatins, Araguaína, Caseara, Palmas, Xambioá, Ananás, Esperantina y Marianópolis. La proporción de P. falciparum fue 20,2% y aumento desde 2004. Entre 1998 y 2006, aumento em Araguatins, Guaraí, Itaguatins, Marianópolis y Caseara. De 2003 a 2006, de los minicipios com autoctonia, 63, 8% realizo vigilancia activa (BA), pero cayó em 2006 (35,7%). La BA fue ascendiente entre los casos autóctonos (cariando de 24,2% até 33,9%). Conclusión: Dos tercios de municipios de TO durante el estudio tuvieron tendência descendiente y riesgo muy bajo de enfermar. La mayoría de los casos autóctonos de malaria humana fue registrada em Marianópolis, Caseara y Araguacema.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/4322
Date January 2008
CreatorsGener, Miguel Emilio Sarmiento
ContributorsTauil, Pedro Luiz
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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