Orientador: Antonio Carlos de Oliveira Ferraz / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Agrícola / Made available in DSpace on 2018-08-21T13:30:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: A cultivar de uva Niagara Rosada é a principal uva de mesa brasileira e o Estado de São Paulo é seu maior produtor com cerca de 2000 propriedades vitícolas (OLIVEIRA et al. 2008). O seu cultivo está se expandindo, dentre os fatores responsáveis destacam-se: o menor custo de produção em relação ao cultivo de uvas finas; maior rusticidade e menor necessidade de defensivos agrícolas. Apesar dos 79 anos de existência desde sua identificação e das inúmeras vantagens no cultivo, a uva 'Niagara Rosada' possui pouquíssimos estudos sobre sua pós-colheita, maturação ideal na vindima e suas consequências na vida útil dos frutos, e de sua aceitação pelo consumidor. A uva é comercializada freqüentemente abaixo do índice de maturação de 14o Brix indo contra a legislação brasileira. É comercializada imatura, ou seja, pouco doce, ácida e verde, causando malefícios a toda cadeia. Os produtores costumam comercializá-la mesmo fora da legislação vigente argumentando que não suportariam o manuseio, acondicionamento e transporte caso fossem colhidas no estádio recomendado. Diante do exposto o objetivo desse trabalho foi investigar a variação da qualidade e da vida útil da uva 'Niagara Rosada' quando colhida em diferentes estádios de maturação. Estabelecer faixas de maturação que proporcionem maior vida útil e aceitação dos consumidores e questionar a validade do parâmetro de colheita 14o Brix da legislação brasileira com outro parâmetro a razão sólidos solúveis / acidez titulável, que leva em conta a palatabilidade humana. Para tais avaliações a principio foi realizada uma coleta de cachos de uva cobrindo amplo espectro de estádios de maturações, observando a data da poda, os estádios fenológicos de 33 a 38 (EICHORN e LORENZ, 1984) e classificando-os cachos em faixas de maturação de sólidos solúveis de 1%, resultando em nove faixas de maturação de 8 a 17o Brix. Dentro deste amplo espectro de maturações os cachos foram analisadas utilizando-se a razão sólidos solúveis / acidez titulável, o que resultou na escolha três faixas de maturações 12, 14 e 16o Brix que posteriormente foram utilizadas para investigar a variação nos principais atributos qualitativos da uva 'Niagara Rosada' e em sua aceitação pelo consumidor. Para avaliação da qualidade e vida útil foi utilizado a, incidência de doenças, perda de massa, aparência do engaço, degrana, avaliação manual da rigidez dos cachos, vitamina C, taxa respiratória, firmeza e força de destacamento das bagas. Nas avaliações de aceitação e intenção de compra pelos consumidores incluíram-se também cachos na faixa de 10o Brix considerados imaturos neste trabalho, mas presentes na comercio, com intenção de avaliar a percepção do consumidor sobre esta faixa de maturação. A análise sensorial incluiu a faixa etária dos consumidores, aceitabilidade quanto à aparência, sabor, intensidade ideal do gosto doce e ácido e intenção de compra dos frutos nos diversos estádios de maturação. Não houve diferença nas faixas de maturação consideradas quanto aos indicadores temporais de qualidade, perda de massa, aparência do engaço, degrana, teor vitamina C e a taxa respiratória, porem influenciaram na incidência de doença e rigidez dos cachos, firmeza e força de destacamento das bagas. Durante o armazenamento todos os indicadores temporais de qualidade apresentaram variações, mas nem todos foram capazes de oferecer limites que pudessem ser utilizados como parâmetro de vida útil dos frutos. A vida útil foi avaliada sendo utilizada a perda de massa, aparência do engaço, degrana e rigidez do cacho; parâmetros que possibilitaram estabelecer limites claros de qualidade admissível a um cacho de uva e sua vida útil avaliada em 6,5, 6,75 e 8,5 dias para cachos com 16, 14 e 12o Brix. A cor da fruta foi seu principal atrativo aos consumidores, seguido de preço e tamanho do cacho. Em relação à aparência e a coloração dos cachos, os mais maduros foram os preferidos, porém, os consumidores não conseguiram discriminar ou simplesmente aceitaram a aparência e cor de cachos verdes com 10º Brix da mesma forma que os de 12º Brix, verificaram-se que a degrana de 5% é admitida pelos provados corroborando com determinações da Lei de padronização vigente, já a presença de bagas rompidas não foi admitida. Em relação ao sabor, cachos com 10º Brix (verdes) foram rejeitados quanto mais madura a uva, maior sua aceitação. A uva Niagara Rosada foi considerada pouco doce pelo consumidor e bem aceitas relação à acidez Quanto à avaliação de intenção de compra todas as maturações menos a de 10º Brix foram bem aceitas. Conclui-se que a uva 'Niagara Rosada' é adequada ao consumo nas faixas de 12, 14 e 16o Brix, contemplando a faixa de 12o Brix banida pela legislação brasileira. Conclui-se que acima de 16 Brix encontram-se em sobrematuração e impróprias para consumo 'in natura'. Conclui-se também que o parâmetro sólidos solúveis é inadequado para determinação da maturação. Uvas com 12o Brix obtiveram vida útil 22% maior que as faixas de 14 e 16o Brix que foram estatisticamente semelhantes. Conclui-se nas avaliações sensoriais