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Interações iniciais mãe-bebê: uma comparação entre díades de bebês prematuros e nascidos a termo / Early interactions mother-infant: a comparision between dyads of preterm and term infants

O estudo das interações iniciais entre mãe e bebê é fundamental para a compreensão da ontogênese humana (Seidl-de-Moura, et al., 2008) e para ajudar a promover a saúde relacional da díade. Nos estudos sobre as interações inicias entre mãe e bebê prematuro, ainda há um questionamento sobre se o nascimento prematuro e a internação em uma UTI-Neonatal fortalecem ou enfraquecem as trocas entre os membros da díade. Assim, neste estudo observou-se e analisou-se as interações iniciais entre mãe e bebê prematuro na UTI-Neonatal, observou o desenvolvimento das interações ao longo de dois meses, e comparou com interações de um grupo de mães-bebês nascidos a termo, de acordo com categorias predefinidas para a análise de vídeos. Também analisou, através de entrevistas, as características que as mães de cada tipo de díade relataram sobre seus filhos, bem como as metas de desenvolvimento apontadas e as emoções que expressaram em relação ao bebê. Participaram da pesquisa 20 díades mãe-bebê de nascidos a termo, e 20 díades de mãebebê de prematuros, nascidos entre 28 e 36 semanas de idade gestacional. Entre outras evidências, enquanto os bebês estavam na UTI-Neonatal, foram encontradas associações significativas entre as características maternas e as do bebê. Após a alta hospitalar, houve associações significativas entre a sincronia da díade e os comportamentos dos bebês. Não houve diferenças significativas entre as características de interações quando a díade estava na UTI-Neonatal e após dois meses. Não foram observadas diferenças significativas entre as díades de mães-bebês prematuros e mães-bebês a termo em relação à sincronia da díade, nem tampouco entre os comportamentos maternos nos dois momentos de observação, mas uma diferença significativa foi encontrada entre os comportamentos autorregulatórios dos bebês nascidos a termo e os dos prematuros. Verificou-se que para os dois grupos de mães, as emoções mais frequentemente relatadas foram as de amor e apego. As metas de desenvolvimento mais apontadas enquanto as mães estavam com seu bebê na UTI-Neonatal foram voltadas para o desenvolvimento físico do bebê, e quando os bebês estavam com dois meses, as metas eram mais voltadas para o desenvolvimento emocional, da mesma forma como ocorreu com as mães de bebês a termo. As características mais apontadas pelas mães ao pensarem em seus bebês enquanto eles estavam na UTI-Neonatal foram as físicas, enquanto após a alta, foram as pessoais e emocionais, assim como ocorreu com as mães de bebês nascidos a termo. Os resultados se contrapõem a afirmações de que em episódios de interação as mães de prematuros são menos sensitivas, mais intrusivas, e seus bebês, menos atentos e responsivos. Apontaram, ao contrário, para uma certa continuidade entre o que se observou na UTI-Neonatal e aos dois meses. Também não foram identificadas diferenças significativas na maioria das características de interações entre mães e bebês prematuros e mães e bebês nascidos a termo. Assim, tais resultados suavizam possíveis estigmatizações sobre estas mães e apontam a importância de se fortalecer essa relação na UTI-Neonatal através de estratégias de promoção de saúde. / The study of early interactions between mother and baby is fundamental to understanding human ontogeny (Seidl-de-Moura, et al., 2008) and to help promote the health of the relational dyad. In initial studies on the interactions between mothers and premature infants, there is still a question about whether premature birth and hospitalization in a neonatal intensive care unit strengthen or weaken the exchanges between members of the dyad. Thus, in this study we observed and analyzed the initial interactions between mother and premature baby in the neonatal intensive care unit, noted the development of interactions over two months, and compared with interactions of a group of mothers-term infants, according to predefined categories for the analysis of videos. Also examined, through interviews, features that mothers of each type of dyad reported on their children, as well as the development goals outlined and the emotions expressed in relation to the baby. Participants were 20 mother-infant dyads of term infants, and 20 mother-infant dyads in premature babies, born between 28 and 36 weeks gestational age. Among other evidence, while the babies were in the neonatal intensive care unit, significant associations were found between maternal characteristics and the baby. After hospital discharge, there were significant associations between dyadic synchrony and behavior of babies. There were no significant differences between the characteristics of interactions when the dyad was in the neonatal intensive care unit and after two months. There were no significant differences between dyads of mothers-term infants and mothers-preterm infants at term in relation to the timing of the dyad, nor between maternal behaviors in the two periods of observation, but a significant difference was found between the behaviors of autorregulatory in infants born at term and preterm infants. It was found that for both groups of mothers, the emotions most frequently reported were those of love and attachment. The goals of developing more pointed while mothers were with their baby in the neonatal intensive care unit were focused on the physical development of the infant, and when the infants were two months, the goals were more focused on emotional development, just as occurred with mothers of term infants. The characteristics most cited by the mothers think about their babies while they were in the neonatal intensive care unit were physical while after discharge, were the personal and emotional, as did mothers of term infants. The findings go against the claims that episodes of interaction in mothers of preterm infants are less sensitive, more intrusive, and their babies, less attentive and responsive. They pointed instead to a certain continuity between what was observed in the neonatal intensive care unit and two months. There were also no significant differences in most characteristics of interactions between mothers and premature babies and mothers and term infants. Thus, these results understate possible stigmatization on these mothers and indicate the importance of strengthening this relationship in the neonatal intensive care unit through health promotion strategies.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:4279
Date10 January 2013
CreatorsTalita Maria Aguiar Marinho
ContributorsDeise Maria Leal Fernandes Mendes, Maria Lucia Seidl-de-Moura, Cesar Augusto Piccinini
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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