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Saberes e práticas tradicionais: as condições do trabalho nos estaleiros navais à beira-rio da cidade de Manaus

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Previous issue date: 2016-06-13 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Along the river in the city of Manaus extends from the mouth of the river to the Tarumã Puraquequara river. A distance of 43km long. The left banks of the Rio Negro, are the São Raimundo neighborhood in the 1980s received several traditional boats coming from other neighborhoods. In this thesis, we focus our attention on the traditional knowledge and practices and working conditions in shipyards along the waterfront of the city of Manaus, in the district of São Raimundo, West zone. The challenges posed this study was north the following questions: How shipwrights shipyards Jaime Dias, Sao Raimundo, and St. George see the precariousness of work by the river in Manaus? How did the historical process and transmission of knowledge in the construction of boats? What is the future of these subjects in shipbuilding along the waterfront of San Raimundo on casualization? As contextualize historically the manufacture of vessels in the Amazon, specifically in Manaus? What is the role of other workers as calkers in the history of shipbuilding wood? The methodological tools were important in all phases of this study because of the complex issues that necessarily imposes joint and dialogues between the branches of science that needed to be connected and interconnected to arrive at an answer that would allow understand this reality on the naval work to Beira river in the Amazon. Weaving an articulated, interdisciplinary approach allowed us to highlight the precarious working conditions of ship workers who work in traditional shipyards Jaime Dias, Sao Raimundo, and St. George, all located in the neighborhood of São Raimundo, West town of Manaus. The construction of knowledge is by nature interdisciplinary, since it mobilizes to varying degrees of intensity the various fields of knowledge, allowing us to more real and dynamic way, knowing the complexity of this study. We use Thompson (1987) on the construction of history from below, we use the concept of memory in Halbwachs (1990) and Bosi (1993), in Adorno and Horkheimer (1985) and Marcuse (1964) - explore the concept of "fetish "autonomy, profit and false freedom hiding his identity in relation to its production in Dejours (2003) and Weil (1979) explored the relationship suffering and pleasure not only in the narratives given by the subjects, but also in daily life, They have shown some characteristics of the Amazonian man, and other authors. By this way or theoretical route we resorted to qualitative approach, where the subjects were composed of 04 shipwrights, 04 calkers and over 05 workers between various modes: painter, motor mechanic, carpenter, electrician, welder, plumber and among others providing services to small cited yards. From the narratives of these naval workers we know the job conditions, cultural knowledge about the boat production and repair activity still active along the waterfront of the city. We realize the memory of the place, on his art and craft that enabled us to understand social reality still hidden, but still alive and present. One of the central research subject was the shipwright, for providing information about the know-how that emerges from the everyday practices. The Amazonian man carrying a traditional knowledge fits into the history of the area as a builder of water, able to build unique boats. Bring inside the mark of a secular tradition, carry in their history a face of work in the Amazon region. Precarious work is a constant, which causes them to occur imminent accident by the lack of infrastructure or by fatigue due to long working hours. Think of local development goes through, first of all, in an effort to find ways to involve traditional knowledge (where lies the richness and creativity), traditional production practices, characterized by knowledge of man. Understanding the work process by the river allowed us to see the face of the underlying work of the Amazonian man, reification and symbolic disappearance of individuals to the waterfront to the banks with professions that do not require technical skills, but a huge store of empirical knowledge in the art of shipbuilding, it is essential for the world of work in traditional sites along the river Amazon / À beira-rio da cidade de Manaus abrange desde a foz do rio Tarumã até o rio Puraquequara. Num percurso de 43km de extensão. Às margens esquerdas do rio Negro, encontram-se o bairro do São Raimundo que na década de 1980 recebeu vários estaleiros tradicionais vindos