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Violência contra a mulher no esporte sob a perpectiva de gênero

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Previous issue date: 2006 / The purpose of this study is to understand how men and women athletes perceive the violence, the violence in the sport and the violence against woman in the sporting context, and also to understand how these athletes perceive the consequences of this gender-based violence related to women athletes. The study was conducted with twenty handball and soccer athletes, with ages from 18 to 28 years old. There were 11 women and 9 men. The interviews were analyzed based on the Thompson’s referential of Depth Hermeneutics and a thematic analysis of the content. Findings show that in the athletes’ point of view the violence is an instrument and not a purpose. This violence is learned and reproduced, and it’s a result of unequaled social relationships. The sporting context still offers one of the last traditionally masculine environments, where the gender dominance it is very present. Gender-based violence against women is understood as an unequal relation between men and women, based on a power-relation of men over women. These asymmetrical ways of gender-based social relationships can have their meaning reviewed, because they were socially and culturally built, and are not the essence of women and men. About the consequences, we noticed that being a woman on the sporting context means playing a secondary role due to cultural issues, resulted from a domination of class and gender. The athletes indicated some factors they think are the cause of these psychological damages of women athletes. Some of them were the lack of recognition of women athletes as professionals of the sport, and instead of that the appreciation of their beautiful bodies; the fact that the social relationships in the sports environment is based on sexist values, and the fact that women athletes don’t live with dignity through their work in the sporting context.These factors are symbolic forms of gender dominance, holding back the construction of a fair society for men and women, where women have the right to decide, act and transform, and mainly the right to be someone who builds herself and builds the world. / Este estudo visa compreender como homens e mulheres atletas percebem a violência, a violência no esporte e a violência de gênero contra a mulher no contexto esportivo, bem como compreender como esses atletas percebem as conseqüências dessa violência de gênero para as atletas. Participaram do estudo vinte atletas de handebol e futsal, na faixa etária entre 18-28 anos. Sendo 11 atletas mulheres e 9 atletas homens. As entrevistas foram analisadas através do referencial da hermenêutica de profundidade de Thompson, com a análise temática de conteúdo. Os resultados apontam que a violência, na visão dos(as) atletas, é um instrumento e não um fim. É uma violência aprendida e reproduzida, fruto das desigualdades apresentadas nas relações sociais. O contexto esportivo ainda oferece um dos últimos redutos de masculinidade tradicional, onde a dominação de gênero é bastante presente. A violência de gênero contra a mulher no esporte é entendida como uma relação marcada pelas relações de poder desiguais entre os gêneros, ou seja, do homem sobre a mulher. Esses modos assimétricos de relações sociais de gênero podem ser re-significados, visto que, são sociais e culturalmente construídos, e não são, as essências de mulheres e homens. Com relação às conseqüências, percebemos que ser mulher no contexto esportivo, tem sido, e ainda é, viver à sombra de questões culturais decorrentes da dominação de classe e gênero. Alguns fatores foram apontados pelos(as) atletas como causadores de prejuízos psicológicos para a mulher atleta. Entre eles: O não reconhecimento do ser mulher atleta, ou seja, não ser reconhecida pelo seu desempenho profissional dentro das quadras, mas pelo seu belo corpo; as relações sociais no esporte serem constituídas em cima de valores sexistas, e a mulher atleta não viver dignamente através de seu trabalho no contexto esportivo.Esses fatores são formas simbólicas de dominação de gênero, que impedem a construção de uma sociedade justa para homens e mulheres, onde as mulheres tenham também, o direito de decidir, agir, transformar, enfim ser um alguém que se constrói e constrói o mundo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/5026
Date January 2006
CreatorsPaim, Maria Cristina Chimelo
ContributorsStrey, Marlene Neves
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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