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Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano

Resumo: O Doppler transcraniano contrastado (DTCc) é um método diagnóstico utilizado com frequência na investigação da embolia paradoxal (EP) e do forame oval patente (FOP). Apesar da padronização do método, inúmeros questionamentos existem em relação a metodologia utilizada, entre as quais, a solução contrastante ideal, o momento de realização da manobra de Valsalva (MV) durante o exame sensibilizado e marcadores que diferenciem entre a EP devido o FOP e outras EPs, preferencialmente as extracardíacas. Este estudo teve como objetivos: 1) comparar a positividade de EP pelo DTCc com o uso de duas soluções contrastantes, a solução salina agitada (SSA) e a solução salina agitada com sangue (SSAs); 2) comparar dois momentos da MV com o uso da SSAs; e 3) identificar possíveis marcadores de EP pelo DTCc que possam estar correlacionados com a presença de FOP pelo ecocardiograma. Material e Métodos: Foram analisados 42 pacientes em acompanhamento no Ambulatório de Doenças Cerebrovasculares do Serviço de Neurologia do Hospital de Clínicas da UFPR entre primeiro de outubro de 2007 e 31 de agosto de 2008 com indicação para investigação de EP ou FOP. Todos os pacientes foram submetidos a exame de DTCc padronizado, com uso das duas soluções contrastantes: SSA composta por 9ml de solução salina e 1ml de ar e SSAs, composta por 8ml de solução salina, 1ml de sangue do próprio paciente e 1ml de ar. Foram realizadas três metodologias: exame em repouso; sensibilizado previamente pela MV (MV-Pré), caracterizado por MV 5 segundos antes da injeção da solução contrastante e sensibilizado posteriormente pela MV (MV-Pós), caracterizado por MV 5 segundos após a injeção da solução contrastante. Resultados: Foi observada diferença na positividade da EP comparando as duas soluções utilizadas com a presença de maior duração da passagem de sinais de microembolia (MES) com a SSAs. Ao serem avaliados dois momentos distintos para a MV com o uso de SSAs, não foi observada diferença nos resultados de exames positivos, número e duração de MES. Nos pacientes com AVEi e DTCc positivo submetidos a ecocardiograma transesofágico contrastado (ETEc) para o diagnóstico de FOP, os exames com passagem de EP com número acima de 9 MES e início da passagem de MES antes de 9 segundos após a injeção da SSAs foram observados somente em pacientes com FOP pelo ETEc (31%). Conclusão: O uso de SSAs aumenta os graus e a duração da EP comparada a SSA, porém não existe diferença quanto a positividade de EP com SSAs quando comparados dois momentos distintos da MV. A presença de mais de 9 MES e início da passagem destes com menos de 9 segundos após a injeção da SSAs é um ponto de corte para identificar, com alta especificidade, os pacientes com FOP pelo ETEc.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/26288
Date26 October 2011
CreatorsLange, Marcos Christiano
ContributorsWerneck, Lineu Cesar, 1941-, Zetola, Viviane de Hiroki Flumignan, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Medicina Interna
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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