de outros bairros. Nesta tese, centramos nosso olhar sobre os saberes e práticas tradicionais e as condições do trabalho nos estaleiros navais à beira-rio da cidade de Manaus, no bairro do São Raimundo, zona Oeste. Os desafios postos esse estudo teve como norte as seguintes questões: Como os carpinteiros navais dos estaleiros Jaime Dias, São Raimundo e São Jorge veem a precarização do trabalho à beira-rio de Manaus? Como se deu o processo histórico e transmissão desses saberes na construção de barcos? Qual o futuro desses sujeitos na construção naval à beira-rio do São Raimundo diante da precarização? Como contextualizar, historicamente, a fabricação de embarcações na Amazônia, especificamente em Manaus? Qual o papel dos outros trabalhadores como calafates na história da construção naval de madeira? Os instrumentos metodológicos foram importantes em todas as fases desse estudo devido às questões complexas que necessariamente impõe articulações e diálogos entre os ramos da ciência que precisaram ser conectados e interligados para se chegar a uma resposta que permitisse entender essa realidade sobre o trabalho naval à beira-rio na Amazônia. Tecer uma visão articulada, interdisciplinar nos permitiram evidenciar as condições do trabalho precarizadas dos trabalhadores navais que atuam nos estaleiros tradicionais Jaime Dias, São Raimundo e São Jorge, todos localizados no bairro do São Raimundo, zona Oeste da cidade de Manaus. A construção do saber é por natureza interdisciplinar, pois mobiliza em diferentes graus de intensidade os diversos campos do conhecimento, nos permitindo, de forma mais real e dinâmica, conhecer a complexidade desse estudo. Recorremos a Thompson (1987) sobre a construção da história vista de baixo, empregamos o conceito de memória em Halbwachs (1990) e Bosi (1993), em Adorno e Horkheimer (1985) e Marcuse (1964) – exploramos o conceito de “fetiche” da autonomia, do lucro e da falsa liberdade que esconde sua identidade em relação à sua produção, em Dejours (2003) e Weil (1979) exploramos a relação sofrimento e prazer não só nas narrativas dadas pelos sujeitos, mas também na vivência cotidiana, nos mostraram algumas características do homem amazônico, além de outros autores. Por este caminho ou percurso teórico recorreu-se a abordagem qualitativa, onde os sujeitos da pesquisa foram compostos por: 04 carpinteiros navais, 04 calafates e mais 05 trabalhadores entre várias modalidades: pintor, mecânico de motor, marceneiro, eletricista, soldador, encanador e entre outros que prestam serviços aos pequenos estaleiros citados. A partir das narrativas desses trabalhadores navais pudemos conhecemos as condições do trabalho, o saber cultural sobre a atividade de produção e reparação de barcos ainda atuante à beira-rio da cidade. Percebemos a memória do lugar, sobre sua arte e ofício que nos possibilitou a compreensão de uma realidade social ainda ocultada, mas mesmo assim viva e presente. Um dos sujeitos centrais da pesquisa foi o carpinteiro naval, por proporcionar informações sobre o saber-fazer que emerge das práticas cotidianas. O homem amazônico, portador de um conhecimento tradicional se insere na história da região como construtor das águas, capaz de construir embarcações singulares. Trazem em seu interior a marca de uma tradição secular, carregam em sua história uma face do trabalho da região Amazônica. O trabalho precário é uma constante, o que faz com que possam ocorrer acidentes iminentes pela falta de infraestrutura ou pelo cansaço devido a longas jornadas de trabalho. Pensar em desenvolvimento local perpassa, antes de tudo, em um esforço em encontrar mecanismos que associem o saber tradicional (onde reside à riqueza e criatividade), de práticas produtivas tradicionais, caracterizadas pelo saber do homem. Entender o processo de trabalho à beira-rio nos permitiu perceber a face do trabalho subjacente do homem amazônico, da reificação e do desaparecimento simbólico de indivíduos às margens à beira-rio com profissões que não exigem qualificação técnica, mas um enorme cabedal de conhecimento empírico na arte da construção naval, sendo essencial para o mundo do trabalho nos estaleiros de tradicionais à beira-rio da Amazônia.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:http://localhost:tede/6343
Date13 June 2016
CreatorsSilva, Jefferson Gil da Rocha, 92-99397-5517
Contributorsppgsca@ufam.edu.br, Scherer, Elenise Faria
PublisherUniversidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia, UFAM, Brasil, Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM, instname:Universidade Federal do Amazonas, instacron:UFAM
Rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-647815298701547635, 500, 500, 886584449601725363

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