[pt] Este trabalho tem por objetivo avaliar as críticas de J. R. Searle (1932-) às
Classes de força ilocucionária de J. L. Austin (1911-1960). O fato é que na XII
Conferência da obra Quando dizer é fazer: palavras e ações, cujo título original é
How to Do Things with Words, Austin se propõe, provisoriamente, a listar as
forças ilocucionárias de proferimentos performativos cujo verbo não aparece de
modo explícito. Segundo Searle, esta classificação compreende verbos
ilocucionários, e não atos ilocucionários, como o autor critica no artigo Uma
taxinomia dos atos ilocucionários, publicado no livro Expressão e Significado.
Neste, a crítica mais contundente é a de que a classificação austiniana não tem
princípios claros e bem definidos. A visão de linguagem defendida por Searle está
focada na sintaxe e na semântica, pontos que estão longe da noção pragmática da
linguagem e segue uma determinada direção que supõe uma base sintáticosemântica
mais forte do que Austin supunha. Diante disso, se estabelece a
seguinte questão: as críticas de Searle à classificação de Austin procedem? Para
responder a esta indagação é necessário destacar os pontos que contribuem para a
hipótese da improcedência das críticas de Searle à classificação austiniana, que
examinaremos aqui. Não se quer, aqui, negar a contribuição de Searle no âmbito
da filosofia em geral. No entanto, no que se refere à Filosofia da Linguagem, o
resultado desta avaliação mostra que Searle, ao se concentrar na XII conferência,
acaba reduzindo a Teoria dos Atos de Fala às classes: Vereditivos, Exercitivos,
Comportamentais, Compromissivos e Expositivos. Basicamente, é ao longo da
obra How to Do Things with Words, a cada conferência, que Austin apresenta os
critérios e princípios das classes de força ilocucionária, ainda que sujeitos à
revisão. / [en] The aim of this work is to evaluate the criticisms of J. R. Searle (1932 -) of
the Classes of Illocutionary Force of J. L. Austin (1911-1960). The fact is that at
the conference on the work when to say is to do: words and actions, Austin set
out, provisionally, to list the illocutionary forces of performative utterances whose
verb does not appear in an explicit manner. According to Searle, this classification
covers illocutionary verbs, and not illocutionary acts, as the author criticizes in the
article A taxonomy of illocutionary acts. In this text, the most scathing criticism is
that Austin s classification does not have clear and well defined principles. The
vision of language defended by Searle is focused on syntax and on semantics, a
point that is far from the pragmatic notion of language. He follows a prescribed
direction that supposes a syntactic-semantic basis that is stronger than the one
supposed by Austin. In the face of this, the following question is established:
Searle s criticisms of the classes of illocutionary force are well founded? To
answer this enquiry it is necessary to highlight the points that contribute to the
groundlessness of Searle s criticism of Austin s classification, We examine here.
We do not wish here to deny the contribution of Searle to the field of philosophy
in general. Nevertheless, as regards the Philosophy of Language, the result of this
evaluation shows that Searle, on concentrating at the conference on the classes of
illocutionary force, ends up reducing the Theory of Speech Acts to the classes:
Veredictive, Expressive, Behabitive, Commissive, and Expository. Basically, it is
through the work How to Do Things with Words, at each conference, that Austin
presents the criteria and principles of the classes of illocutionary force, even if
subjected to revision.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:27161 |
Date | 11 August 2016 |
Creators | HÉLCIA MACEDO DE CARVALHO DINIZ E SILVA |
Contributors | DANILO MARCONDES DE SOUZA FILHO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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