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O labirinto do viajante

A comunidade traveller constitui um grupo minoritário na República da Irlanda. Não sendo mais do que 0,6% do total do país, esta comunidade, como se constatará pelo estudo que avança, tem todas as morfologias e culturalidades da comunidade cigana/gipsy que existe um pouco por toda a Europa. Como o próprio nome indica, o nomadismo (por oposição ao sedentarismo) presente na sua cultura é o seu mais forte elemento identitário. Pela revisão da literatura efectuada bem como pelas conversas diárias tidas com a comunidade traveller, constatamos que certas abordagens e pensamentos já estão muito explorados pela literatura sociológica e não só (como o enviezamento e parcialidade nas abordagens promovidas pelos media; a marginalização, o racismo, a discriminação; as comparativamente piores condições de vida e de acesso aos meios e recursos à sua disposição; a menor esperança média de vida; o défice escolar bem como a recíproca inadequação do sistema de ensino à cultura traveller; a passividade...). Assim, tentaremos percepcionar e divagar rumos a partir de um ângulo que nos parece não muito explorado: a capacidade reivindicativa de uma minoria étnica, neste caso, a comunidade traveller irlandesa. A falta de participação cívica e societal e a marginalização subsequente (o círculo reprodutivo da lateralidade inactiva), coloca-nos sobre o mesmo as interrogações sobre esta letargia (aos olhos da sociedade mais vasta) de não empenhamento nos cânones tidos por apropriados e tanto detentores como distribuidores de privilégios. Eis o âmago da questão que se propõe aprofundar.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/55621
Date January 2010
CreatorsFreitas, Donato Ruben de Sousa e
PublisherPorto : [Edição do Autor]
Source SetsUniversidade do Porto
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
Sourcehttp://aleph.letras.up.pt/F?func=find-b&find_code=SYS&request=000206596
RightsopenAccess

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