Orientador: Aparecido Donizete Rossi / Banca: Jorge Vicente Valentim / Banca: Rodrigo Valverde Denubila / Resumo: Ainda hoje, a transexualidade encontra-se assombrada pelo espectro da subalternidade e da marginalidade, uma vez que essa condição ainda remete áreas das ciências médicas a formas e modos de patologização, que surgem como herança da concepção moderna, falocêntrica e positivista do corpo, que refletiu em diversas áreas de conhecimento, mesmo na dos estudos literários, que tratam temáticas como essa a partir do viés da subalternidade. Com o desenvolvimento dos estudos culturais nos anos 1960, tornaram-se possíveis leituras queer de obras literárias sob a perspectiva da desconstrução, termo originado a partir dos escritos do filósofo francês Jacques Derrida, e, com o posterior nascimento do pós-estruturalismo, abriram-se as possibilidades de refutação a leituras fixas dos cânones literários, bem como a negação a uma versão fixa, teleológica e falogocêntrica acerca da história da literatura. Os romances Orlando (1928), de Virginia Woolf, e Orlanda (1996), de Jacqueline Harpman, remetem a performances literárias de identidades trans (aqui englobando as manifestações da transexualidade, transgeneridade, travestilidade e intersexualidades) sob o prisma de diferentes nacionalidades, contextos políticos, socioeconômicos e posicionamentos artísticos circunscritos às suas autoras quando na data de publicação. Partindo de uma análise comparada das duas obras pretende-se encontrar pontos comuns e divergentes entre seus projetos literários e traçar uma arqueologia de romances trans do sécu... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Until the present days, transexuality finds itself haunted by the spectrum of subalternity and marginality, since medical sciences still treat this subjectivity as a type of pathology and mental illness. The phallocentric and positivist vision of the body is a heritage from Modernity that reflects in many areas of knowledge, even within the literary studies. With the development of the cultural studies during the 1960s, it became possible to bring queer perspectives on literary works with the help of deconstruction, a term originated from the reception of French philosopher Jacques Derrida, which later caused the birth of poststrucuturalism, it opened some possibilities to refute fixed readings of the literary cannon, as well as a denial of a fixed, teleological and phallocentric version of literary history. The novels Orlando (1928), by Virginia Woolf, and Orlanda (1996), by Jacqueline Harpman, offer literary performances of trans identities (comprehending manifestations of transsexuality, transgender, travesty and intersexualities) from the point of view of different nationalities, political contexts, socioeconomical and artistical positions circumscribed to their authors within the date of publishing. Departing from a compared analysis of the two works, we intend to find both common and parting points between their literary projects and trace an archeology of trans novels from the 20th century, assessing how the transcendence to heteronormativity allows the literary revisi... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
Identifer | oai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000913546 |
Date | January 2019 |
Creators | Resende, Marcelo Branquinho Massucatto. |
Contributors | Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Araraquara). |
Publisher | Araraquara, |
Source Sets | Universidade Estadual Paulista |
Language | Multiple languages, Portuguese, Texto em português ; resumos em português e inglês |
Detected Language | Portuguese |
Type | text |
Format | 106 f. |
Relation | Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader |
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