A transfusão de sangue é um procedimento benéfico, mas não isento de risco, e por essa razão medidas devem ser tomadas para aumentar a sua segurança, entre elas a adoção de boas práticas transfusionais e as notificações dos eventos adversos, que compõe as atividades de hemovigilância. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto da implantação de uma equipe transfusional e da busca ativa por reações transfusionais nas atividades de hemovigilância e na segurança transfusional em um Núcleo de Hemoterapia regional, localizado em um hospital geral. Foi realizado um estudo comparativo entre dois períodos: antes e após a implantação da equipe transfusional. Observou-se um aumento de 9,04 vezes no número de notificações de reações transfusionais, elevando de duas notificações em 1.677 transfusões realizadas (0,12%) no período de 22 meses antes da implantação, para dez notificações em 928 transfusões (1,08%, p<0,01) no período de 12 meses após, revertendo a subnotificação existente. As RFNH foram as reações transfusionais mais frequentemente encontradas, havendo aumento significativo nas notificações, de uma RFNH antes para seis após a implantação da equipe transfusional (p<0,01). Observou-se também um aumento na segurança transfusional, corrigindo falhas na identificação de amostras e requisições de transfusão, na verificação dos sinais vitais e identificação dos pacientes, minimizando assim o risco de reações graves por troca de amostras/pacientes. O estudo mostrou que ter um profissional acompanhando o ato transfusional desde a coleta da amostra até o término da transfusão, traz mais segurança para o receptor da transfusão, ao permitir que os procedimentos estabelecidos sejam seguidos, e aumenta as notificações de eventos adversos, favorecendo o reconhecimento das reações transfusionais e fornecendo subsídios para a adoção de estratégias para sua prevenção e tratamento. Ao final do estudo foram elaborados cartazes e panfletos para orientação de profissionais e pacientes, respectivamente, sobre a transfusão de sangue. / Blood transfusion can be unavoidable and beneficial but has inherent risks. Hemovigilance actions, therefore, should be undertaken to increase its safety, including the adoption of better blood transfusion initiatives and adverse event reporting. The purpose of this study was to evaluate how the introduction of a transfusion practitioner team to monitor transfusion outcomes affects the hemovigilance system and the transfusion safety in a regional hemotherapy center based in a general hospital. We performed a comparison of two clinical periods: before and after the introduction of a transfusion practitioner team. An increase was observed from 2 event reports in 1677 transfusions (0.12%) in a 22-month period to 10 event reports in 928 transfusions (1.08%, p<0.01) in a 12-month period, demonstrating a 9.04-fold increase in transfusion reaction reports, drastically reducing the frequency of underreporting. Febrile non-hemolytic reactions were the most frequent adverse event reported, with a significant increase from 1 to 6 events reported (p <0.01) after the involvement of the transfusion team. There was also an improvement in transfusion safety practices via the correction of misidentification of patient pretransfusion samples and transfusion requests, the avoidance of failure to verify vital signs, and improvement of patient identification at the bedside, all of which are critical to minimize the risk of transfusion error. The study showed that having a professional team oversee the transfusion process, from sample collection to blood administration, brings more safety to the patient by allowing established procedures to be followed. The adoption of this practice increases reporting of adverse events through the early recognition of transfusion reactions, expediting their treatment and enhancing the prevention of future events. At the end of the study posters and educational packets were created to provide guidance about blood transfusion to leading professionals and patients.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-08012019-142634 |
Date | 05 November 2018 |
Creators | Aline Delduque Kropf |
Contributors | Ana Cristina Silva Pinto, Nayara Gonçalves Barbosa, Alessandra Kimie Matsuno |
Publisher | Universidade de São Paulo, Hemoterapia e Biotecnologia, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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