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ComunicaÃÃo para mobilizaÃÃo: quem dera ser um peixe, internet e ativismo polÃtico / Communication to mobilization: quem dera ser um peixe, Internet and Political Activism

FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Essa dissertaÃÃo pretende investigar como o Quem dera ser um peixe (QDSP) â grupo que se constituiu com o objetivo de se colocar contra a construÃÃo de um oceanÃrio milionÃrio na orla de Fortaleza â utilizou as redes sociais em sua prÃtica comunicativa, a fim de mobilizar os usuÃrios da internet em torno da questÃo do Acquario CearÃ, instituindo, no percurso, novos processos de resistÃncia e novos paradigmas de aÃÃo coletiva em nosso estado. Para tanto, estabelecemos como corpus da pesquisa a fan page âQuem dera ser um peixeâ e o perfil âPeixuxa Acquarioâ, ambas do site Facebook â a plataforma mais frequentada pelo Quem dera ser um peixe. Escolhemos limitar nossa pesquisa a 2012, perÃodo de maior incidÃncia do grupo na internet, ano que contou com um grande nÃmero de simpatizantes produzindo conteÃdo e auxiliando a amplificar as denÃncias contra a obra. A metodologia usada para abordar essa questÃo, alÃm da descriÃÃo da prÃtica comunicativa do Quem dera ser um peixe, tanto no espaÃo virtual, como no espaÃo real, foi a AnÃlise de MobilizaÃÃo de quadros, a qual busca compreender como se dà o alinhamento entre o enquadramento de uma instituiÃÃo ou movimento social, por exemplo, e os atores sociais que a compÃe, elemento essencial para se entender o processo de mobilizaÃÃo polÃtica. AlÃm disso, recorremos a quatro entrevistas com diferentes membros do Quem dera ser um peixe, a fim de compreender suas posiÃÃes acerca de questÃes centrais para o grupo, como o papel da informaÃÃo e da comunicaÃÃo para o tipo de ativismo que pratica; e tambÃm de questÃes ligadas a sua forma de organizaÃÃo. Esse aspecto, em particular, à de grande importÃncia e procuramos abordÃ-lo no trabalho, embora sem a pretensÃo de esgotar o assunto, por suas implicaÃÃes na prÃpria prÃtica comunicativa do grupo. Partindo de um pequeno histÃrico da internet, delineamos como se deu sua passagem de tecnologia militar para suporte material da sociedade em rede, enfocando os usos que o QDSP fazia e faz dela. O acompanhamento de suas atividades fora do espaÃo virtual, em reuniÃes, aÃÃes, articulaÃÃes foi de grande importÃncia para dar materialidade aos dados coletados das plataformas de interaÃÃo, fornecendo mais elementos capazes de dar conta da complexidade do fenÃmeno que representa o QDSP. Um aspecto que salta aos olhos, por exemplo, o qual sà poderia ter sido observado por meio da ida a campo diz respeito à complexa relaÃÃo estabelecida entre os integrantes do grupo e o PoÃo da Draga, comunidade popular que se localiza a poucos metros do Acquario. Em conclusÃo, podemos afirmar que o QDSP foi bem sucedido na conduÃÃo de um ativismo virtual (o qual era subsidiado por extensas investigaÃÃes e pelo uso inventivo e dinÃmico da comunicaÃÃo, borrando os limites entre ciberespaÃo e espaÃo real) que conseguiu nÃo sà barrar por diversas vezes a obra, como tambÃm ampliar e popularizar muitas questÃes ligadas ao oceanÃrio, a ponto de, hoje em dia, o projeto estar longe de ser uma unanimidade entre a populaÃÃo de Fortaleza.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:10584
Date27 January 2016
CreatorsLeonardo Vasconcelos de AraÃjo
ContributorsMÃrcia Vidal Nunes, Catarina Tereza Farias de Oliveira, Teresa Cristina Furtado Matos
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em ComunicaÃÃo Social, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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