Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de investigar como crianças com idade entre três e quatro anos reagem a situações cotidianas, durante o brincar, apresentando manifestações potencialmente preconceituosas. Para tanto se propôs adaptar a escala do fascismo (escala F) para situações que representam o cotidiano de forma lúdica, o que permitiu identificar elementos que denotam o preconceito já em crianças. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede privada de ensino do município de São Paulo, com crianças de idades entre três e quatro anos, com as quais o pesquisador realizou um momento de observação lúdica no qual as crianças interagiram livremente com bonecos que representavam diferenças entre cor de pele e de presença ou ausência de deficiência, e um momento de aplicação de situações problema representadas de forma lúdica e que tiveram a intenção de avaliar os aspectos investigados na escala F. Os sujeitos da pesquisa também estiveram divididos em agrupamentos de crianças que estudavam com crianças com deficiência em sala de aula e agrupamentos que não estudavam, com o objetivo de identificar possíveis diferenças no padrão de respostas dada a relação com a inclusão da criança com deficiência no ambiente escolar. Os resultados avaliados a partir do referencial da Teoria Crítica da Sociedade apontaram para a uma baixa pontuação numa escala de manifestação de atitudes que denotam o preconceito em crianças com idade entre três e quatro anos e pode-se concluir que essa idade é um momento propicio para se aplicar intervenções com vistas a minimizar os efeitos do preconceito, embora indique a continuidade de pesquisas sobre a formação do preconceito que incluam o elemento lúdico em crianças desta faixa etária / This research aims at investigating how three- and four-year-old children react to everyday situations, during play time, showing potentially prejudiced behavior. We propose adapting the fascist scale (F-scale) to everyday situations represented in a ludic way, which allowed us to identify prejudiced elements in children. This research was developed in a private school in São Paulo, with three- and four-year-old children. During the study, the researcher observed the children as they played with dolls (which could have different skin tones, presence or absence of malformation) and as they were presented with problematic situations in order to be analyzed based on the F-scale. The subjects of the research were also divided into two groups those who had classmates with special needs and those who did not. Our objective was to identify possible differences in the response pattern regarding the inclusion of children with special needs in the classroom environment. The results were analyzed based on the Critical Social Theory, pointed to a low score on a manifestation scale of attitudes that denotes prejudice in three- to four-year-old children. We might conclude that, at this age, it is a favorable moment to intervene aiming at lessening prejudice effects. Moreover, it also indicates that research on prejudice formation along with ludic elements should continue to be done with children of that age
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-08082016-141928 |
Date | 16 May 2016 |
Creators | Cabral, Fernanda Araujo |
Contributors | Crochik, Jose Leon |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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