que cachos na faixa dos 12 o Brix possuem poça rejeição pelo consumidor corroborando com as praticas comerciais correntes e que cachos com 14 e 16o Brix foram muito bem aceitos / Abstract: 'Niagara Rosada' is the main Brazilian table grape. The state of Sao Paulo is its largest producer with about 2000 vineyards (Oliveira et al. 2008). The cultivation of 'Niagara Rosada' is expanding because the low cost of production as compared to fine grapes, rusticity and less demands for agrochemicals. Despite 79 years of existence and those many cultivating advantages, 'Niagara Rosada' has very few post-harvest investigations in topics such as harvest time and its effect on shelf life, and consumer acceptance. The grape is often traded below the rate of maturation of the 14o Brix established by Brazilian legislation, and often, also sold immature, with little sugar content, high acidity, causing harm to all elements of the productivity chain. Producers are used to commercialize them even against legislation arguing the produce would not resist handling, packaging and transport if harvested in the recommended harvested stage. Given the above and to respond to qualitative variation of the main attributes of 'Niagara Rosada' in different degrees of maturation, this study aimed to investigate the variation in quality and service life of 'Niagara Rosada' when harvested in different stages f maturity. From these considerations the objectives of this work was to investigate the quality variation of 'Niagara Rosada' grapes harvested in different maturity, to establish the maturity stage with longer shelf life and consumer acceptance, and to contrast the current legislation that uses soluble solids to define a harvest stage against sugar acid rate, wich includes human perception. Initially, for those evaluations, clusters were harvested covering a wide maturity range, taking into consideration pruning date, phenological stage between 33 and 38, and classifying them according to soluble solids values ,within 1% variation, resulting in 9 maturity classes ranging from 8 to 17o Brix. Within this wide range, clusters were analyzed using sugar acid rate resulting in 3 maturation classes, 12, 14 and 16o Brix that further were used for quality and sensorial evaluation. Disease occurrence, mass loss, stem appearance, berry drop, cluster stiffness, vitamin C content, respiration rate, berry firmness and detachment force. For acceptance and consumer perception evaluation clusters having soluble solids values as low as 10o Brix were used. These analyses also included age group, appearance, flavor, acceptance, acidity and sugar taste intensity and buying intention of the 'Niagara Rosada' grape at different maturity stages. No difference was observed in the quality parameters such as mass loss, stem appearance, berry drop, vitamin C content and respiration rate among the considered maturity stages. However, maturity stages did influence disease occurrence, cluster stiffness, berry firmness and detachment force. During storage all temporal quality indicators showed variation, but not all of them could be used to determine shelf life. The ones used, then, were mass loss, stem appearance, berry drop and cluster stiffness that showed clear limits for admissible quality. Shelf life was identified as 6.5, 6.75, and 8.5 days corresponding to soluble solids values of 16, 14 and 12o Brix, respectively. Fruit color was the main acceptance criteria for consumers, followed by price and cluster size. As far as cluster appearance and color are concerned, the ripest ones were preferred. The sensorial panel was not able to differentiate maturity at 10 and 12o Brix maturity stages; berry drop up to 5% was accepted, supporting current legislation, but busted berries were not. Riper clusters were preferred. 'Niagara Rosada' was considered of little sugar content by the consumer and ideal concerning acidity. Buying intention included all maturity stages except the 10o Brix one. It was concluded that 'Niagara Rosada' grape is adequate for consumption when in the 12, 14 and 16o Brix maturity stages, which includes the 12o Brix stage, not accepted by current Brazilian legislation. It was concluded that above 16o Brix clusters are overripe and , therefore, not suitable for consumption. It was also concluded that soluble solids values are not suitable for maturity stage determination. Grapes with 12o B showed a 22 % greater shelf live than the other two considered maturity stages. Finally, it was concluded that 12o Brix cluster showed little rejection, supporting usual commercial practices. Clusters with 14 and 16o Brix were the most accepted / Doutorado / Tecnologia Pós-Colheita / Doutor em Engenharia Agrícola
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/256807 |
Date | 08 September 2012 |
Creators | Gomes, Daniel, 1976- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Ferraz, Antônio Carlos de Oliveira, 1953-, Anjos, Valéria Delgado Almeida, Sigrist, Jose Maria Monteiro, Honorio, Sylvio Luiz, Leal, Paulo Ademar Martins |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Agrícola, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 128 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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