A reforma sanitária, ocorrida após a constituição de 1988, criou o Sistema Único de Saúde (SUS), descentralizando a gestão em saúde pública no Brasil e delegando mais autonomia e responsabilidade aos municípios. Esta descentralização traz inúmeros benefícios, pois aproxima a gestão das realidades locais. Os municípios são peculiares e podem apresentar dificuldades em atingir os mesmos padrões de serviços de saúde dos demais entes federados e, eventualmente, incorrer na desigualdade em saúde. Para garantir a integralidade no atendimento, as Redes Regionais de Atenção à Saúde (RRAS) articulam o sistema de maneira a satisfazer os diferentes níveis de complexidade. Procurou-se nesta pesquisa encontrar padrões espaciais destoantes na distribuição de recursos de saúde no estado de São Paulo, de maneira a caracterizar eventuais desigualdades em saúde. Os dados foram analisados por RRAS e por aglomerados de munícipios de atributos similares. Os resultados indicam diferenças regionais nos vários aspectos pesquisados, sobretudo na cobertura por equipes de saúde da família, no acesso aos serviços de saúde e na oferta e ocupação de leitos. Estas diferenças variam conforme se dista da capital do estado e estão associadas à renda e à presença da saúde suplementar. / The health care reformulation, which started after the constitution of 1988, created the Unified Health Care System (SUS), decentralizing the management of public health care in Brazil and delegating more autonomy and responsibility to counties.This decentralization brings numerous benefits because it approaches the county management to local area realities. Counties have different features and may have difficulties achieving the same health care standards of other federative entities and possibly create health care inequalities. To ensure comprehensiveness in health care, the Regional Health Care Networks (RRAS) articulate the system in order to provide the different levels of complexity. It is aimed in this research to find dissonant spatial patterns in health care resources distribution in the state of São Paulo, in order to characterize any inequalities. The data was analyzed by the RRAS and clusters of counties of similar attributes. Results indicate regional differences in several aspects of the research, mostly in family health care teams coverage, access to health care services and availability and bed occupancy rate. These differences vary according to how distant from the state capital the county is and are associated with income and health insurance attendance.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-30032017-105221 |
Date | 21 October 2016 |
Creators | Pedro Jacinto Ferreira |
Contributors | Carlos Alberto Grespan Bonacim, Maria Eulália Lessa do Valle Dallora, Rinaldo Macedo de Morais |
Publisher | Universidade de São Paulo, Gestão de Organizações de Saúde, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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