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Participação de linfócitos B-1 na criptococose experimental / B-1 lymphocyte participation in experimental cryptococcosis

A criptococose é uma infecção fúngica causada pela levedura encapsulada Cryptococcus neoformans que acomete freqüentemente o meningoencéfalo de pacientes imunocomprometidos. No Brasil, cerca de 6% dos pacientes com AIDS desenvolvem a criptococose. A construção da resposta imune na criptococose envolve fagócitos e linfócitos T e B presentes no granuloma. Atualmente, são descritos três subtipos de linfócitos B: linfócitos B-1 a, B-1 b e B-2, o último conhecido como linfócito B \"convencional\". Os linfócitos B-1 (B-1a e B-1b) expressam concomitantemente imunofenótipo de macrófagos, células B e células T. Estes linfócitos receberam o nome de fagócitos mononucleares derivados de linfócitos B-1 e possuem a capacidade de migrar do peritônio até um foco inflamatório não específico, fagocitarem, expressarem antígeno e secretarem anticorpos e citocinas. Portanto, avaliamos a participação destes linfócitos B-1 na criptococose através de ensaios in vitro e in vivo com duas cepas diferentes de Cryptococcus neoformans variedade neoformans sorotipo A. Os linfócitos B-1 fagocitaram e destruiram as leveduras de Cryptococcus neoformans, principalmente na presença de complemento. Altas produções de NO encontradas no sobrenadante de cultura do ensaio de fagocitose associada à alta atividade peroxidásica e capacidade destes linfócitos em gerar EROs, poderiam justificar a alta atividade de \"killing\" encontrada nestes linfócitos B-1. Ainda, quando estimuladas com o fungo, os linfócitos B-1 secretaram principalmente IL-12 e IFN-γ, enquanto a IL-10 diminuiu significativamente. Na infecção experimental os camundongos BALB/xid, desprovidos de linfócitos B-1, apresentaram maior susceptibilidade à criptococose, com ambas as cepas, quando comparados aos camundongos BALB controle (BALB/c). Estes animais BALB/xid apresentaram maior carga fúngica nos órgãos baço, fígado e pulmão e morreram precocemente. A concentração de IL-10 foi maior nos órgãos dos camundongos BALB/xid, enquanto a IL-4 aumentou nos camundongos BALB/c. A concentração das citocinas de padrão Th1 (IL-12, IFN-γ e IL-2). consideradas protetoras na criptococose foi maior nos camundongos BALB/c. Além· da produção de citocinas protetoras, os órgãos dos camundongos BALB/c infectados com a cepa de menor cápsula apresentaram um maior população de linfócitos B-1. Estes linfócitos provavelmente estavam participando do processo inflamatório e contribuindo para a cura da infecção. Embora outras investigações sejam necessárias para melhor compreendermos a participação de linfócitos B-1 na criptococose, podemos considerar que estas células interagem com leveduras de Cryptococcus neoformans e podem ser decisivas para uma resposta protetora na criptococose experimental. / Abstract not available.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-27102016-184105
Date16 December 2004
CreatorsEliver Eid Bou Ghosn
ContributorsSandro Rogerio de Almeida, Mario Mariano, Momtchilo Russo
PublisherUniversidade de São Paulo, Farmácia (Análise Clínicas), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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